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A IDENTIDADE DO SUJEITO NA PÓS-MODERNIDADE

Por:   •  7/11/2020  •  Artigo  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  164 Visualizações

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A IDENTIDADE DO SUJEITO NA PÓS-MODERNIDADE

A partir do artigo de Sheila da Silva Monte, intitulado “A identidade do Sujeito na Pós-Modernidade” traz a reflexão acerca desse sujeito ante as redes sociais e das novas tecnologias.

A sociedade pós-moderna é grandemente pautada pelas redes sociais, além de ser um meio de comunicação, tornaram-se vitrine para a sociedade, como uma necessidade, uma forma de se sentir parte dela que insere rigorosos padrões estéticos e de comportamento que acompanham a sociedade desde os primórdios de consumo. A necessidade não é somente de autopromoção, mas de autoaceitação, de mostrar a todos o que faz, o que come, veste ou consome, gerando uma interação, aceitação e sentimento de pertencimento a um meio. Esse é o reflexo da sociedade pós-moderna.

Pode-se dizer que a sociedade e a identidade do sujeito na pós-modernidade é uma identidade voltada ao consumo. Partindo ainda dos conceitos de Bauman (2008), sobre o sujeito na pós-modernidade, vê-se que esse busca não uma individualidade, mas em se assemelhar cada vez mais com o outro. Cada vez mais semelhantes estão os indivíduos para convencerem uns aos outros. A sociedade de consumo busca constantemente por realização de desejos e busca em produtos, soluções para problemas e alívio para as dores. O consumo virou uma distração. A sociedade encontra-se em um cenário em que cada vez mais pessoas buscam suas realizações pessoais, criam desejos individuais e, quando conseguem alcançar, novos desejos já foram gerados. É um processo cíclico, sem fim.  

O sujeito não quer ser invisível, ele quer ser diferente, chamar a atenção; Sintomas esses de mal-estar na civilização, já anteriormente colocados por Freud em sua obra que leva tal nome. Sintomas que são reflexos de uma falta de reconhecimento do outro ou ‘pelo outro’ em ter sucesso nas suas ideologias e ser percebido como um incomum social. Para isso, ele atua ao extremo, substituído por uma fantasia que rege seu imaginário. Torna-se, assim, a ilusão de algo construído socialmente, embora suas atitudes antissociais estão explicitamente vislumbradas por apenas “se tornar visível”.

Toda mudança tem por objetivo alcançar o que é imposto direta e indiretamente pela sociedade e pela mídia, essas mudanças são constantes e quem se dispõe a segui-la sabe que para cada dia uma nova exigência é feita.

O sujeito é atravessado por uma enxurrada de mensagens advindas da televisão, das revistas, da mídia, etc., que lhe impõem padrões de todas as espécies (de beleza, de magreza, de juventude, de sucesso), além da determinação de valores, bens de consumo, crenças, condutas morais ou religiosas, que passam longe de sua percepção consciente e, por isso, frequentemente o sujeito nem as questiona.

O modo de vida pós-contemporâneo trouxe com ele uma sociedade com desejos capitalistas desenfreados, onde tudo se compra e vende, inclusive o corpo (assim, que o tem quer mostrar, expor, como sinônimo de felicidade), o importante é ter um corpo igual ao que a mídia impõe como belo e desejável, onde o que se leva em consideração é a aceitação do outro, não se importando com a saúde em si, pois a mídia dita que beleza, magreza, músculos entre outros aspectos que são sinais de uma vida saudável. A isso, o processo midiático coloca o que a sociedade quer ver e quer consumir, e que esse sujeito adquire e, consequentemente quer mostrar que possui. Mostrar a felicidade imposta por padrões da sociedade e nesta só é feliz quem tem o que a sociedade impõe que se deve ter, um vislumbre puro e simples.

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