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A Entrevista Clínica é Um Conjunto de Técnicas de Investigação

Por:   •  29/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  225 Visualizações

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A entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas.

Existe a técnica, que envolve procedimentos utilizados para a obtenção de dados. A investigação visa à descrição e avaliação das informações obtidas, utilizando-se de conhecimentos teóricos e técnicos como a psicologia do desenvolvimento, psicopatologia, psicodinâmica e teorias sistêmicas. A entrevista faz parte de um processo complexo que envolve várias nuances como outras técnicas de entrevistas, instrumentos, procedimentos de avaliação, observações individuais ou em grupo, no entanto, ela é um instrumento poderoso e crucial para todo o processo terapêutico.

A entrevista clínica pressupõe uma direção, cabe ao profissional direcionar a entrevista para os objetivos almejados, através de esclarecimentos sobre fatos, afetos e etc. Considerando que o sujeito e sua demanda são importantes, o entrevistador deve levar o entrevistado a se aprofundar em sua própria experiência. Por meio desse processo é possível identificar a diferença entre entrevistado e entrevistador, onde o primeiro tem o papel de prestar informações e o segundo tem o papel de aplicar os conhecimentos teóricos e técnicos já dominados, conduzindo e delimitando todo o processo terapêutico.

O entrevistador deve possuir competências, habilidades e domínio da técnica para a entrevista. O sucesso de todo processo terapêutico depende largamente da experiência do profissional. A sensibilidade e a formação clínica do entrevistador permitem a ele organizar um ambiente agradável ao sujeito, onde este possa expressar seus anseios e necessidades mais íntimos.

Existe uma diferença entre entrevista e processo terapêutico, um não tem necessidade de um contrato de continuidade, enquanto que o outro necessita. A delimitação do tempo é importante, visto que explicita a diferença entre a entrevista e o processo terapêutico, seus objetivos e papéis.

As entrevistas clínicas podem ser classificadas em estruturadas, semiestruturadas e de livre estruturação. As entrevistas estruturadas são mais objetivas, fechadas e delimitadas por questões determinadas, são de pouca utilidade clínica, devido, principalmente, a raramente considerar as necessidades e demandas do sujeito, e são usadas mais em pesquisas. Nas entrevistas semiestruturadas o entrevistador tem objetivos específicos, informações para alcançar esses objetivos, formas de obter essas informações, quando obter, como obter, além do que possui um processo padronizado que confere fidedignidade à entrevista.

Nas entrevistas de livre estruturação o entrevistador elabora sua própria estrutura, a grosso modo, pode-se dizer que na entrevista de livre estruturação o processo será mais aberto, sem tantas padronizações. No entanto, toda entrevista exige alguma forma de estrutura, a diferença é que cabe ao profissional conhecer seu papel, traçar as metas e o procedimento que deve levar aos objetivos.

Quanto aos objetivos a entrevista tem por finalidade maior a descrição e análise das situações para fornecer um retorno. Estas três etapas fazem parte de qualquer entrevista, conhecer a demanda, avaliar a natureza do problema e formular algum tratamento ou encaminhamento. A abordagem escolhida pelo profissional define os instrumentos utilizados.

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