Uma Nova cultura de aprendizagem
Por: CRISFAUSTINO • 18/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.089 Palavras (9 Páginas) • 261 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA PROJETO MULTIDISCIPLINAR III Aline Tomelin – RA: 3808625084 Alisonete B. - RA: 4514839520 Andreia Santos – RA: 4523854820 Antonio C. N. dos Santos – RA: 3809603559 Mariane Fernanda Mendes – RA: 4586873293 Vladimir de Souza – RA: 5399897244 Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Projeto Multidisciplinar III”, sob orientação da tutora à distância Alessandra Cecília Ramos. JARAGUÁ DO SUL – SC 2014 RESENHA CRÍTICA A Aprendizagem Baseada em Projetos é uma ferramenta para o alcance da mudança que tanto almejamos na educação brasileira, pois vem trazendo a ruptura dos aprendizados fragmentados e tornando o aluno como agente ativo do processo de conhecimento, tornando este conhecimento de fato significativo. A pedagogia de projetos é indiscutivelmente um grande desafio aos professores, que lidam com o constante ineditismo, pois não podem prever exatamente o que acontecerá ao longo do projeto. A questão do perfil dos professores é algo que gostaríamos de salientar, pois ao conhecer a Aprendizagem Baseada em Projetos fica clara a necessidade de o professor sair da sua zona de conforto, mudar sua postura e deixar de lado a ideia de que é o único detentor do conhecimento. Não é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos são parceiros (desde a questão orientadora do projeto) e sujeitos de aprendizagem, cada um deve atuar segundo seu papel. O professor precisa estar ciente do seu importante papel de mediação, pois o aluno precisa, ao mesmo tempo em que reconhece sua autonomia, sentir a presença do professor, que ouve, questiona, direciona e orienta, visando criar situações que desafiem esse aluno, propiciando a construção do conhecimento. As escolas que trabalham com a pedagogia de projetos normalmente se destacam pelo engajamento dos alunos durante o processo de aprendizagem, isso se justifica em uma afirmação de Valente (1999, p. 141), o construcionismo “significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável de interesse pessoal de quem produz”. A pedagogia de projetos proporciona ao aluno aprender no processo de produzir, estar em constante desenvolvimento, perceber-se evoluindo e transpondo desafios, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de ideias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa e significativa. O trabalho com projetos permite entre tanto fatores a integração de situações educacionais que vão além das paredes da sala de aula, favorecendo a coexistência de diferentes visões do mundo e o confronto entre elas, a relevância dos interesses do aprendiz na aprendizagem, o novo conhecimento relacionado ao que o aluno já conhece. A proposta da educação por projetos é uma tentativa de unir dois mundos que coexistem separadamente: a vida e a escola. Infelizmente, os processos de ensino-aprendizagem ainda são muito baseados na ideia de que o aluno demonstra que aprendeu se ele é capaz de aplicar com sucesso as informações adquiridas. Porém, o fato de ele ser bem-sucedido não significa necessariamente que ele tenha compreendido o que fez. Como mencionamos o trabalho por projetos pode trazer mudanças significativas para a educação, mas requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem de professores, gestores, funcionários, pais e da comunidade em geral. SÍNTESE PROJETO EDUCATIVO Com base nos filmes assistidos percebemos a necessidade de se dar valor ao mundo infantil. Sabemos que nem sempre o indivíduo enquanto criança teve tanto valor e garantias de bens e direitos adquiridos como no mundo em que vivemos hoje. Na sociedade medieval o sentimento de infância não existia, sendo as crianças nem queridas nem odiadas simplesmente inevitáveis. Ainda hoje em alguns lugares desprovidos de recursos onde criança trabalha como adulto em lavouras fazendo serviços braçais encontra-se um pouco desse período da idade média, onde o principal objetivo em se ter filhos parece ser o de ajudar no sustento da casa. O estudo para essas crianças é precário e por vezes abandonado para que seja cumprida a meta principal o trabalho braçal. É ai que nos perguntamos. Será que as leis e estatutos protetores da infância não deveriam vigorar em todo o país? Onde esta a garantia da educação? E principalmente a qualidade na educação? Professores capacitados? Contudo em sociedades mais abastadas com rendimento econômico mais elevado, encontramos crianças ou seja “adultos em miniatura” , que deixam de vivenciar essa maravilhosa fase da infância, partilhando efetivamente do mundo adulto, tendo acesso as mesmas informações, consumindo igual, atarefados e preocupados com suas futuras posições sociais. No filme maré capoeira observamos um menino que pretende fazer história com a capoeira tradição passada de gerações em sua família. Podemos fazer uma reflexão sobre valores básicos à democracia e a cidadania como respeito ao próximo e a valorização de diferentes saberes. Com o curta Mãos de vento e olhos de dentro, ressaltamos a necessidade da inclusão de crianças com necessidades especiais e de crianças de diferentes culturas e classes sociais (como no filme O menino da favela e a tampa da panela) com todas as demais crianças, dentro da escola e dentro da sociedade. As infâncias das crianças brasileiras foram e são muitas se manifestando diferentemente em cada criança, dependendo da classe social, raça, e da economia a qual pertencem. Precisamos enquanto futuros professores compreender que a criança não nasce sabendo fazer diferenciação entre branco e negro, rico e pobre, pelo contrário ela aprende essa diferenciação no convívio em sociedade. Assim, vamos levar para sala de aula essa inclusão social, vamos divulgar essa igualdade em nossas salas de aula, criando o respeito e solidariedade mútua entre nossas crianças. PROJETO EDUCATIVO Tema: Brincando na Infância Sabemos que as crianças de hoje brincam pouco, algumas tem uma ocupação maior com os estudos e atividades extras, outras no período em que não estudam trabalham para ajudar os pais. Nosso projeto educativo vem desenvolver a importância de brincar na infância, tanto com o intuito de desenvolver a aprendizagem com atividades lúdicas, quanto pelas simples sensação de brincar interagindo com o seu meio social, e procura trazer essa temática para dentro da escola. Podemos dizer que as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e, consequentemente, favorecem a aprendizagem, sendo indispensável para o desenvolvimento infantil. Quando brinca a criança tende a explorar, perguntar e reproduzir o seu meio social desenvolvendo-se psicológica e socialmente. Aos professores cabe saber que a brincadeira deve ser vista não apenas como diversão, mas como a possibilidade de desenvolver as potencialidades das crianças. Nossos alunos aprendem a partir do relacionamento com o outro, e é na sala de aula que encontramos crianças com realidades diferentes, por isso, esse espaço se torna um lugar muito rico para troca de experiências e aprendizagem, devendo ser valorizado. Winnicott (in put FORTUNA, 2005) afirma que o brincar é uma terapia com possibilidade autocurativa. É pelo lúdico que muitas vezes os alunos conseguem vencer suas dificuldades e aprendem com muito mais espontaneidade. Fortuna (2005, p. 3) relata que a maior dificuldade é a relação professor/brincar: convencê-los da importância para a aprendizagem, no entanto, não é simples. Muitos educadores buscam sua identidade na oposição entre brincar e estudar: os educadores de crianças pequenas, recusando-se a admitir sua responsabilidade pedagógica, promovem o brincar; educadores das demais séries de ensino promovem o estudar.
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