A DOENÇA DE ALZHEIMER
Por: luzi42 • 2/3/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 4.784 Palavras (20 Páginas) • 211 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
DOENÇA DE ALZHEIMER
São Paulo
UNIVERSIDADE PAULISTA
DOENÇA DE ALZHEIMER
Trabalho de Atividade Prática Supervisionada em neurofisiologia do 3º e 4º semestre do Curso de Psicologia a ser apresentado a como critério de avaliação para esta disciplina.
São Paulo
2016
SUMÁRIO
- Introdução.............................................................................................................................04
- Aspectos médicos da Doença de Alzheimer.......................................................................06
2.1. Conceito.............................................................................................................................06
2.2. Etiologia.............................................................................................................................07
2.3. Sinais e Sintomas...............................................................................................................08
2.4. Diagnóstico........................................................................................................................09
2.5. Tratamento.........................................................................................................................11
- Aspectos Neuropsicológicos da Doença de Alzheimer....................................................13
- Aspectos Psicossociais da Doença de Alzheimer.............................................................16
- Conclusão.............................................................................................................................18
Referências...............................................................................................................................19
- INTRODUÇÃO
O envelhecimento humano é um fenômeno em progressão crescente de ordem mundial. A cada ano mais e mais pessoas chegam aos 60 anos, idade considerada nos países em desenvolvimento a porta de entrada para a terceira idade. O Brasil em sua condição como país em desenvolvimento já está em alerta sobre esta realidade, que sua população está envelhecendo e em ritmo acelerado. A expectativa para as próximas décadas constam de números de idosos nunca antes vistos na história do país.
Com esta configuração populacional que começa a ser traçada para os próximos anos, torna-se necessário planejar estratégias de cuidado e atenção para este contingente de idosos que será a realidade futura. Governo, pesquisadores do envelhecimento e sociedade vêm desenvolvimento formas de promoção de qualidade de vida para a terceira idade com o intuito de gerar o Envelhecimento Saudável. Mas isto vai depender de um conjunto de fatores determinantes que envolvem políticas públicas, relação do idoso com a família e a sociedade, e também as características de personalidade e estratégias compensatórias psicoemocionais do próprio idoso.
O envelhecimento é um processo único para cada pessoa, ninguém envelhece da mesma forma. Contudo, pode-se observar um divisor de águas neste processo, que envolve saúde e doença. Existem idosos que envelhecem de forma saudável sem grandes comprometimentos de ordem física e cognitiva, mas existem aqueles idosos que apresentam em alguma dificuldade de saúde no decorrer deste processo de vida. Nesta faixa etária, a saúde não é mais a mesma e o corpo não corresponde da mesma forma, alguns idosos acabam sofrendo com as síndromes demenciais, doenças incapacitantes e suas sequelas. Comprometendo sua autonomia e independência física e mental.
No caso das demências, elas acarretam em sintomas incapacitantes trazendo sérios prejuízos as funções mentais e, por conseguinte, acabam gerando alterações comportamentais. Idosos em idades mais avançadas são os mais acometidos pelas demências, provocando neles a dependência para as atividades de auto-cuidado e perda de autonomia. Existem vários tipos de demências, mas a que estará em destaque e a qual será o tema central deste trabalho é a Doença de Alzheimer.
Este trabalho da disciplina de Atividade Prática Supervisionada em Neurofisiologia vem apresentar um apanhado teórico sobre os aspectos clínicos, psicológicos e sociais da Doença de Alzheimer (DA). Serão expostos, a principio, cinco subcapítulos que abordaram os aspectos clínicos e conceituais da D.A. Na sequencia ocorrerá a apresentação dos aspectos neuropsicológicos e, por conseguinte, os aspectos psicossociais que envolvem a doença. E por fim, será apresentada uma conclusão de todo o conteúdo exposto.
- ASPECTOS MÉDICOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER
- Conceito
A D.A. também conhecida como Mal de Alzheimer é a principal causa de demência, sendo uma doença que foi descrita pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer no ano 1906. Ela é caracterizada como uma doença incurável, porém tratável. Tem uma evolução lenta, é neurodegenerativa e progressiva, que acaba consequentemente destruindo os neurônios e prejudicando as funções mentais importantes, dentre elas a capacidade de raciocinar, o julgamento e a memória, além de provocar a manifestação de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais (CAVALCANTE; ENGELHARDT, 2012; COSTA, 2013; PINHEIRO, 2016; SERENIKI; VITAL, 2016; VITOR; ANADÃO, 2014).
Este psiquiatra acompanhou o caso de uma jovem senhora de 51 anos que lentamente foi regredindo sua capacidade cognitiva e vindo a tornar-se dependente para as atividades diárias. Após seu falecimento alguns anos depois ele analisou o cérebro dela e descreveu algumas características anatômicas que a doença provocou neste órgão, bastante descrito na literatura científica da área hoje (ABRAZ, 2015).
Os neurônios de uma pessoa com D.A. acabam se sucumbindo, ou seja, as células neurais e a conexão que existem entre elas se degeneram e morrem. O conteúdo cerebral vai sofrendo uma redução e começa a se atrofiar lentamente com a evolução da doença, ao ponto de toda a esfera cerebral se encolher e formar cavidades em suas entrâncias (VITOR; ANADÃO, 2016), como pode-se observar na Figura 1.
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