A Exclusão Social
Por: Luan Felipe Unplugged • 7/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.611 Palavras (7 Páginas) • 113 Visualizações
Exclusão Social
A exclusão social é associada com uma causalidade complexa e multidimensional, sendo relacionado as relações sociais contemporâneas como o desemprego, desqualificação social, a violência, desumanização do outro.
A dimensão de pobreza no indivíduo é confirmada através de sua participação na economia, onde com o capitalismo foi evidenciando a produção de uma pobreza em massa.
A pobreza no começo do capitalismo foi de suma importância, para que houvesse a exploração de salário e carga horária dos trabalhadores, a fase de super exploração do capitalismo.
Com o desenvolvimento das relações produtivas no capitalismo, os pobres criaram estratégias de sobrevivência distintas, de acordo com sua inserção na sociedade e posição e relação com a produção.
Com os grupos de reivindicação da classe trabalhadora em níveis locais, regionais e nacionais pode demonstrar a subjetividade da pobreza.
Os sujeitos são atores sociais, presentes e ativos na construção e constituição da realidade social.
A sociedade pode ser classificada em cinco critérios:
- Moderna: estuda e ilustra a história da humanidade.
- Sistêmica: exemplifica a vida social, suas relações funcionais.
- Estado Nacional: referente a integração entre a economia, cultura e sistema político nacional.
- Industrial: alusivo ao reconhecimento e explicação dos conflitos entre as classes que tem poder na sociedade, tendo como base duas teorias, a de que a integração social não pode ocorrer devido aos conflitos, e a segunda que diz que o conflito reforça a integração social.
- Sistema: o ator social é influenciado pelo sistema, onde a subjetividade do sujeito provem da socialização, da interação subjetiva com o sistema.
A institucionalização da sociedade, implica no reconhecimento que o sistema não é um ator solitário, sendo a modernidade, industrialização, se reproduzem de forma institucional. Promovendo desta forma a reflexão da vida moderna.
A sociedade se manteve sistêmica, a economia tornou-se o próprio modelo de integração.
As mudanças nos processos de trabalho em sociedades capitalistas periféricas se associam pela interação entre as formas tradicionais e inovadoras, criando-se uma modernização conservadora, com influencias da segunda revolução industrial e tecnológica, tendo ainda a manutenção dos princípios tayloristas e fordistas.
Atualmente as empresas preferem a terceirização de seus serviços devido ao custo/benefício do mesmo, reduzindo os empregados, criando desta forma um declínio de contratações de serviços diretos em grandes empresas (SALIM, Celso; 2003).
Através da globalização e do desequilíbrio entre a oferta e demanda, quando países desenvolvidos passam a importar mais produtos de países do terceiro mundo, empregos surgem na periferia, e quando o oposto ocorre, países do terceiro mundo passam a exportar produtos industrializados de países desenvolvidos os empregos retornam ao local de origem.
Entretanto a globalização ocasiona a perda do emprego de milhões de trabalhadores, que antes produziam o que agora se é importado. Possivelmente serão criado novos postos de emprego, só que esta antiga mão de obra não se qualifica a sua nova função, ocorrendo desta forma o desemprego estrutural.
Com o crescimento oriundo do desemprego, através da preferência das empresas em contratarem serviços terceirizados, para burlar este empecilho, uma parte da população busca os trabalhos que não necessitam de qualificação ou lhe deem direitos, vivendo a margem do marasmo referente ao controle de suas vidas (SINGER, PAUL DESEMPREGO E EXCLUSÃO SOCIAL).
Com a economia internacionalizada houve um rompimento da soberania do Estado-Nação e com a ideia de sociedade, rompendo com o conceito do sujeito como ator social.
Recorrente do capitalismo vieram a segregação, marginalização. A desigualdade passa a ser simbólica, tendo como características estereótipos sociais que reproduzem a vida cotidiana.
A exclusão social sendo vista de uma perspectiva política, afirma a necessidade do Estado em garantir a equidade para os sujeitos excluídos, entretanto não de uma forma passiva, o indivíduo deve ser um ser atuante na sua inclusão social, pois de outra forma, o que viria a acontecer seria a dependência do mesmo perante ao Estado.
A pobreza deve ser vista como uma privação as capacidades básicas.
O sujeito atualmente se vê ameaçado pela sociedade de consumo que o manipula em busca do prazer que o aprisiona.
A subjetividade do sujeito retorna quando ele realiza o processo de se definir por aquilo que faz, o que valoriza e de suas relações sociais, as quais está engajado, se tornando desta forma novamente um protagonista social, e não apenas uma marionete (LOPES, José; 2006).
Papel da educação na Inclusão/Exclusão
O americanismo e fordismo demonstra sua eficiência na valorização do capital, o trabalho passa a ser algo fragmentado, as relações sociais e a própria escola preparam o indivíduo para esta divisão.
O conhecimento cientifico e saber prático são distribuídos desigualmente, auxiliando na alienação crescente do trabalhador.
Mesmo as ferramentas que buscam preencher os espaços impostos pela fragmentação do trabalho têm como real intuito evitar a perda do lucro da empresa e ampliar a valorização do capital.
A base taylorista/fordista originou tendências pedagógicas, em que o aluno não entrasse em contato com o conteúdo de maneira aprofundada, para que não houvesse o domínio intelectual.
Ocorrendo desta forma uma fragmentação da educação, proveniente de uma concepção positivista, articulada no disciplinamento que é essencial para o taylorismo/fordismo. Desta influencia, constituiu-se a divisão entre classes sociais no capitalismo.
Inclusive ocorrendo a formação taylorista dos professores, que se especializam em um objeto que se torna foco de seus estudos e leciona somente aquilo, sendo um professor de determinada matéria, deixando de ser o professor, em sua totalidade.
Este método de ensino foi substituído pelo conhecimento cientifico de todas as áreas, exigindo um trabalho intelectual multidisciplinar. Onde a criação dos trabalhadores deixa de ter a visão da produção em massa, passando a adquirir a forma de transformarem os indivíduos em seres adaptáveis rapidamente a situações desafiadoras e estranhas.
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