A IMPORTÂNCIA DAS TÉCNICAS DE ENTREVISTA PARA A PSICOLOGIA – PSICOLOGIA DO ESPORTE
Por: Mariane Schneider • 25/7/2019 • Trabalho acadêmico • 1.944 Palavras (8 Páginas) • 406 Visualizações
UNIVERSIDADE FEEVALE
A IMPORTÂNCIA DAS TÉCNICAS DE ENTREVISTA PARA A PSICOLOGIA – PSICOLOGIA DO ESPORTE
BRUNA TAÍS BINOTTO
JAQUELINE CARDOZO DE OLIVEIRA
MARIA GABRIELA MARTINS GONZAGA
MARIANE TÂMAHINE SCHNEIDER
Novo Hamburgo
2017
BRUNA TAÍS BINOTTO
JAQUELINE CARDOZO DE OLIVEIRA
MARIA GABRIELA MARTINS GONZAGA
MARIANE TÂMAHINE SCHNEIDER
A IMPORTÂNCIA DAS TÉCNICAS DE ENTREVISTA PARA A PSICOLOGIA – PSICOLOGIA DO ESPORTE
Trabalho apresentado à Universidade Feevale, como parte das atividades para a disciplina de Técnicas de Entrevista - Adultez
Prof. Me. Ronalisa Torman
Novo Hamburgo
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 PSICOLOGIA DO ESPORTE
3 TÉCNICAS DE ENTREVISTA
Segundo Bleger (2003), a entrevista é instrumento fundamental do método clínico e se trata de uma técnica de investigação científica em psicologia. Na entrevista psicológica busca-se objetivos como: investigação, diagnóstico, terapia. A entrevista pode ser de dois tipos, aberta e fechada. Na entrevista fechada as perguntas já estão previstas, assim como a ordem e a maneira de formulá-las. Aqui o entrevistador não pode alterar nenhuma das disposições. Já na entrevista aberta o entrevistador tem ampla liberdade para as perguntas ou para suas intervenções, permitindo toda flexibilidade para cada caso particular. A liberdade do entrevistador se encontra na flexibilidade suficiente para permitir, sempre que possível, que o entrevistado lhe possa configurar um campo de entrevista segundo a sua estrutura psicológica particular. Embora a entrevista fechada permita uma melhor comparação sistemática de dados, e outras vantagens, próprias de todo método padronizado, a entrevista aberta possibilita uma investigação mais ampla, mais profunda da personalidade do entrevistado.
Distingue-se as entrevistas de acordo com o beneficiário do resultado. A entrevista que se realiza em benefício do entrevistado que é o caso da consulta psicológica ou psiquiatra, a entrevista cujo objetivo é a pesquisa, na qual importam os resultados científicos e a entrevista que se realiza para um terceiro, uma instituição. A entrevista pode fazer parte de uma solicitação de uma assistência técnica ou profissional, não devendo assim ser um sinônimo de consulta, e sim um procedimento do profissional, psicólogo ou médico disposto a atender a uma consulta (BLEGER, 2003).
Com base nos critérios que objetivaram a entrevista em saúde mental, pode-se classificar a mesma quanto aos seus objetivos. A Entrevista Diagnóstica visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas. A Entrevista Psicoterápica procura colocar em prática estratégia de intervenção psicológica nas diversas abordagens. Na Entrevista de Encaminhamento, deve ficar claro para o entrevistado, que a mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este não será conduzido pelo entrevistador. Na Entrevista de seleção, o entrevistador deve conhecer previamente o currículo do entrevistado, ter informações do candidato a respeito da empresa, destacar os aspectos do examinando em relação à vaga. Na Entrevista de Desligamento, identifica-se os benefícios do tratamento por ocasião da alta do paciente, examina junto com ele os planos da pós-alta ou a necessidade de trabalhar algum problema ainda pendente. A Entrevista de Pesquisa investiga temas em áreas das mais diversas ciências, esta somente se realiza a partir da assinatura do entrevistado ou paciente em um documento (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) (BLEGER, 2003).
As entrevistas também podem ser classificadas em relação ao seu aspecto formal em entrevista estruturada e semiestruturada. A entrevista estruturada, é a mais utilizada em pesquisas se destinam basicamente ao levantamento de informações. Sua estrutura é praticamente como um questionário e acaba sendo pouco usada na prática clínica. As entrevistas semiestruturadas, têm um roteiro com questões pré-estabelecidas e as entrevistas de livre estruturação, não têm um roteiro pré-estabelecido, no entanto tem determinada estruturação, pois têm suas metas, o papel de quem a conduz e os procedimentos pelos quais é possível atingir seus objetivos (BLEGER, 2003).
3.1 TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA
A transferência e a contratransferência são dois fenômenos de grande importância no vínculo que se estabelece na entrevista. A transferência refere-se à atualização, na entrevista, de sentimentos, atitudes e condutas inconscientes, por parte do entrevistado, que correspondem a modelos que este estabeleceu no curso do desenvolvimento, especialmente na relação interpessoal com seu meio familiar. Existe a transferência negativa e positiva e estas integram a parte irracional ou inconsciente da conduta e constituem aspectos não controlados pelo paciente. Na contratransferência incluem-se fenômenos que aparecem no entrevistador como proveniente do campo psicológico que se configura na entrevista. São as respostas do entrevistador às manifestações do entrevistado, o efeito que têm sobre eles. Foram, por muito tempo, considerados elementos perturbadores da entrevista, porém reconheceu-se que são indefectíveis e iniludíveis em seu aparecimento, e o entrevistador deve registrá-los como emergentes da situação presente e das reações que o entrevistado provoca. Por conseguinte, à observação na entrevista acrescenta-se a auto-observação (BLEGER, 2003).
3.2 ANSIEDADE NA ENTREVISTA
A ansiedade está presente no desenvolvimento de uma entrevista e é muito importante que esta seja acompanhada atentamente pelo entrevistador, tanto a que se apresenta em si como a que se apresenta no entrevistado. Deve-se prestar bastante atenção ao seu grau de intensidade pois embora, em certa dose, a ansiedade impulsione a relação pessoal, pode tornar-se disfuncional nessa relação (BLEGER, 2003).
3.3 INTERPRETAÇÃO
A interpretação deve acontecer quando for necessária para o benefício do entrevistado e nunca na tentativa de aliviar a ansiedade do entrevistador. Ao interpretar, é importante saber que a interpretação precisa ser certificada pois, pôr em jogo tal hipótese, pode implicar respostas ou condicionamentos (BLEGER, 2003).
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