A INFÂNCIA INTERROMPIDA: CASO LARA

A INFÂNCIA INTERROMPIDA: CASO LARA

Conforme foi observado Lara apresenta uma infância traumatizada com uma série de comportamentos condizentes com seus eventos traumáticos armazenados no inconsciente, devido a seus traumas sofridos na primeira infância como, a perda de figuras protetoras ainda quando criança após o nascimento da irmã onde Lara teve de lidar com ausência da figura, materna devido a depressão da mãe , a avó se afastou devido a íntegras com o pai de Lara, a babá foi morar em outra cidade e sua tia viajou para exterior, criando uma situação  de “trauma cumulativo” retirando dela o suprimento afetivo que necessitava para desenvolver um sentimento de existência e a um desenvolvimento equivalente a uma “depressão sem consciência” caracterizado por apatia e desesperança que persistiu por sua infância toda , persistindo na adolescência e no início da vida adulta, defensivamente, encoberta pela sobre adaptação. Os mesmos geram conteúdos recalcados provenientes de traumas causados pela falta de atenção e suporte da constituição de seu Eu desde sua primeira infância até os dias atuais.

A partir daí Lara passou a receber cuidados do pai justificando o apego por ele até hoje, porém o mesmo não supriu como presença masculina significante, já que era visto como um “irmão mais velho” o acompanhando em tudo e escolhendo a mesma profissão que ele, uma predominante tendência a se relacionar só com homens, porém enxerga o pai como um homem fraco, submisso à mulher, o que revela seu desejo de possui-lo só para ela.

Lara tenta o tempo todo se sobressair da irmã mais nova, mantendo uma rivalidade com a mesma, acha que os pais protegem a irmã e agem como se a mesma não existisse. Em sua infância demostrava ciúmes da irmã no começo, mas depois veio a se tornar agressiva.

Lara é uma adolescente culta, bonita família de classe média alta com lugar de destaque na sociedade, extremamente inteligente, a mesma se interessou pela dislexia e estudando bem como através de testes e segundo especialista era dislexa mas compensou com esforço espontâneo, fluente em 3 idiomas a qual foi aprovada em 1º lugar no vestibular federal e sempre se mantendo preocupada com área profissional. Sente a necessidade de ser elogiada e reconhecida pelos outros, não mede esforços para agradar aos demais, em sua concepção acha que só vão gostar dela se for bem sucedida, tem com atitudes sedutoras, dizendo exatamente o que o outro quer ouvir para manter posição de destaque, em posição de prestígio, como forma de defesa a um tipo particular de recusa, como uma formação restituitória de uma falha inicial na obtenção de um sentimento de si.

Em seu relacionamento despreza o namorado pela altura do mesmo considera-o uma pessoa fraca e dependente, considerando-se superior a ele, gosta de homem que lhe atira aos seus pés, se identificando com o agressor. Já em seu namoro anterior se sentia fraca, submissa, desvalorizada por isso pois fim ao relacionamento, porém trai seu namorado atual com ex-namorado pois não suporta o fato dele estar com outra pessoa.

Já em seus ciclos de amizades Lara tem poucas amigas e despreza as mulheres, reflexo das ausências femininas que ela sofreu na primeira infância, a mesma diz ter mais intimidade com os homens, porém não gosta que a vê como objeto sexual pois quer apenas se mostrar superior as namoradas e esposas dos mesmos, os quais admiram muito sua personalidade.