A Contratransferência
Por: Dead_crazy • 17/5/2018 • Trabalho acadêmico • 8.355 Palavras (34 Páginas) • 163 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
PSICOLOGIA
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CONTRATRANSFERÊNCIA
Jundiaí
2018
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CONTRATRANSFERÊNCIA
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Jundiaí
2018
SUMÁRIO
- Contratransferência............................................................................................3
- Conceito de Contratransferência...........................................................................3
- Origem da Contratransferência.............................................................................3
- Evolução...............................................................................................................5
- Enquadre...............................................................................................................7
- Como instrumento – Técnica................................................................................7
- Tipos de Contratransferência..............................................................................10
- Contratransferência negativa........................................................................10
- Entrevista.......................................................................................................11
- Contratransferência positiva..........................................................................14
- Consciente e Inconsciente.............................................................................15
- Concordante e Complementar.......................................................................16
- Contratransferência no processo grupal........................................................16
- Regressão.......................................................................................................17
- Concern..........................................................................................................18
- Contra-identificação projetiva.......................................................................18
6.10.Psiquiatria....................................................................................................19
6.11.Borderline....................................................................................................19
6.12.A Neurose na contratransferência................................................................20
6.13.Perversão ou acting-in.................................................................................22
6.14.Erótica..........................................................................................................24
- A Ética na Contratransferência............................................................................24
- Limitações da contratransferência.......................................................................26
- Reflexão crítica....................................................................................................27
- Referências..........................................................................................................28
CONCEITO DE CONTRATRANSFERÊNCIA
Para Freud, as pulsões associadas contratransferência surge no inconsciente do analista como uma resposta à transferência do paciente. A transferência seria um ponto de partida do processo analítico e a contratransferência aparecerá como um contraponto à essa partida, um não sendo independente do outro, ou seja, quando ocorre um, o outro naturalmente acaba acontecendo.
Caso contrário, a relação terapêutica não se estabeleceria, pois muitos conteúdos encobertos não apareceriam.
“...Chamemos, por definição, de transferência ao que provem do paciente e de contratransferência à resposta do analista” (Etchegoyen, R. (1989). Fundamentos da técnica psicanalítica (2. Ed.) Porto Alegre. (p. 148))
ORIGEM DA CONTRATRANSFERÊNCIA
O termo original inicialmente foi utilizado no idioma alemão por Sigmund Freud para nomear o fenômeno da contratransferência foi gegenübertragung, com a formação de Übertragung que significa transferência e egegen que pode ser entendido como contra. A contratransferência assim como a transferência foi identificada nos problemas no tratamento da relação analítica e, por serem caracterizadas de um contratempo no processo analítico. A contratransferência é como um fenômeno da clínica analítica, pois tem o início como resultado da influência do paciente, está muito vinculada à transferência, detalhe central do método analítico. Mas com a mudança do entendimento da transferência fez a contratransferência ser mais vista na psicanalise, a ter um papel importante na clínica. Nesse modo, a contratransferência se tornou clara na obra de Sigmund Freud e como sua conotação negativa está ligada a situações na qual foi evidenciada, assim como a transferência foi.
Mas esse pensamento de Freud, a contratransferência, foi destacada em um número muito pequeno de vezes, não foi muito colocada ao longo de sua vida e obras. Tiveram pequenos destaques desse termo e nesses momentos seus comentários foram pequenos, mesmo tendo observações sobre este assunto em variados textos de sua obra de forma indireta. Isso acabou contribuindo para elaboração de uma aparência de Freud, que até nos dias de hoje é conversada entre analistas, que ele não teve interesse pela contratransferência ou apenas conceituo o seu lado ruim, como obstáculo na clínica.
O primeiro registro da contratransferência por Freud foi encontrado numa carta publicada nos destaques das correspondências de Freud e Jung, enviada ao seu seguidor Carl. G. Jung.
[...] embora penosas tais experiências sejam necessárias e difíceis de evitar. É impossível que, sem elas, conheçamos realmente a vida e as coisas com as quais lidamos. […] Elas nos ajudam a desenvolver a carapaça de que precisamos e a dominar a contratransferência que é afinal um permanente problema (Freud, 1909, citado por McGuire, 1976, p. 281; grifos nossos).
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