A Contratransferência e Resistência
Por: Daniela Manfrim • 20/6/2017 • Artigo • 3.917 Palavras (16 Páginas) • 319 Visualizações
Questões sobre os textos: Contratransferência e Resistência (Sandler, Dare e Holder)
CONTRATRANSFERÊNCIA
Os conceitos de aliança terapêutica e transferência dão ênfase aos processos que ocorrem dentro do paciente e tendem a acentuar apenas uma das partes do relacionamento.
1- Em que diferem:
Aliança terapêutica: são os processos e atitudes que se passam dentro do paciente.
Transferência: refere-se à relação do paciente para com seu terapeuta.
Contratransferência: caracteriza a totalidade dos sentimentos e das atitudes do terapeuta para com seu paciente e os aspectos de relacionamentos comuns não terapêuticos.
2- Como Freud considera o aparecimento da contratransferência?
O termo contratransferência surgiu com Freud, quando afirmou que resultava da influência do paciente sobre os sentimentos inconscientes do terapeuta e que deveria ser reconhecida e superada.
3- O que Freud aconselhava aos analistas quanto a contratransferência e com que consequências para a análise?
O analista deveria mostrar o mínimo de sua vida pessoal ao seu paciente e debater com ele suas vivencias e deficiências. Deveria ser opaco como espelho. Era vista como um obstáculo na compreensão do paciente (para o analista).
4- Como Freud considerou a contratransferência e que necessidades ele salientou para ajudar o analista frente e ela?
Freud considera que a mente do psicanalista não tinha um funcionamento eficiente na situação analítica, pois era impedida pela contratransferência. Ele também achava que o analista deveria funcionar como um espelho e refletir o significado do material apresentado pelo paciente inclusivo as distorções transferenciais dele.
5- Que diferentes pontos de vista foram acrescentados por outros autores à contratransferência e que recursos teria o analista?
Winnicot: são aspectos neuróticos do analista que minam a atitude profissional e perturbam o curso do processo analítico.
Reich: contratransferência abrange necessidades e conflitos inconscientes do analista, onde o paciente representa um objeto do passado onde são projetados sentimentos e desejos.
Balint: incluiu no termo tudo aquilo que revela a personalidade do analista, diferente de Freud chegou a incluir a atitude profissional do analista com seu paciente.
6- Como Heimann considera a contratransferência? Do que precisa ser capaz e o que se impõe ao analista?
O analista funciona como espelho, o inconsciente do analista entende o inconsciente do paciente. Esse relacionamento profundo chega a superfície sob a forma de sentimentos que o analista percebe em resposta ao paciente. A conscientização do analista a suas próprias emoções ajuda a compreender o inconsciente do paciente.
7- Resumidamente como podemos considerar a contratransferência e quais as posições do analista para Sharpe frente a ela?
Fenômenos contratransferênciais são concomitantes essenciais do processo analítico. A contratransferência que causa problemas é aquela inconsciente. A contratransferência é pré-requisito para haver analise.
8- A que conclusões podemos chegar sobre a contratransferência e quais suas implicações?
Conjunto de respostas emocionais especificas despertadas no analista pelas qualidades emocionais especificas de seu paciente.
A respostas contra transferenciais do analista e que estas ocorrem durante toda analise. A contratransferência pode trazer dificuldade na análise ou manejo inadequado desta. Que o constante exame, por parte do analista, das variações em seus sentimentos e atitudes para com o paciente pode levar a uma maior compreensão interna profunda dos processos que ocorrem no paciente.
RESISTÊNCIA
Força do paciente se opõe ao processo de tratamento
Mecanismo de defesa composto de força e elemento que no paciente se opõe ao processo de tratamento.
1- O que é a resistência para Freud?
A resistência foi primeiramente reconhecida como resistência a associação devido a ameaça do surgimento de ideias e afetos desagradáveis. Elas podem ocorrer em qualquer patologia.
Freud considerou a resistência como sendo dirigida não só contra a recordação de lembranças ruins, mas também contra a apercepção de impulsos inaceitáveis.
2- Em que patologias a resistência pode estar presente?
Histeria
Neurose obsessiva
\Estados psicóticos
3- Contra que experiências se dirige a resistência? E como ela atua?
As experiências sentidas como desagradáveis, experiências capazes de despertar afetos como vergonha, dor, perda, autocensura. A resistência atua procurando impedir o reencontro com estas experiências reprimidas ou outras que podem ser a estas associadas. A força imposta produz distorções.
4- Que tipo de resistência é um poderoso obstáculo para o tratamento psicanalítico? Por quê?
Resistência de repressão prejudica a livre associação tende a se manter de diversas formas durante todo o processo psicanalítico.
5- A resistência pode ter diferentes origens e assumir várias formas como:
A resistência da transferência,
Sonegação consciente por parte do paciente de pensamentos e afetos acerca do analista.
A resistência da repressão,
Manifestação clínica da necessidade do indivíduo de se defender de impulsos, recordações e sentimentos que se emergissem na consciência ameaçam causar sofrimento. Reflexo do ganho primário.
A resistência que deriva do ganho secundário,
O ego começa a se comportar como se o sintoma agora fizesse parte definitiva da sua organização psíquica.
-A resistência do Id,
Resistência dos impulsos instituais a qualquer mudança no seu modo e na sua forma de expressão.
-A resistência do Superego.
Resistência enraizada no sentimento de culpa ou necessidade de punição do paciente. Freud a considerava a mais difícil de ser abordada.
Caracterize cada uma.
6- Que relação Freud faz das resistências com as defesas o Ego?
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