A Estrutura da Inteligência na Infância: Desenvolvimento e Diferenciação Cognitiva
Por: Tiago Pavane • 17/7/2021 • Resenha • 787 Palavras (4 Páginas) • 139 Visualizações
Tiago Pavane
Professora: Esmeralda Macedo
Disciplina: Cognição e Linguagem
Nº de Aluno: 11.123
E-mail: t.pavane@hotmail.com
A estrutura da inteligência na infância: desenvolvimento e diferenciação cognitiva.
Segundo o presente estudo a inteligência é considerada um dos melhores indicadores da aprendizagem e do sucesso ou insucesso escolar apesar da controvérsia. Um dos conceitos mais importantes da psicologia na análise da aprendizagem e do rendimento escolar que tem a ver a inteligência ou habilidades cognitivas dos alunos, é importante também sua caracterização, pois trata-se de um constructo teórico pouco consensual, mesmo entre os especialistas da área.
Um dos conceitos mais relevantes da psicologia na análise da aprendizagem e do rendimento escolar, tem a ver com a inteligência ou habilidades cognitivas dos alunos. Associadas à problemática da definição de inteligência surgem as dificuldades com a caraterização da sua estrutura. A teoria da inteligência foi formulada no início do século XX por Spearman (1927), tendo por base os resultados encontrados na teoria da inteligência baseada na correlação encontrada nos resultados em situações de realização cognitiva, assumindo um fator geral de inteligência ou fator “g”, que avaliam as funções cognitivas.
A inteligência então, seria o resultado de um único fator geral a todas as realizações cognitivas e compartilhado por todos os indivíduos em maior ou menor quantidade. O seu significado de fato inclui a apreensão de experiências ou codificação da informação, o estabelecimento de relações entre unidades de informação e a aplicação dessas relações a novos contextos, aspectos também importantes na aprendizagem escolar.
O significado da inteligência geral desenvolve-se na psicologia, desde o século passado a sua diferenciação na inteligência fluida “gf” e uma inteligência cristalizada “gc”, notando que a primeira é mais estrutural e neurologicamente influenciada, e a segunda vem representando o processo de socialização e associada às experiências, interesses e motivações. Mesmo assim, nota-se que a relação não mantem-se tão estável ao longo do tempo e nota-se uma diminuição dos coeficientes de correlação a medida que se evolui na escolaridade, sendo assim necessário outras variáveis sociofamiliares, na determinação do rendimento escolar.
No presente estudo foram avaliadas crianças com 5, 7 e 9 anos de idade, num total de 360 crianças de ambos os sexos, de zonas rurais e urbanas e em instituições publicas e privadas de ensino. O instrumento usado foi o ECCOs 4/10 (Escala de Competências Cognitivas para Crianças dos 4 aos 10 anos) – (Brito & Almeida, 2009) é uma bateria de avaliação cognitiva, de aplicação individual, criada para a população portuguesa.
Essa escala é composta por onze provas, que avaliam seis processos cognitivos (percepção, memória, compreensão, raciocínio, resolução de problemas e pensamento divergente), através de tarefas recorrendo a dois tipos de conteúdos (verbal ou linguístico e figurativo ou manipulativo). As tarefas usadas na avaliação aproximam-se do quotidiano das crianças, recorrendo a material lúdico e colorido.
O procedimento foi acompanhado com a explicação e os objetivos para a realização do mesmo. As crianças foram selecionadas tendo em conta as variáveis consideradas na definição da amostra, recebendo os seus encarregados de educação também um pedido por escrito de autorização para a aplicação da ECCOs 4/10, explicitando objetivos e condições do estudo e tomou o tempo necessário dos professores, que rondou aproximadamente os 60 a 90 minutos, os dados recolhidos foram analisados através do programa estatístico IBM SPSS Statistics.
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