A Inclusão Escolar
Por: Carolina Pastori • 26/11/2018 • Artigo • 1.170 Palavras (5 Páginas) • 206 Visualizações
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Curso de Psicologia
Carolina Pastori
INCLUSÃO ESCOLAR
Caxias do Sul
Novembro de 2018
Introdução
Segundo a Declaração de Salamanca (1994), assinada por 92 países e 25 organizações internacionais, o princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem.
O presente trabalho ressalta que estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários ritmos e estilos de aprendizagem a fim de garantir um bom nível de educação para todos. Para isso iremos apontar aspectos necessários de apoios e serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola, tais como currículos adequados, boa organização escolar, estratégias pedagógicas e utilização de recursos.
Desenvolvimento
Uma das ideias chave da escola inclusiva é justamente que a escola deve ser para todos, todos os alunos, independentemente do seu sexo, cor, origem, religião, condição física, social ou intelectual. Nela, todos os alunos estão na escola para aprender participando. Não é só a presença física, é pertencer à escola e ao grupo, é fazer parte do todo. Os literatos, Gómez e Terán (2014) ressaltam:
‘’[...] conhecimentos de acordo com cada contexto-, e se a sociedade é composta por uma multiplicidade de indivíduos com necessidades diferentes, não há porque separar uns dos outros. A escola que inclua a todos com as diferenças próprias de cada um é a melhor maneira de tornar a sociedade mais humana. ’’ (GÓMEZ; TERÁN, 2014, p. 534)
Para que a educação inclusiva seja uma realidade, é necessário criar condições e recursos adequados a cada situação, uma vez que atualmente existem muitas barreiras que impedem que isso aconteça, como: A dura realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional; O número elevado de alunos por turma; A rede física inadequada; O despreparo para ensinar alunos especiais.
Diferentemente da educação tradicional, na qual são os alunos que precisam se adaptar a mesma, a educação inclusiva estabelece um novo modelo onde é a escola que precisa se adaptar às necessidades e especificidades do aluno. Segundo Aranha (2003) para a educação inclusiva, o currículo deve ser pautado nas diferenças, não sendo o aluno que se adequa a ele, se ajusta as condições de ensino, mas é justamente contrária, é a escolar que tem que proporcionar as mudanças necessárias para que o aluno consiga acessar o currículo.
Consultando diferentes autores tais como: Thomas, Walker e Webb (1998), compreenderam o que define uma escola inclusiva:
- Reflete a comunidade como um todo; os seus membros são abertos, positivos e diversificados; não seleciona, não exclui, não rejeita;
- Não tem barreiras, é acessível a todos tanto em termos físicos quanto educativos (currículo, apoio e métodos de comunicação);
- Não é competitiva;
- Pratica a democracia, a equidade.
Uma das principais transformações para tornar as escolas em escolas inclusivas é oferecer política de formação e educação aos professores, visto que eles são os verdadeiros pilares para a construção da inclusão escolar. Contudo, o objetivo não deve ser o de adquirir conhecimento, mas sim, de desenvolver a capacidade de adquirir conhecimentos. Tanto quanto os seus alunos, os professores também devem sentir-se incluídos. De acordo com Ambrosetti (1999, p.92).
“Trabalhar com a diversidade não é, portanto, ignorar as diferenças ou impedir o exercício da individualidade. Pelo contrário, esse trabalho envolver o favorecimento do diálogo. Neste sentido, constitui imperativo “dar espaço para a expressão de cada um e para a participação de todos na construção de um coletivo apoiado no conhecimento mútuo, na cooperação e na solidariedade” (AMBROSETTI,1999, p.92).
Nos projetos de formação duas realidades precisam ser consideradas: a pessoa, e a equipe (professor/escola). A parceria entre profissionais do Ensino Regular e da Educação Especial também é imprescindível, pois assim se tornaria possível desenvolver estratégias e atividades que apoiem a inclusão dos alunos especiais. Podemos encontrar essa nova perspectiva nos dizeres de Carvalho (2001) para a qual ressalta que especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso, especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem. Colaborando com está confirmação, Araújo (1988) enfatiza que a escola precisa abandonar o modelo no qual se esperam alunos homogêneos, tratando como iguais os diferentes, e introduzir uma concepção que considere a diversidade tanto no âmbito do trabalho com os conteúdos escolares quanto no das relações interpessoais.
Entretanto, outro aspecto que deve ser considerado é a importância da acessibilidade sendo um dos primeiros requisitos que possibilita a plena inclusão de acesso dos alunos, pois garante a possibilidade, a todos, de chegar até a escola, circular por suas dependências, utilizar funcionalmente todos os espaços e frequentar a sala de aula (Aranha, 2004). A educação especial visa ampliar a possibilidade de uma criança inclusiva se enquadrar no meio escolar, podendo, assim, desenvolver e aprimorar sua capacidade física, cognitiva e de interação social.
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