A Bibliografia de José Bleger

Biografia José Bleger (1922-1972)

Bleger José (1922-1972) Psiquiatra e psicanalista argentino

Ativista marxista e comunista, especialista em psicose, clínico dos estados extremos , José Bleger foi uma das figuras importantes da segunda geração psicanalítica argentina.Ele despertou hostilidade e idolatria por causa de sua ambivalência, sua raiva e seu duplo compromisso com o comunismo e a psicanálise. Nascido em Ceres, província de Santa Fé, ele veio de uma família de imigrantes judeus, radicada em uma colônia agrícola. Ele estudou medicina em Rosário e praticou psiquiatria em Santiago del Estero. Posteriormente fixou residência em Buenos Aires e ingressou na Associação Psicanalítica Argentina (APA), após análise com Enrique Pichon-Rivière. Mais tarde, ele fez uma segunda cura com Marie Langer. Preocupado com as questões sociais e políticas, ingressou no Partido Comunista Argentino, e se baseou nas teses do filósofo francês Georges Politzer (1903-1942) para criar as condições para uma nova psicologia da subjetividade.. Mais tarde, ele evoluiu para o marxismo e, em 1958, publicou uma obra dedicada à relação entre a psicanálise e o materialismo dialético. Ao contrário de Politzer, que passou de um freudianismo crítico a uma militância stalinista e antifreudiana , Bleger tentou antes sintetizar as duas doutrinas, a fim de definir uma psicologia da personalidade.Durante uma viagem à União Soviética criticou o regime comunista, especialmente em relação à questão do anti-semitismo e, em 1961, após um violento impeachment contra seu freudianismo, considerado um "irracionalismo", foi excluído do Partido Comunista Argentino. . Dentro da APA desempenhou um papel importante do ponto de vista da formação didática. Clinicamente, ele se voltou para as teses de Melanie Klein e Ronald Fairbairn, tendo um interesse particular no que chamou de "indiferenciação primitiva". Ele teorizou a questão das chamadas personalidades "ambíguas", isto é, afetadas por transtornos de personalidade. No momento da crise sofrida pela APA e que levou à criação dos dois movimentos de contestação da ortodoxia freudiana (Plataforma e Documento),José Bleger, já doente, apesar do seu compromisso com a esquerda , declarou-se a favor da continuidade institucional, provocando assim a ira dos próprios alunos, decepcionados com a sua atitude. Ele morreu de ataque cardíaco aos 49 anos

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