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A Elaboração de Relatos de Atendimento em Psicodiagnóstico Interventivo sua importância na formação do aluno-estagiário

Por:   •  12/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.313 Palavras (10 Páginas)  •  842 Visualizações

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Universidade Paulista UNIP- Curso: Psicologia- Campus: Jundiaí

Disciplina: Psicodiagnóstico Prof.ª: Tatiana Gomes Espinha

Nome: Larissa Lucia da Silva       RA: C5919I7 Turma: PS7P44

Texto 16: PATUTTI, C. A. O. B. A Elaboração de Relatos de Atendimento em Psicodiagnóstico Interventivo sua importância na formação do aluno-estagiário- Ed. Cortez 1º Ed. – São Paulo 2013

No texto o autor começa a falando sobre os documentos escritos produzidos pelos psicólogos, onde sua criação se deu com o propósito de “subsidiar ações e decisões [razão pela qual devem ser] […] objeto de estudos, assumindo espaço importante na formação e no exercício profissional”. (PATUTTI, C. A. O. B., 2013 citado por Guzzo e Pasqualli, 2001), e tem se apresentados ineficientes nos dias de hoje diante do proposito do qual foram criados.

O Autor vem nos falando que reconhece a importância e a cobrança que existe em cima da elaboração desses documentos quanto ao que será colocado neles e o interesse quanto a sua utilização dos dados ali existentes. Criteriosos na elaboração desses documentos e relatórios, se atentando a prática na garantia de direitos das pessoas.

 Tem como objetivo é ajustar a experiência da construção desse laudo técnico, dando ênfase ao registro documental e aos prontuários. Laudos, relatos, prontuários representam a dimensão organizadora da técnica, com importância para o processo de aprendizagem vivenciado, tanto pelo aluno-estagiário como pelo psicólogo-supervisor, no encontro das descobertas que se dão na relação.

 Com isso, o papel e responsabilidade do supervisor no processo não pode ser ignorada neste processo. Não havendo como separar a prática psicológica da ética profissional. A ética envolvida no contexto da relação usuários/ clientes/ pacientes e a produção de documentos sobre a experiência clínica no serviço-escola. Tambem não podendo separar o psicodiagnóstico nessa etapa de formação em um todo, e não podendo separa-lo da ética envolvida nessa prática.

Ver o aluno como estagiário é lembrar dele como envolvido na produção de documentos e relatórios que comprovem sua experiência no estágio, que tem como finalidade dentro de um processo de avaliação psicológica é a produção de um laudo psicológico, como determinado pelo Manual de Elaboração de Documentos do CFP (Resolução n. 007/ 2003)

Apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição((PATUTTI, C. A. O. B., 2013 citado por Conselho Federal de Psicologia, 2013, p. 7 ).

A padronização e sistematização das atividades dos psicólogos, a partir de 2009, passaram a ser previsto pela Resolução CFP n. 001/ 2009 (CFP, 2013), em conjunto com o Ministério da Saúde, com armazenamento individual e em local especifico do registro de dados e informações fornecidas por aquele que precisar fazer uso de serviços psicológicos. Este arquivamento é subdividido em duas partes: prontuário e registro documental.

É preciso que as informações estejam escritas em linguagem acessível ao cliente, de forma clara e objetiva, para que ele possa compreender o que foi trabalhado e concluído durante o atendimento psicológico e que ele participou disso, sendo um trabalho realizado em conjunto. Esse acesso do cliente ao seu prontuário é um direito, que garante que ele se aposse de um “saber sobre si mesmo”, de informações relacionadas à sua pessoa, que são importantes e que podem o auxiliar na compreensão do que é transmitido pelo psicólogo durante os atendimentos.

Anotações que se utilizem de embasamento teórico, documentos resultantes de dados obtidos com instrumentos de avaliação psicológica como testes, de análises clínicas e observações mais detalhadas devem ser arquivadas em um local de acesso exclusivo do psicólogo. São esses documentos (relatos de cada uma das sessões realizadas, relatórios) que formam o registro documental.

No estágio em Psicodiagnóstico interventivo o registro dos atendimentos tem uso acadêmico, pois sua confecção, feita pelos alunos, ajudam eles em sua formação, auxiliando na discussão do caso durante a supervisão clínica, que é realizada em grupo, proporcionando um aprendizado mais efetivo, sendo possível compreender melhor o documento, pois a experiência do outro também o auxilia nisso. Além disso, ajuda ao supervisor na avaliação do aluno, verificando se ele atinge os requisitos exigidos pelo estágio.

         Parte do trabalho do professor-supervisor é o de orientar o aluno-estagiário a construir o relatório onde consiga mostrar o conhecimento sobre o ocorrido, podendo com isso melhorar seu conhecimento e suas técnicas e aprimorar seu aprendizado teórico. Essas anotações podem ser feitas em forma de correções, orientações e apontamentos.  

A participação do professor-supervisor acompanhando o aluno no momento do atendimento do aluno-estagiário pode garantir a saúde   dos pacientes e auxiliar na formação profissional desses alunos, essa participação se daria desde a recepção   do estagiário e preparação do atendimento, o atendimento e discussão e supervisão desse atendimento realizado, sendo o diferencial do estágio em Psicodiagnóstico Interventivo quando comparado com outros estágios.

       Essa diferenciação se dá, pois, a participação do supervisor se dá em várias etapas e sua presença traz modificações que vai desde o atendimento até a redação dos relatos dos quais o supervisor irá corrigir. Discutir em supervisão antes do aluno preparar seu relatório tem se mostrado extremamente proveitosa. Porem a presença do supervisor pode inibir o aluno em suas ações desde o relato como dentro do atendimento, devendo assim esse supervisor. Neste sentido, cabe ao supervisor desfazer fantasias persecutórias, dirigindo-o para a percepção de que estas experiências fazem parte do processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma pode o aluno ter mais facilidade na descrição à compreensão dos fatos e dos fenômenos psicológicos ocorridos, auxilia também auxilia a avaliação de conhecimentos que o aluno adquiriu no decorrer dos processos que percorreu. Assim, esse psicólogo-supervisor poderá ensinar, acompanhar e avaliar o aluno em buscar uma melhor qualidade do atendimento, preservando o compromisso com o usuário do serviço e contribuindo, assim, para o desenrolar do processo.

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