A Coordenação do Curso de Psicologia

Centro Universitário do Distrito Federal – UDF

Coordenação do Curso de Psicologia

   

IDEAÇÃO SUICIDA ENTRE UNIVERSITÁRIOS DA SAÚDE

Francisco Carlos Adriano – 25610422

Fernanda de Souza Cardoso - 21702225

Maria Luzimar Teles Leite - 26955243

Rute Rodrigues da Silva - 22343342

Brasília, Junho de 2023.

Índice

Resumo        iii

1. Introdução        3

2. Objetivos         6

3. Método        6

4. Referências bibliográficas        8

Resumo

Este projeto de pesquisa bibliográfica tem como objetivo examinar a prevalência da ideação suicida entre universitários da área da saúde. O objetivo geral da pesquisa é investigar os motivos que levam os universitários da área da saúde a terem Ideação Suicida; será utilizado o método de revisão sistemática da literatura encontrada em revistas científicas, teses, dissertações e livros destinados ao público universitário da área da saúde que abordem o tema de ideação suicida. Analisando outros artigos relacionados ao tema, foi possível identificar que essa população apresenta um alto risco de desenvolver transtornos mentais, que podem levar a comportamentos suicidas: pressão acadêmica, as exigências profissionais e a falta de suporte emocional são alguns dos fatores que contribuem para o aumento dos índices de ideação suicida entre esses estudantes. Portanto, é fundamental que as instituições de ensino e os profissionais de saúde mental estejam atentos a esse problema e ofereçam recursos para identificar e apoiar universitários em risco de suicídio.

Palavras-chave: Suicídio, Ideação Suicida, Universitários da Saúde

Introdução/Fundamentação

O conceito de suicídio conforme o dicionário de Psicologia da APA (2010, p. 883) é “o ato de se matar”, e pode ser entendido também como “o ato de terminar com a própria vida”, em estudo feito por Botega (2015, p. 12).

De acordo com o CNS - Conselho Nacional da Saúde (2016), são classificadas 14 profissões na área da saúde: assistente social, biólogo, biomédico, educação física, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico, médico veterinário, nutricionista, odontólogo, psicólogo e terapeuta ocupacional.

Em pesquisa realizada por Silva et al. (2020) com estudantes de enfermagem sobre fatores de ideação suicida, em um grupo de 60 estudantes, 12% deles apresentaram ideação suicida; dentre os fatores de risco estão: dificuldade financeira por assumirem maiores responsabilidades, mudança de cidade para cursar a universidade aumentado a pressão por resultados e sugerem que estes alunos podem “... desenvolver ou agravar o adoecimento mental, motivo que alerta a gestão universitária quanto ao cuidado à saúde do estudante desde o ingresso à formação” (Silva et al. 2020, p. 8).

Outra pesquisa realizada por da Silva e Azevedo (2018) em uma universidade na região norte do Brasil, concluíram que os fatores: intensidade de demanda de estudos, dificuldade de adaptação ao ambiente acadêmico e dificuldades de adaptação por mudança da cidade de origem são os principais fatores que contribuem para ideação suicida na universidade; afirmam que na universidade a ideação e tentativa de suicídio entre estudantes de graduação é algo que vem sendo pouco estudado, discutido e problematizado; apontam que não são raras as notícias sobre suicídios de universitários no Brasil e que independente de qual região do país venha a ocorrer, o suicídio desses jovens tem uma estatística expressiva e significativa (Dutra, 2012, p. 2 citado em Silva e Azevedo, 2018).

Os estudos de Wasserman (citado em Organização Mundial de Saúde, 2012, p. 7) indicam que “os comportamentos suicidas podem ser conceitualizados como um processo complexo que pode variar desde a ideação suicida, que pode ser comunicada por meios verbais e não verbais, até o planejamento do suicídio, tentativa de suicídio e, no pior dos casos, suicídio. Os comportamentos suicidas são influenciados pela interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, ambientais e situacionais”.

O Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (2020) criou um guia de orientações para profissionais que lidam com situações de suicídio e automutilação. O guia apresenta conceitos centrais, discute a epidemiologia do suicídio e sua relação com questões de gênero, raça, classe e grupos etários, aspectos da psicodinâmica do suicídio e aspectos relacionados ao cuidado das pessoas, o papel da Psicologia e dos serviços e da sociedade. O objetivo é orientar a atuação profissional com base nos preceitos éticos e técnicos da profissão e nas normativas vigentes em relação à prevenção, cuidado e notificação de situações que envolvam risco de autoextermínio. O guia enfatiza a importância de evitar uma compreensão reducionista e determinista do fenômeno do suicídio, defendendo o fortalecimento da rede de atenção psicossocial, com foco no Sistema Único de Saúde como ferramenta de prevenção ao suicídio e democratização do acesso à saúde no Brasil.

A ideação suicida passou a ser um problema de saúde mental que afeta muitos estudantes universitários, e em particular aqueles que se encontram na área da saúde. A carga de trabalho excessiva, a pressão acadêmica e outros fatores podem contribuir para essa situação. Este trabalho objetiva apresentar uma pesquisa bibliográfica sobre a ideia de suicídio entre estudantes universitários da área da saúde, com o objetivo de identificar os fatores que levam a essa situação e propor ações preventivas e de acompanhamento psicológico.

A partir das informações, pretendemos contribuir com estratégias que auxiliem na prevenção e acompanhamento dos estudantes com Ideação Suicida no contexto universitário da área da saúde, a fim de promover a saúde mental desses estudantes durante o período de estudo.

Diante deste objetivo geral, pretendemos focar em três objetivos mais específicos: 1) Identificar quais os fatores de risco que levam os estudantes universitários da área da saúde a terem ideação suicida; 2) Investigar os possíveis motivos que levam os estudantes universitários da área da saúde a terem a ideação suicida e 3) Analisar as intervenções adotadas pelas instituições de ensino superior da área da saúde, como medida de prevenção para a ideação suicida.