A Dissertação Suicídio
Por: Elis Oliveira • 26/5/2019 • Dissertação • 1.248 Palavras (5 Páginas) • 202 Visualizações
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Elislislaine Aparecida de Oliveira – N37177-3
Sociedade e suicídio entre crianças e jovens
Prof. Vinicius Miranda
Campus Assis- São Paulo
2019
O comportamento suicida entre jovens e crianças vem aumentando há cada ano, no entanto, até a década de 70 acreditasse que fosse rara ou inexistente.
Atualmente a depressão entre crianças e jovens é considerada “comum”, debilitante e recorrente e envolve um alto grau de mortalidade representando um sério problema em todo o mundo.
O suicídio vem se tornando uma problemática, apresentando crianças e adolescentes como vítimas, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens entre 15 e 29 anos.
(fonte: acesso em 11/05 2019)
Crianças com comportamentos suicidas envolvem motivações complexas, incluindo humor depressivo, problemas emocionais, comportamentais e sociais; já os adolescentes incluem perda de relações românticas, incapacidade de lidar com desafios escolares e outras situações estressantes, baixa autoestima e conflitos em torno da identidade sexual. Nota-se também que crianças em idades escolares ou pré-escolares a depressão torna-se clara através da observação das brincadeiras cujo termos predominantes são fracassos, frustração, perdas, abandonos, culpa ou morte.
Já os adolescentes apresentam-se irritáveis e instáveis, ocorrendo crises de raiva em seu comportamento, sendo o uso de álcool e drogas presentes.
Um estudo de caso realizado por Vivian Roxo Borges, aponta que as cidades de Porto Alegre e Curitiba são consideradas as capitais com os maiores índices de suicídio entre jovens de 15 a 24 anos, sendo realizado nesse mesmo estudo uma pesquisa com 526 jovens de 15 a 17 anos em idades escolares, onde o estudo apontou que 36% apresentaram ideação suicida e desesperança; essa, considerada uma população não-clínica.
A adolescência também é um período de maior desenvolvimento e amadurecimento biológico e psicológico. Alguns estudos referem-se também a altas taxas de suicídios elevadas entre adolescentes homossexuais, geralmente acompanhado de certa desesperança e negação interna da sexualidade que costumam ser reforçados pela sociedade heteronormativa.
O suicídio é uma questão complexa, portanto, não se deve medir esforços em relação à sua prevenção. Por isso, necessita de coordenação e colaboração entre os múltiplos setores da sociedade, abrangendo todas as áreas, inclusive política e mídia. Esses esforços devem ser abrangentes e colaborativos em si, pois apenas uma pequena abordagem não pode impactar em um tema tão complexo quanto esse.
A maioria das crianças e adolescentes deprimidos não é sequer encaminhada para tratamento.
A prevenção tem sido tratada de forma inadequada devido à falta de consciência da sociedade em relação ao suicídio como um grave problema. Em diversas culturas, o tema é um tabu e não é discutido abertamente. Mobilizar e sensibilizar a comunidade e quebrar os preconceitos e receios em relação ao assunto são ações importantes não só aos países, mas ao mundo para alcançar progressos na prevenção do suicídio.
A maneira como a sociedade reage ao suicídio varia de acordo com a cultura e também no período histórico em que vive. Atualmente, assuntos relacionados ao suicídio são considerados polêmicos, um tabu no ponto de vista religioso, cultural e social, sendo essas atitudes não enquadradas nas regras sociais e morais, sabendo-se que a sociedade em sua maioria se baseia em costumes religiosos. Mesmo com todo avanço econômico, tecnológico e pesquisas na área da saúde, ainda assim o suicídio é silenciado. Este fato encontra diferentes embates sociais, onde prevalece o preconceito, a desinformação e o misticismo, onde os suicidas são facilmente julgados e dificilmente compreendidos. Esses fatores se dão pela falta de informações sobre o assunto, onde os suicidas e as famílias dos mesmos frequentemente preferem se calar com medo de julgamentos errôneos acabam por sofrer em silêncio.
Contudo, a ausência de diálogo também é um dos fatores que podem resultar uma depressão e levar ao suicídio, pois questões relativas à convivência em grupo, identificação pessoal, escolhas profissionais e problemas familiares afligem os jovens com maior frequência. São nesses momentos, que se encontram desamparados e pensam em tirar suas próprias vidas.
Outro aspecto é a imposição das crenças religiosas, onde essas subjugam por falta de fé, desafeto pela própria vida e egoísmo. Os suicidas podem tentar obter ajuda principalmente de pessoas mais próximas a eles, as quais têm confiança, e, cabe a essas pessoas ouvi-los, pois necessitam de compreensão, não de julgamento.
As crianças suicidas frequentemente experimentam uma vida em família disfuncional e conflituosa onde mudanças, tais como o divórcio, podem resultar em sentimentos de desamparo e de perda de controle, já os adolescentes, uma história familiar com doenças psiquiátricas, a par de níveis elevados de disfunção familiar, rejeição pela família, e negligência e abuso na infância aumentam o potencial para o suicídio. Os suicídios consumados de jovens geralmente estão associados a taxas mais elevadas de perturbações psiquiátricas na família, menor apoio familiar ou comportamento suicida anterior.
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