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Fichamento Sobre a Erosão do Serviço Social Tradicional do Brasil e da America Latina

Por:   •  21/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  1.531 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

TURMA DE SERVIÇO SOCIAL – 4º PERÍODO

DOCENTE: CIDA

DISCENTE: THAYSE LIRA BARBOSA

FICHAMENTO DE CITAÇÃO

A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil

  1. [...] a instauração da autocracia burguesa cria os suportes históricos-sociais para a evicção do Serviço Social “tradicional”. (pág. 136)
  2. [...] as novas condições postas pela emersão do autocratrismo burguês precipitam – e o fazem rápida decisivamente – um rol de vetores que, desenvolvendo-se a partir da segunda metade da década de cinquenta, desenhavam um processo de crise que, se efetivado sem travas e sem traumatismos, também acabaria por derruir as bases das formas tradicionais do exercício profissional. (pág. 137)
  3. [...] o quadro econômico-social do final nos anos cinquenta, em plena alavancagem da industrialização pesada, colocava demandas de intervenção sobre a “questão social” que desbordavam amplamente as práticas profissionais que os assistentes sociais brasileiros estavam cristalizando como próprias da sua atividade. (pág. 137)
  4. Esta assunção – que se faz mediante uma incorporação teórica e metodológica que não passa (sem problemas) -, em si mesma, denotando um esforço de sincronia com as exigências da realidade nacional, terá algumas consequências significativas para o envolver imediato da profissão. (pág. 137)

4.1 - Uma diz respeito à incidência, no mundo mental do assistente social, de disciplinas sociais que sensibilizam o profissional para problemática macrossociais. (pág. 137)

4.2 - Outra consequência, igualmente expressiva, era a inserção do assistente social em equipes multiprofissional nas quais, dado o caráter relativamente novo desta experiência entre nós, o seu estatuto não estava previamente definido como subalterno. (pág. 137-138)

  1. Num curto prazo de tempo, o novo “processo” profissional começou a polarizar intensamente os quadros mais jovens da categoria dos assistentes sociais. (pág. 138)

5.1 – Contribuía para isso de um lado e fortemente, o cenário sociopolítico brasileiro e, igualmente, um caldo de cultura internacional: a temática da superação do subdesenvolvimento dava a tônica nas ciências sociais, na atividade política e imantava interesses governamentais e recursos em programas internacionais – estava-se em plena era do desenvolvimentismo. (pág. 138)

5.2 – Mas, de outro lado, a gravitação do Desenvolvimento de Comunidade crescia porque, além da incorporação ao seu ideário de nomes respeitados na profissão, nele os novos quadros visualizavam a forma de intervenção profissional mais consoante com as necessidades e as características de uma sociedade como a brasileira. (pág.138)

  1. É nessa postura que, nem sempre elaborada teórica e estrategicamente, se filtra a erosão das bases do Serviço Social “tradicional”: sem negar-lhe explicitamente a legitimidade, as novas energias profissionais dirigiam-se para as formas de intervenção (e de representação) que apareciam como mais consentâneas com a realidade brasileira que as já consagradas e cristalizadas nos “processos” que o identificavam historicamente (o Caso e o Grupo). (pág. 138)
  2. [...] diante de uma intercorrência em que, no “espírito da época”, confluem expectativas profissionais emergentes e dados factuais que as calçam: tudo colabora para que o tom decisivo da legitimação profissional comece a girar – e, realmente, ele se inflete: na plástica expressão de fino analista, o assistente social quer deixar de ser um “apóstolo” para investir-se da condição de “agente de mudança”. (Castro, 1984). (pág. 138)
  3. No desdobramento do largo temário do conclave, despontam três elementos que são absolutamente relevantes para detectar a erosão do Serviço Social “tradicional”: (pág. 139)

8.1 – Primeiro, o reconhecimento de que a profissão ou se sintoniza com “as solicitações de uma sociedade em mudança e em crescimento” ou se arrisca a ver seu exercício “relegado a um segundo plano”: em consequência, levanta-se a necessidade “de [...] aperfeiçoar o aparelhamento conceitual do Serviço Social e de [...] elevar o padrão técnico, científico e cultural dos profissionais desse campo de atividade”: e, finalmente, a reivindicação de funções não apenas executivas na programação e implementação de projetos de desenvolvimento. (pág. 139)

  1. [...] estes três elementos delimitam-se nitidamente: a dissincronia com as “solicitações” contemporâneas, a insuficiência da formação profissional e a subalternidade executiva. (pág. 139)
  2. [...] nos anos imediatamente seguintes, a erosão das formas consagradas do Serviço Social ganha uma dinâmica mais intensa. Seus detonadores de fundo são extraprofissionais: compreendem o estágio de precipitação da dinâmica sociopolítica da vida brasileira, entre 1960/1964, com o aprofundamento e a problematização do processo democrático na sociedade e no Estado. (pág. 139)
  3. Possuem, porém, um rebatimento profissional, pela mediação diversa de quatro condutos específicos, embora com óbvias vinculações entre si. (pág. 139)

11.1 – O primeiro remete ao próprio amadurecimento de setores da categoria  profissional, na sua relação com outros protagonistas ( profissionais: nas equipes multiprofissionais; sociais: grupos da população politicamente organizados) e outras instancias (núcleos administrativos e políticos do Estado) (pág. 139)

11.2 O segundo refere-se ao desgarramento de segmento da Igreja Católica em face do seu conservadorismo tradicional; a emersão de “católicos progressista, e mesmo de uma esquerda católica, com ativa militância cívica e política, afeta sensivelmente a categoria profissional. (pág. 139-140)

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