A ISSERTAÇÃO - O DRAMA DA SAÚDE BRASILEIRA NO COVID-19.docx
Por: Eli Oliveira • 8/6/2020 • Ensaio • 514 Palavras (3 Páginas) • 181 Visualizações
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA III[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4] | |
Disciplina: Psicologia da Saúde | |
Prof.ª Ma. Adriana Oliveira | 7º Período – Noturno – 2020 |
Aluno: Elisson Felipe de Oliveira |
COVID-19: O DRAMA DA SAÚDE BRASILEIRA
A COVID-19 foi declarada pandemia há alguns meses e, atualmente, o país se encontra em estado de calamidade pública, frente a esta ameaça que evolui de forma caótica.
Associada a questão pandêmica, nosso país vive, também, a maior crise econômica dos últimos tempos, que tem gerado uma degradação das condições de vida da população, tais como o aumento do desemprego, da informalidade e de vínculos trabalhistas frágeis, enfraquecimento do sistema de proteção social por meio da reforma trabalhista, da reforma da previdência e do congelamento do orçamento da Saúde até o ano de 2036.
Nesse contexto, encontramos os profissionais de saúde, que estão na linha de frente da atual crise. Com alto índice de estresse ocupacional, seguem firmes no front, evidenciando o drama da saúde pública, que foi intensificado pelo atual contexto.
O SUS tem um forte sistema de vigilância em saúde e apresentou uma expansão importante da Estratégia de Saúde da Família, nível do sistema em que a maioria dos sintomáticos respiratórios infectados pelo coronavírus podem ser atendidos. No entanto, desde a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95 em 2016, que fixou um teto de gastos públicos, o SUS perdeu R$ 20 bilhões e até 2036 terá perdido R$ 400 bilhões, o que obviamente, tem impactado sua atual gestão, e o combate à COVID-19.
Cada vez mais se tornam evidentes os déficits operacionais e instrumentais do desmonte no SUS, a começar pela insuficiência no número de leitos hospitalares e de UTI disponíveis no Brasil, em especial nas regiões com maior vulnerabilidade social, passando pela falta EPI’s no núcleos de atendimento, e chegando a ausência de profissionais de saúde, seja pela não contratação, ou pelo afastamento, em virtude do enquadramento no risco ocupacional, ou pela contaminação por COVID-19.
Com isso, é crescente o número de profissionais com sobrecarga de trabalho, que é acentuado pelo distanciamento familiar, pois muitos não tem retornado as casas, por medo de infectar seus entes queridos, além disso, também não possuem o suporte material para executar suas tarefas de forma eficiente, como já foi relatado anteriormente, o que gera um clima de insegurança e tem obrigado muitos a escolher a vida que podem salvar.
Toda essa pressão, associada aos discursos com teor dúbio proferidos pelo executivo, que tem afetado diretamente a política de isolamento social, criam um clima de instabilidade e letargia, que apesar das vitorias cotidianas, impacta severamente o labore dos profissionais de saúde.
Para além da pandemia, o aumento dos níveis de estresse e ansiedade da população são fatores que tem se intensificado, e assim sendo, a saúde mental, e outras patologias clinicas também tem contribuído para o desgaste profissional e a superlotação das unidades de atendimento.
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