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A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS INATAS DO CÉREBRO NA EVOLUÇÃO HUMANA

Por:   •  21/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.058 Palavras (17 Páginas)  •  193 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS INATAS DO CÉREBRO NA  EVOLUÇÃO HUMANA


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 3

2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 4

   2.1. A influência da psicologia e biologia evolutivas no desenvolvimento do homem

   2.2. O aumento do cérebro, a inteligência e a vida social humana

   2.3. O cérebro e a evolução comportamental da nossa espécie

   2.4. A linguagem como ferramenta essencial na evolução

   2.5. A Revolução cognitiva e o seu impacto na psicologia dos anos 50 e 60

   2.6. A ciência atual e seu olhar sobre a evolução mental do homem

3. CONCLUSÃO............................................................................................... 12

4. Referências................................................................................................... 13

Introdução:

Para que hoje estivéssemos aqui, o homem passou por muitos processos evolutivos, os quais o ajudaram a adaptar-se às mudanças do ambiente à sua volta. Esses mesmos processos nos permitiram a evolução não somente física, mas também mental. A partir das experiências e interações, o cérebro do homem foi capaz de se desenvolver ao ponto de criar métodos para a resolução de conflitos que a nossa espécie enfrentou (e enfrenta) durante toda a história. Assim, surgiu uma ciência dedicada a explicar o porquê das ações humanas, através dos mecanismos universais de comportamento: a Psicologia evolutiva. Essa pretende mostrar que existem áreas altamente especializadas em nossos cérebros, que são “acionadas” quando se necessita de alguma informação que nos ajude a agir da melhor forma à situação com a qual nos defrontamos, adaptando-nos assim ao ambiente em questão. Tais áreas são chamadas de inatas e podem, possivelmente, estar associadas aos mecanismos especiais de aprendizagem, de funcionamento psicológico e mental etc.

Portanto, o nosso objetivo será apresentar a importância que as áreas inatas tiveram no desenvolvimento da espécie humana, para que hoje pudéssemos ter as características únicas de evolução que observamos. Usaremos a psicologia evolutiva, a biologia evolucionista e a revolução cognitiva (ciência cognitiva) como base para esse trabalho.

A influência da psicologia e biologia evolutivas no desenvolvimento do homem:

A Psicologia Evolutiva é o resultado da síntese entre a Psicologia cognitiva e a Biologia evolutiva. A mesma tem como objetivo estudar a mente e o comportamento humano, através dos conceitos evolutivos de seleção natural e sexual de Charles Darwin. Logo, partimos da suposição de que a mente teria evoluído devido à ocorrência de tais processos, com a adequação aos ambientes e as culturas que surgiram no decorrer do desenvolvimento do homem. Procura entender, então, como determinadas ações contribuíram para a sobrevivência e a evolução do mesmo.

A Psicologia evolutiva é a ferramenta que nos permite investigar as origens e a história de vida da nossa espécie, para que entendamos o “porquê” de nossa mente ser como é; quais os mecanismos que a compõem; quais as funções de cada parte; e como a mesma responde à estímulos do ambiente, através dos comportamentos que observamos.

Para esclarecer essas dúvidas, a mesma estuda a influência das diversas regiões que constituem o nosso cérebro e como elas ajudaram no processo de evolução do homem. Portanto, estabeleceu-se que existem áreas que são “acionadas” em momentos onde o indivíduo necessita do fornecimento de informações que o ajudarão a resolver problemas com os quais ele se depara. Ou seja, mesmo que nossos ancestrais nunca tivessem vivido as experiências com as quais estavam se defrontando, essas regiões, chamadas de inatas, o dariam a resposta em algorítmicos (instruções estruturadas) para que estes pudessem agir de forma que garantissem a sua sobrevivência. Tais algorítmicos evoluíram conforme a adaptação do homem ao ambiente e seu aperfeiçoamento ao decorrer dos anos, para que hoje essas instruções condigam com as situações com as quais nos deparamos agora.

Essa evolução pode ser explicada através da Biologia evolucionista, que estuda a ascendência comum e a descendência das espécies, assim como as mudanças que ocorrem nos seres vivos com o passar do tempo. Ou seja, segundo essa linha de pensamento, somos o resultado de modificações genéticas que foram acontecendo ao decorrer da vida de nossos ancestrais e que foram passadas para nós através das gerações. Vários cientistas contribuíram a partir da elaboração de teorias que explicassem a evolução e “transferência” dessas informações, como: “o meio influencia a evolução das espécies”, desenvolvido por Lamarck; o “darwinismo”, desenvolvido por Charles Darwin; e, mais tarde, graças aos conhecimentos mais modernos de genética, o “neodarwinismo”, proposto por diversos estudiosos como John Haldane, Ronald Fisher etc.

O aumento do cérebro, a inteligência e a vida social humana:

Relacionado à evolução da mente humana está o fato do notável aumento do nosso cérebro. Ao decorrer dos séculos, com o “aperfeiçoamento” do homem, foi possível notar a grande diferença entre a relação do tamanho do cérebro/tamanho do corpo que possuímos hoje e o dos nossos ancestrais, através da comparação entre a medida dos crânios. E, por o tamanho estar relacionado à inteligência, podemos afirmar, portanto, que hoje somos indivíduos muito mais desenvolvidos em nossas capacidades de raciocínio, convivência social etc.

 Além do tamanho do crânio, podemos observar uma notável mudança em sua forma, onde houve a ampliação da área frontal em relação à outras espécies e, consequentemente, a relação entre o tamanho da face aumentou também. O cérebro humano passou a apresentar maior número de circunvoluções (ondulações ou giros). As ondulações são necessárias para que o tecido nervoso possa caber na caixa craniana, fazendo com que essa tenha a proporção certa de acordo com o resto do corpo. As circunvoluções são responsáveis por aumentar a superfície do cérebro, para que o mesmo acomode o número ideal de neurônios relativos à espécie humana (aproximadamente 80 bilhões), sem que haja a necessidade do aumento exagerado de seu tamanho. Tais giros podem não desempenhar papel algum ou serem extremamente importantes para o funcionamento cerebral, permitindo, por exemplo, o pensamento, o estado subconsciente e o raciocínio lógico.

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