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A ANÁLISE DE UMA FOBIA EM UM MENINO DE CINCO ANOS

Por:   •  16/9/2019  •  Resenha  •  1.198 Palavras (5 Páginas)  •  530 Visualizações

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ANÁLISE DE UMA FOBIA EM UM MENINO DE CINCO ANOS

Caso do Pequeno Hans

  1. RESUMO DO CASO - Considerações cronológicas
  • Nascimento de sua irmãzinha Hanna.  com 3 anos e meio - Outubro
  • Com 3 anos e nove meses - tomou consciência da diferenciação entre objetos animados e inanimados.(Um cachorro e um cavalo têm pipi; a mesa e a cadeira, não.)
  • Relato do Primeiro sonho. “Hoje, quando eu estava dormindo, pensei que estava em Gmunden com Mariedl.”
  • Com 4 anos no verão de 1906, Hans estava em Gmunden
  • Perto de 4 anos e meio, - Mudança para um novo apartamento/Gmunden
  • Com 4 anos e nove meses – “Eu estava com medo de que um cavalo me mordesse.”
  • Fantasia da girafa – Desejo pela mãe.
  • Início da fobia. (quando o menino viu cair um cavalo grande e pesado)
  • Início da ansiedade/fobia de Hans./ havia desejo de que seu pai caísse daquele mesmo modo… e morresse.
  • Desejo sádico obscuro por sua mãe e de um claro impulso de vingança contra seu pai.
  • Fim da análise. Com 5 anos  (Maio)
  1. ANÁLISE DO CASO DO PEQUENO HANS

“...não é, de modo algum, uma coisa tão rara encontrar-se uma escolha de objeto e sentimentos de amor em meninos numa idade assim tão tenra; e o mesmo pode ser aprendido estudando-se os registros da infância de homens que mais tarde chegaram a ser reconhecidos como `grandes’. Devo inclinar-me a acreditar, portanto, que a precocidade sexual é um correlato, raramente ausente, da precocidade intelectual, e que, assim, deve ser encontrada em crianças dotadas mais freqüentemente do que se poderia esperar.” (FREUD).

Trata-se aqui do caso de um menino de 05 anos que rejeitava a ideia de sair de casa por medo de ser mordido por um cavalo.  Por uma motivação de Freud, o pai desse menino  aceitou reunir observações acerca de seu comportamento sexual e junto com a mãe, se propuseram a educar o filho sem coerção. Para Freud o conhecimento particular pelo qual o pai foi capaz de interpretar as observações feitas por seu filho foi indispensável. Sem ele as dificuldades técnicas no caminho da aplicação da psicanálise numa criança tão jovem como essa teriam sido incontornáveis.  A partir desses relatos, Freud comprovou que os sintomas fóbicos do menino poderiam ser  compreendidos e sanados através da psicanálise. O caso foi considerado um dos casos mais famosos analisados por Freud, que o chamou de “o pequeno Hans”.

Hans nasceu em abril de 1903 e nos primeiros relatos observou-se um interesse pelo seu “pipi” e aos 03 anos e meio sua mãe o repreendeu quando o viu tocar com a mão o pênis dizendo: “se fizer isso de novo, vou chamar o doutor para cortar fora o seu pipi.” Na análise freudiana há aqui a aquisição do complexo de castração.  A curiosidade sexual de Hans despertou nele o espírito de indagação.  Para Freud o que faz o pequeno Hans desviar-se do complexo de Édipo é a ameaça de castração. Considerava que o menino já vivenciara perdas pregressas como o desmame.  E o que colabora com seu maior medo seria a castração no corpo da mulher.

Com três anos e nove meses, nasce sua irmãzinha Hanna.  Hans sentiu uma forte aversão pelo bebê recém-nascido, que lhe roubou uma parte do amor de seus pais. Neste período, o pequeno Hans aprende a diferenciar objetos animados e inanimados quando expressa que um cachorro e um cavalo têm pipi, mas a mesa e cadeira não têm. Hans, com a descoberta de que sua irmã não tem pipi, por mais simples que isso seja, pode acreditar na possibilidade de ser castrado. Compreende-se, então, o surgimento de uma fobia.   Ao tratar aqui do assunto relacionado a sexualidade, Freud não a resume apenas a coito ou ato sexual e não diz respeito somente ao que fazem os corpos quando se tocam.  Não há na sexualidade uma primazia de genitálias que visa a procriação. Para ele, a sexualidade não se separa das fantasias que criamos desde a infância. Daí a importância do conhecimento acerca da sexualidade infantil para melhor entender as crianças e as doenças psíquicas, pois quando estas são mal conduzidas, corre sempre o risco de se tornarem neuroses.  

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