A IDADE MEDIEVAL E O PENSAMENTO CRISTÃO
Por: Marcos Souza • 21/5/2018 • Resenha • 1.295 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
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FACULDADE PITÁGORAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
aluno
A IDADE MEDIEVAL E O PENSAMENTO CRISTÃO
Maceió - AL
2018
Aluno
A IDADE MEDIEVAL E O PENSAMENTO CRISTÃO
Resenha apresentada para a disciplina História da Psicologia, no curso de Psicologia, da Faculdade Pitágoras.
Prof.
Maceió-AL
2018
RESENHA
TORRES, André Roberto Ribeiro. A IDADE MEDIEVAL E O PENSAMENTO CRISTÃO, História da Psicologia. Unidade 1, Seção 1.4.
O texto da seção inicia sua abordagem com o caso de uma mulher chamada Mariana que passa por uma crise profissional e vem sendo citada desde a seção 1.1 desta unidade. Nesta seção as dificuldades dela em conciliar o que realmente gosta de fazer e o que acontece no seu cotidiano foram usadas como analogia para o que acontecia na Filosofia da Idade Média onde os filósofos medievais viviam numa época difícil para o pensamento livre e tentavam conciliar a fé e a razão, trazendo para o leitor um primeiro contato reflexivo do contexto em que a Idade Medieval estava inserida. Além disso é exposto o objetivo da seção e traz uma reflexão sobre como Mariana pode resolver sua dificuldade, o que ajuda o leitor a refletir novamente sobre o contexto da época.
Adiante fala do grande dilema da época que era conciliar a herança filosófica dos gregos, romanos e outros povos da antiguidade com o cristianismo vigente e fala sobre a pouca recepção da igreja católica a ideias que pudessem contestar seus dogmas. Mostra também qual a origem e o significado do teocentrismo, revelando que agora, após a cosmologia dos filósofos pré-socráticos e a antropologia dos filósofos clássicos, o que predominava na Idade medieval era o Teocentrismo, Deus no centro de tudo.
Após essa imersão no contexto e filosofia da época, o autor fala sobre os dois grandes pensadores que representavam as duas principais correntes medievais da filosofia ocidental: A patrística representada por Santo Agostinho, que traz uma releitura da filosofia de Platão utilizando-se da construção de doutrinas e argumentos a fim de promover diálogos e debates com o paganismo, e a escolástica representada por Santo Tomás de Aquino, que se baseia em Platão e Aristóteles, tentando reconciliar a fé e a razão e minimizar ou eliminar o conflito entre elas, utilizando para isso as influências dos filósofos em que se baseia.
Uma abordagem mais detalhada da corrente filosófica Patrística é realizada, e é aqui onde o autor fala sobre a maneira em que se encontrava a sociedade nos primeiros séculos da Idade Medieval. Fala que foi neste período que se originou a Patrística, onde os filósofos dessa época junto com Santo agostinho faziam correlações entre o conceito de sensível e suprassensível de Platão com a teologia cristã. Fala também que os primeiros padres se utilizavam largamente da filosofia derivada do pensamento de Platão, chamada de neoplatonismo, que significa a tendência de levar o platonismo para uma forma mais mística e religiosa.
Em seguida o autor começa a tratar da vida de Santo Agostinho, já que na época patrística ele foi um dos pensadores mais relevantes. Fala de sua maneira de sempre demonstrar seu caráter religioso em suas obras, traçando o tempo todo a relação da filosofia racional com a fé. Trata ainda de sua conversão ao cristianismo que ocorreu aos 30 anos e que antes disso ele era professor de filosofia e adepto de correntes pagãs. Trata ainda da forma como Santo Agostinho recebia as críticas dos pensadores pagãos ao cristianismo e como ele as respondia.
O interesse de Santo agostinho pela capacidade racional do ser humano, buscando compreender a forma como se dá a cognição para com isso provar a existência de Deus por um caminho racional e humano também é citado nesse neste ponto do texto juntamente com a extrema importância dele, naquele momento, trazer ao cristianismo seu conhecimento anterior de filosofias pagãs, pois com esse conhecimento ele tornou muito mais convincente seus argumentos nos debates filosóficos. Fechando as questões mais aprofundadas de Santo Agostinho o autor trata de como o trabalho que a patrística realizou na época foi fundamental para a sobrevivência e propagação do cristianismo, gerando os argumentos filosóficos que até hoje são usados nos discursos religiosos, e então conclui falando sobre uma última temática trabalhada por Agostinho que é considerada uma das propostas históricas da filosofia: o tempo. Agostinho consegue trazer ao seu leitor a complexidade que é pensar sobre o tempo e mostra também que o tempo segundo ele é uma experiência subjetiva, ou seja, a experiência vivida do tempo é diferente de uma pessoa para outra.
Após detalhar a vida e contribuições de Agostinho começa a se tratar da influência da igreja, onde muitas vezes, os representantes da mesma foram colocados em posição de superioridade social e política, esses representantes que tinham sua classe social denominada de clero, controlavam a educação, as leis, as decisões dos reis, incluindo até decisões sobre guerras, pois na época o teocentrismo reinava e era o clero quem dizia o que atendia os critérios sobre pecado, inferno, paraíso e outras recompensas e castigos. Trata-se no texto também sobre a mudança de contexto que ocorreu séculos a frente, que desencadeou em uma marcante tendência pedagógica a fim de preparar as pessoas para acolher com mais convicção e segurança os argumentos a favor dos dogmas católicos. Esses professores foram aos poucos sendo chamados de scholasticus que significa a filosofia da escola e inspirou a denominação da principal filosofia medieval: a escolástica, que reinou durante todo esse período.
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