A Fronteiras de Contato
Por: Daniela Camargo • 27/8/2018 • Resenha • 652 Palavras (3 Páginas) • 956 Visualizações
Resumo Capítulo 5 “A fronteira de contato” – livro Gestalt-terapia integrada.
A função que sintetiza a necessidade de união e de separação é o contato. Contatar-se significa, ao mesmo tempo, estar consciente de si como um ser separado e delimitado e, em união com um outro que é diferente e separado de mim. Precisamos do contato com o outro, mas também tememos este contato como a invasão de nossa fronteira. É importante que tenhamos muito claro as nossas fronteiras de conato, nosso espaço psicológico para que possamos ser nossos próprios senhores, onde o outro pode ser convidado a entrar, ou não. A diminuição da capacidade de contato aprisiona o homem na solidão.
É a partir do contato que atingimos o crescimento, é a partir do contato que nos transformamos e transformamos as experiências que vivenciamos. No momento da união, não sou mais a penas eu mesmo, mas eu e você fazemos nós. A mudança é a consequência inevitável do contato, já que assimilar o que é assimilável nas experiências de troca com o mundo ou rejeitar aquilo que é inassimilável levará à mudança, inevitavelmente. Não é necessário querer mudar a partir do contato; ele simplesmente acontece.
A fronteira se encontra exatamente no espaço entre o eu e o não-eu. É aí que o ego começa a existir, a partir da noção de discriminação. É importante, no entanto, que compreendamos que embora o contato sugira uma relação com o diferente, também temos a capacidade de contatarmos com nós mesmos. Inclusive, é em função de um contato genuíno com nós mesmos que conseguimos obter um contato mais autêntico com o outro.
A seletividade no contato, determinada pela fronteira do eu do indivíduo, governará a vida do indivíduo, orientando a escolha dos amigos, do trabalho, da fantasia, do sexo e todas as experiências que poderiam ser consideradas relevantes em sua existência. A rigidez na delimitação das fronteiras, ou seja, o que o indivíduo suporta experienciar, está relacionada com o temor que ele tenha em expandir as próprias fronteiras e as consequências disso para si; o indivíduo pode vivenciar isto como risco de sobrecarga.
A experiência da fronteira de eu podem ser descritas a partir de distintas perspectivas: fronteiras corporais; fronteiras de valores; fronteiras de familiaridade; fronteiras expressivas e fronteiras de exposição.
- Fronteiras do corpo: a awareness da sensação de algumas partes ou funções de seus corpos é restrita ou colocada fora dos limites e permanece fora de senso de si mesmas. Assim também, é quase impossível contatar aquilo que está fora da fronteira do eu, o resultado é que essas pessoas permanecem fora de contato com partes importantes para si mesmas.
- Fronteiras de valor: Muitas vezes estamos tão apegados a determinados valores que impedimos novas experiências de contato. Mantemo-nos com determinados valores, evitando a confrontação, pois acreditamos que este confronto possa neutralizar quem somos. No entanto, estas fronteiras muito rígidas, embora possam nos proteger de uma ‘desintegração’ nos impedem de viver experiências que estejam em consonância com nossas necessidades. Buscar a ampliação destas fronteiras ajuda que a pessoa tenha novas experiências.
- Fronteiras de familiaridade: Tendemos a contatar somente aquilo que nos é familiar. O medo do
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