A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Por: Leonardo Pohlmann • 13/10/2019 • Trabalho acadêmico • 3.291 Palavras (14 Páginas) • 269 Visualizações
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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Ariani Gambini
Dandara Costa
Laura Viera
Leonardo B. Pohlmann
Sara Callai Bersch
- INTRODUÇÃO
A primeira infância é considerada uma fase de extrema importância pelo fato de que as crianças estão formando uma personalidade através de tudo que está a sua volta. Como diz Jung, em sua obra “Two Essays on Analystical Psychology” ele cita que a maioria dos distúrbios psíquicos são atribuídos a distúrbios dos pais, o que significaria que até a adolescência existirá uma ligação inconsciente entre filhos e pais, especialmente filhos e mães. O que também nos leva a pensar sobre a ligação mãe-bebê, que é iniciada desde a gestação, então, isso implicaria essa ligação ser predominantemente entre mãe e filho. Mas essa relação de aprendizagem da primeira infância não se fecha apenas entre pais e filhos, é uma relação socioafetiva que
abrange tios, avós, primos e a sociedade em geral. Ainda que, fora o olhar de Jung, citado acima, temos a relação da adoção, que não leva em consideração a genética, mas que ainda assim, se trata de uma criança, de uma primeira infância, a criança sempre está reproduzindo aquilo que vê e sente.
De acordo com o relatório “Early Moments Matter for Every Child“, publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apenas 15 países – incluindo Cuba, França, Portugal, Rússia e Suécia – adotam as três políticas fundamentais para apoiar o desenvolvimento saudável do cérebro das crianças. São elas: dois anos de educação pré-primária gratuita; pausa para amamentação no trabalho para as novas mães durante os primeiros seis meses; e licença parental adequada. Essa lei tem como objetivo proteger a primeira infância, de forma com que seja entendido socialmente a importância desta etapa infantil.
A segurança emocional e o carinho são uma base para esse desenvolvimento, tendo em vista as periferias, por exemplo, que estão em desvantagem em relação ao ambiente em que vivem, nessa situação o afeto é crucial. Não afirmamos que seja o suficiente para um desenvolvimento 100% saudável, até porque segundo no Brasil, cerca de 10 milhões de crianças de 0 a 3 anos não têm acesso a creches, e a educação faz parte desse desenvolvimento. Então, se for possível em algumas famílias, seria importante eles terem essa formação psíquica emocional e afetiva sobre a criança. E ainda, tendo em vista, as crianças que têm acesso a todos esses recursos, provavelmente terão uma base mais forte para construir sua personalidade.
Por fim, esclarecemos que esse estudo tem como objetivo apresentar informações sobre a importância da afetividade na primeira infância, que é abordado aqui, com a intenção de olharmos para situações de uma relação parental. Relações, as quais se tratam de ser positivas e negativas, além do mais, a afetividade na primeira infância é um contexto extenso e varia de ambiente para ambiente.
- METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de uma revisão narrativa de literatura (RNL), com caráter amplo e propõe-se a fazer uma revisão bibliográfica sobre a importância da afetividade na primeira infância. Essa é uma síntese de materiais e conhecimentos e foi desenvolvida a partir de busca avançada em sites e livros. Utilizaram-se os seguintes termos limitadores de pesquisa: afetividade na primeira infância, neurodesenvolvimento, plasticidade cerebral e privação afetiva. Os artigos e materiais selecionados estão todos no idioma PT-BR e disponíveis virtualmente.
A partir disso, prosseguiu-se com a análise da fundamentação teórica dos estudos, bem como a observação das características gerais dos artigos, seguido de seus objetivos. Por fim, realizou-se a apreciação da metodologia aplicada, resultados obtidos e discussão.
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a gravidez, já se estabelece um vínculo afetivo, portanto é de suma importância que a mãe preste atenção na sua gravidez pelo menos uma vez ao dia, para conversar com o bebê, acariciar sua barriga, enfim, entrar em contato com seu filho, pois, isso pode influenciar muito bem na relação mãe-bebê durante e depois da gestação. Essa etapa irá influenciar inúmeras características dessa relação.
Sempre quando a mãe não estiver bem com ela mesma ou com problemas diários, ela deve parar e focar no seu bem-estar. Quando se dá um olhar mais atento a sua saúde psicológica, ela está também olhando para a saúde do seu bebê. Claro que esse olhar não pode partir única e exclusivamente da mãe, além do mais, nesse período a mãe precisa da ajuda de todos a sua volta, o pai tem um papel muito importante nesse período, por exemplo, olhar para ela quando ela não estiver conseguindo olhar a si mesma, fazer parte desta gestação do início, até porque, a presença dele irá influenciar no desenvolvimento do bebê, o contato e o afeto que ele irá ter com o filho pós parto. Além desses dois grandes pilares para uma gestação afetiva saudável, ainda contamos com a colaboração de todos a sua volta, família e sociedade. Muitas vezes, tanto a mãe quanto o pai, precisam do apoio dos que estão de fora desse trio.
Uma observação em relação à sociedade, por exemplo, temos o costume de achar que ao vermos uma gestante, temos a liberdade de tocá-la, mas já foram feitas pesquisas que falam sobre o fato de que muitas mães sentem aflição ao terem suas barrigas tocadas por outros. Isso não significa que não devemos admirar a barriga, mas sim, ter o respeito e educação de olhar pra essa mãe, e ao menos perguntar “posso tocar”.
Outras situações comuns na gestação são os palpites. As pessoas acham que podem dar palpites, que estão ajudando, mas na verdade, na maioria das vezes estão deixando essa mãe mais nervosa e angustiada com a chegada do seu bebê. Os palpites não são bem-vindos na gestação. Por isso é aconselhável que as mamães tenham um acompanhamento médico para que possam se basear em apenas uma pessoa de confiança. E claro, muitas não têm condições de ter um acompanhamento médico, então, poderá, por exemplo, eleger alguém de confiança que esteja presente em sua vida, assim, ela irá pedir opiniões quando estiver preparada para ouvir. Então, das pequenas até as grandes influências na gestação, todas têm impacto sobre a relação mãe-bebê. É um dever de todos termos cuidado e atenção com uma gestante, como disse Robert Winston “todos nós de diferentes formas, somos capazes de contribuir para a próxima geração, tanto como pais e profissionais da saúde, como uma sociedade.”
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