A Humanização do Homem
Por: Karina_Coelho_PR • 19/4/2017 • Resenha • 1.267 Palavras (6 Páginas) • 192 Visualizações
Documentário Nós que aqui estamos, por vós esperamos- resumo
O documentário produzido por Marcelo Masagão, retrata acontecimentos do século XX, desde a Revolução Industrial, dos grandes inventos, até a triste realidade das Guerras.
Apesar de debater um tema já bem comentado, que é o século XX, o cineasta demonstrou distinguir-se de outros relatos do mundo do cinema, sendo que o filme não apresenta fatos históricos de grandes nomes, e sim, histórias e memórias de pessoas comuns, como de um operário que trabalhou incansavelmente sem nunca poder obter o produto que produzia, ou até mesmo de um alfaiate que sonhava demais e encontrou a inevitável morte como resultado de seus experimentos. Alguns nomes famosos foram citados, assim como Albert Einstein e Hitler, porém de forma curiosamente moderadas, colocando-os como coadjuvantes.
Crenças, visões e momentos de diferentes indivíduos, são detalhados na obra, sem seguir uma forma cronológica certa, mas que trouxe toda a memória de um século marcado por descobertas e tragédias.
Revoluções, movimentos, guerras, todos esses fatos foram demonstrados a partir da visão daqueles que não aparecem em livros.
O documentário, mostrou a forma como a vida foi banalizada, tanto com os trabalhos excessivos na Revolução Industrial, quanto pelas terríveis guerras, que acabaram, como diz no próprio filme, não com vidas, mas com pequenas memórias.
Contudo, também mostrou história de pessoas que lutaram contra tal depreciação da vida humana, de forma incansável, a ponto de perder sua própria vida para realizar essa luta.
Por fim, é revelada a origem do título. Nós que aqui estamos, por vós esperamos é uma frase existente no letreiro de um antigo cemitério, demonstrando que, todos terminarão de mesma forma.
A multideterminação do humano- resumo
O texto a multideterminação do humano iniciou-se tendo por tema o mito do homem, com a conhecida frase “Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto!”
O documento mostra então mitos da filosofia, como o mito do homem natural, ao qual determina que o homem é bom por natureza, mas que a sociedade o corrompe; o mito do homem isolado, que mostra o ser em seu estado original isolado, e que gradualmente sente a necessidade de se relacionar com outros e ainda o mito do homem abstrato, no qual causa a ideia de que o homem não se modifica, sendo suas características independentes de seu modo de vida.
Todos esses mitos são quebrados quando se prova que o homem é um produto-histórico, não podendo ser natural, formado em função de um ser social, não sendo um ser isolado e que o homem é formado por um conjunto de relações sociais, não podendo também assim ser abstrato.
Faz-se o questionamento então do que seria o homem, e a resposta consequente nesse texto foi que o homem é um ser-histórico, que apesar de seu lado biológico, tem sua individualidade, dependendo do meio ao qual o mesmo encontra-se.
Os pensamentos, as crenças e as opiniões, serão formadas a partir de várias circunstâncias, desde o modo de vida da sociedade em que ele está inserido até o modo de seu meio familiar, em outras palavras, o homem torna-se homem a partir da apropriação de cultura em seu meio, uma espécie de reprodução.
Apesar dessa apropriação, cada ser tem suas individualidades, dependendo das oportunidades, sendo que a única aptidão inata do homem é a de transformar outras aptidões.
Outro questionamento feito no texto é o de como se caracteriza o humano, diferenciando-nos dos animais. A resposta é mais complexa do que se imagina, pois, apesar de diferentes, alguns animais executam atividades parecidas com o ser humano e por vezes, utilizam instrumentos para fazer tais atividades, entretanto, o que nos diferencia é o conceito do porque estamos fazendo tal movimento ou ação, demonstrando a razão existente em cima de tal caso, assim como é a ideia da linguagem, ou seja, temos autoconhecimento e agimos, na teoria, pela razão.
Pode se dizer então que, o homem é um ser-histórico, movido pelos seus conhecimentos e saberes, providos de seu meio que, juntamente com sua genética e fisionomia, ajudam o ser a ser, apesar de semelhante aos demais, propenso a mudanças e adaptações individuais, dependendo de suporte biológico, social, de linguagem e de subjetividade, sendo assim um ser multideterminado.
Resenha crítica
O modo que o autor do documentário descreveu todos os momentos, apresentando pequenas características dos personagens, mostra que de tal forma a vida é sensível e curta, que o modo como as coisas no século passado transgrediram, é questionável. O porquê de tais atos terem ocorrido pode ser rapidamente correlacionado com a ideia da multideterminação do humano apresentado no texto de mesmo título.
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