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A Inclusão e seus impasses: como as escolas estão experimentando esse processo?

Por:   •  17/9/2017  •  Artigo  •  7.920 Palavras (32 Páginas)  •  329 Visualizações

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XXII Encontro de Iniciação à Pesquisa

Universidade de Fortaleza

A inclusão e seus impasses: Como as escolas estão experimentando esse processo?

Cinthia Edwirges Garcês da Silva.(IC), Elaine Felix de Barros Lima.(IC)

Universidade de Fortaleza – Curso Psicologia

cinthiaedwirges1@hotmail.com

elaine.felix2013@outlook.com

Palavras-chave: Inclusão. Escola. Desafios. Processo. Adaptação. Alternativas.

Resumo

Este trabalho foi produzido na disciplina de Pesquisa Qualitativa do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor). A pesquisa desenvolvida tem por objetivo abordar como as escolas estão experimentando o processo de inclusão        . Os dados coletados são de natureza qualitativa e foram utilizados os métodos de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e análise de conteúdo. O material coletado é oriundo de entrevista semi-estruturada, realizada em uma escola de rede pública com uma gestora e uma professora da instituição. A pesquisa aborda as problemáticas acerca da inclusão no âmbito escolar, mostrando desafios enfrentados pelos profissionais da área e possíveis alternativas pertinentes ao tema.

                        

Introdução

Atualmente, com a Lei Brasileira de Inclusão, que entrou em vigor em 2015, que obriga as escolas a acolherem estudantes com deficiência no ensino regular, a inclusão educacional trouxe dilemas que envolvem desde questionamentos de modelos educacionais homogeneizadores de ensino e aprendizagem geradores de exclusão até movimentos sociais de luta contra todas as formas de discriminação e a necessidade de elaboração e implementação de mudanças nas políticas públicas referentes ao tema.         

         Nesse contexto, surgiu a necessidade de investigar como as escolas estão experimentando o fenômeno da inclusão, levando em conta o contexto social associado à prática de profissionais que lidam diariamente com a complexidade do processo inclusivo educacional.

        Os elementos coletados pretendem contribuir para o aprendizado e expansão de pesquisas sobre inclusão no Brasil. A ideia surgiu a partir da disciplina de Pesquisa Qualitativa, do fluxograma do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor).

        Os dados coletados são de natureza qualitativa e foram obtidos a partir entrevistas semi-estruturadas com profissionais do âmbito escolar ligadas a gestão e a equipe pedagógica da escola, que são respectivamente a diretora e uma professora. Foram utilizados os métodos de pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo.

        O artigo apresentado está estruturado em Resumo, o qual apresenta os dados a serem encontrados na pesquisa, Introdução fazendo uma breve apresentação ao tema, Metodologia, onde são descritos os métodos e as técnicas utilizadas para a realização do presente estudo, Resultados e Discussões, em que houve a interpretação e análise dos dados obtidos a partir dos métodos utilizados e Conclusão, apresentando os principais achados da pesquisa como um todo.

Metodologia

        A pesquisa qualitativa de caráter exploratório realizada possui as seguintes características: “o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental; o caráter descritivo; o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do investigador.” (NEVES, 1996)

        Os dados coletados foram obtidos em duas etapas. A primeira, denominada pesquisa bibliográfica, possibilita um grande alcance de informações, além de permitir a utilização de diversos dados e inúmeras publicações, auxiliando na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo. A leitura se apresenta como a principal técnica da pesquisa bibliográfica, possibilitando a análise dos dados pesquisados e sua consistência. Foram utilizados artigos científicos para dar embasamento teórico à pesquisa bibliográfica. GIL et al. (1994 apud LIMA, MIOTO et al., 2007)

        A segunda etapa foi caracterizada pela análise de conteúdo, em que há diferentes fases, as quais foram realizadas na pesquisa em questão e mencionadas por BARDIN (2009, p.121) “As diferentes fases da análise de conteúdo conforme são: 1. A pré-análise; 2. A exploração do material; e, por fim, 3. O tratamento dos resultados: a inferência e a interpretação.”

A pesquisa de campo foi efetuada em uma escola de rede pública. Tal pesquisa se caracteriza como “A observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado (FUZZI, 2012).”

        Foi realizada a técnica de entrevista por pauta (roteiro em anexo) com uma pedagoga que leciona o 2º ano do ensino fundamental e com a diretora da escola, que segundo BRITTO JÚNIOR; FERES JÚNIOR (2011) se caracteriza por “certo grau de estruturação, já que se guia por uma relação de pontos de interesse que o entrevistador vai explorando ao longo de seu curso. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si.”.

Resultados e Discussão

A inclusão escolar de pessoas com deficiência é um tema bastante discutido, tendo em vista as diversas questões levantadas que incluem desde as adaptações arquitetônicas necessárias até a reflexão sobre as modalidades de ensino utilizadas pelos profissionais escolares em questões de aprendizagem e adequação. Segundo Mantoan, Santos e Figueiredo (2003, Pág 04),

“A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos. Ela questiona a fixação de modelos ideais, a normalização de perfis específicos de alunos e a seleção dos eleitos para frequentar as escolas, produzindo, com isso, identidades e diferenças, inserção e/ou exclusão.”

Nos dados coletados durante as entrevistas, questões estruturais da escola e modelos educacionais de ensino são mencionados na fala da gestora e da professora, na qual elas relatam que os profissionais precisam rever a didática de aula, apresentando estímulos que contribuirão com o desenvolvimento do indivíduo, adaptando o material escolar, respeitando a singularidade de cada aluno e considerando as suas limitações, tornando, assim, a inclusão um processo que beneficia a todos os que se envolvem nele.

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