A DISTINÇÃO TEÓRICA E DIAGNÓSTICA
Por: Amanda Lino • 11/9/2018 • Trabalho acadêmico • 603 Palavras (3 Páginas) • 155 Visualizações
DISTINÇÃO TEÓRICA E DIAGNÓSTICA
No ambito clinico é muito comum confundir o Luto com o Transtorno Depressivo Maior e, por maior que sejam as semelhança são disgnósticos distintos cujo o equivoco causado pela sintomatologia muito parecida pode causar prejuízo na definição de dignósticos e, como consequencia a intervenção não será adequada. Em vista disso é necessário que haja uma definição desses dois conceitos.
Segundo Worden (2009) o Luto consiste em uma resposta emocinal à perda, o que envolve um processo de adaptação, pelo qual essa pessoa necessita passar para que se reestruture racional e emocionalmente. Este processo de adaptação engloba diversos quadros clínicos e não um conjunto de sintomas que se inicia após a perda e depois se dissipam. Por este motivo o Luto é denominado um processo e não um estado.
De acordo com Beutel et. al., 1995 apud Marques, 2015:
" O luto é um importante fator de risco para as doenças físicas, Depressão e Ansiedade. Face a isto uma cuidadosa discriminação entre Luto e Depressão deve ser feita para fins de diagnóstico, tratamento e investigação". (MARQUES, 2015, p.1)
Contudo, pode entender-se por Luto um conjunto de reação físicas, cognitivas, comportamentais e emocionais que surgem como resposta a uma perda seja ela real ou simbólica. Com isso, o Luto apresenta diversos sintomas em comum com a Depressão, podendo citar como exemplo a tristeza, exaustão física e psicológica, disturbio do sono, falta de apetite, perda de peso, apatia, desinteresse pelas questões sociais, desespero e desamparo e, em casos de maior gravidade, a ideação suicída.
Porém, para que o diagnóstico seja mais concreto há características importantes para diferencia-los. De acordo com a APA (Associação Psiquiatrica Americana, 2013) é preciso considerar que no Luto é predominante os sentimentos de vazio e de perda, enquanto na Depressão, “[...]o humor deprimido é continuo e incapacita o sujeito de antecipar a felicidade ou o prazer, durante o período de duas semanas e é ncessário presentar mais quatro sintomas de uma lista de nove[...]” (DSM V, 2013). No Luto, a intensidade dos sintomas tendem a diminuir no decorrer do dia e oscila com mais frequencia. Já o humor deprimido é persistente e normalmente não está ligado a pensamentos especificos. Também tende a ser mais intenso e raramente será possivel sentir algum tipo de alivio dos sintomas. No processo de Luto a dor pode acompanhar pensamento e humor positivos, já na depressão são mais presentes os sentimentos de inutilidade e infelicidade. Os pensamento associados ao Luto normalmente são relacionados à lembranças que remetem a pessoa que faleceu, já na depressão os pensamentos são pessimistas e não costumam advir de um motivo concreto. Quanto a autoestima, no enlutado, permanece preservada, já na pessoa com depressão a autoaversão é predominante. No processo de luto é possivel notar inquietação e agitação, contrario do quadro depressivo que apresenta a falta de energia. Em resumo os sintomas apresentados pela pessoa enlutada são apenas formas de enfrentamento da perda.
Para Marques (2015) “nestes casos o diagnóstico dificilmente é estabelecido numa primeira consulta, pelo que é razoavel permitir um período de espera vigilante até se perceber, de forma mais clara, o trajeto da sintomatoligia do paciente, para que não se corra o risco de medicar uma crise normal de vida e, desta forma encontrar a intervenção terapuetica mais adequada’. (MARQUES, 2015, p.3)
Fica nitido que a sintomatologia possui semelhanças, porém é importante compreender que tristeza é natural e saudavel, é algo que todos podemos sentir em algum momento da vida, desencadeada por alguma perda com muito significado. Para isso, é preciso e importante, compreender o decurso normal do processo de luto e quando ele se torna patológico.
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