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A Influência De Ruídos Intensos Em Momentos De Concentração

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Por:   •  5/2/2015  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  279 Visualizações

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Centro Universitário de Brasília – UniCEUB

Faculdade de Ciências da Educação e da Saúde - FACES

Curso de Psicologia

Disciplina: Laboratório de Personalidade

Professor: Rodrigo Baquero

A influência de ruídos intensos em momentos de concentração

Alessandra Sóares

Heinrich H. Kuhne

Rislaine Paniago Misael

Sulamita da Rosa dos Santos

Brasília

Novembro 2014

Introdução

No dias de hoje a poluição sonora é um problema ambiental que exerce uma intensa influência na saúde física e emocional dos seres humanos. Os ruídos são poluentes “invisíveis” que podem prejudicar a qualidade de vida e são conhecidamente causadores de problemas auditivos. Nos mais diversos ambientes profissionais, em específico onde trabalham muitas pessoas juntos e em ambientes barulhentos, os ruídos podem ocasionar dificuldade em manter a concentração e atenção às tarefas exigidas. Perda de concentração e atenção provocam a redução do desempenho profissional. Ao longo prazo podem surgir danos nos processos cognitivos, podem provocar desconcentração, redução na memorização até perda de memória, e levar assim num aumento significativo de estresse e ainda interferir na realização de atividades profissionais.

Num processo de solução de problema, no caso do presente trabalho o jogo de memória, o comportamento perceptivo (ouvir, ver, tato, olfato) tem um papel importante para a modificação do ambiente. Pois assim se torna possível a emissão de comportamentos discriminativos em busca de solução de problemas. A atenção pode ser modificada por estes comportamentos perceptivos.

Skinner (1970, p. 76) ressalta que no conceito de atenção inverte-se a direção da ação e que assim não é mais o estímulo que controla o comportamento, mas sim é o observador que atenta para o estímulo e assim o controla. Falando do exemplo de um cartaz na estrada Skinner (1970, p.76) enfatiza que o observador esta continuando olhar para o objeto e assim o comportamento supõe um condicionamento e neste caso especialmente o comportamento do operante discriminativo. Pode-se assim afirmar que a atenção constitui um comportamento especial. Encontra-se no nosso teste do jogo de memória uma situação semelhante. Afirma Skinner (1970, p.77): “Atenção é uma relação que controla – a relação entre uma resposta e um estímulo discriminativo”.

O comportamento de lembrar é muito importante num jogo de memória, pois o tempo todo o sujeito se comporta se lembrando sobre a organização das peças do jogo. Num jogo desta natureza este comportamento ocorre de forma extensiva e continuamente. O jogo de memória exige muita atenção e memória para a solução de problemas. O sujeito precisa se lembrar das imagens diversas, suas posições sobre a mesa e dentro da organização, em nosso contexto, vinte cartas de baralho postas em quatro linhas com cinco cartas em cada linha. Skinner (1970, p. 144) define a solução de problemas como qualquer outro comportamento, que através da manipulação de variáveis, torne mais variável o surgimento da solução de um problema.

Geralmente regras são soluções de problemas, se nos comportarmos de determinada maneira a situação resultará em determinados reforçadores. A resolução de problemas envolve o pensamento, pois ele é uma ferramenta para solucionar os problemas. “Os behavioristas molares consideram a resolução de problemas como algo completamente integrado com a história prévia. Adquirimos experiência com determinados tipos de situações e nelas agimos de determinadas maneiras” (Baum, 2006, p.179). Esse comportamento é controlado por regras na medida em que depende de instrução prévia. Segundo Baum (2006), Skinner via a resolução de problemas como comportamento controlado por regras em um sentido diferente, mais imediato. Skinner se apoiava no conceito de auto-instrução: como falantes, damo-nos regras como ouvintes, visto que a pessoa falar consigo mesma é considerado comportamento verbal para ele. Nesse trabalho a instrução dada aos participantes era de que se virasse uma carta e depois outra e se fosse visto que não eram iguais, deveriam ser viradas para baixo novamente, isso caracteriza uma tentativa, e assim seria sucessivamente até que se encontrasse os pares.

Os problemas são aqueles onde o reforçador, que é o resultado bem-sucedido, é mais visível, mas o comportamento que deve ser emitido, a solução, é obscuro. O problema é eliminado quando surge a solução e obtém-se o reforçador. No caso do presente trabalho, realizado com jogo da memória com ruído e sem ruído no mesmo participante, o problema a ser resolvido é a memorização das cartas e encontrar todos os dez (10) pares, mas com ruído existe um problema maior que é o de se concentrar na memorização apesar do ruído estar presente, em alguns participantes o ruído não foi um incomodo mas em outros sim, e atrapalhou na resolução do problema. O fato de os participantes terem realizado varias tentativas para a resolução do problema, significa dizer que os erros serviram como estímulos discriminativos que enfraqueceram outras tentativas e fortaleceram outras pois o participante percebia que errava e conseguia memorizar ou não, pois nem todos tentavam memorizar, de modo que acertava os pares das cartas. “O comportamento de resolver problemas produz estímulos que servem para alterar a probabilidade do comportamento futuro, que poderá incluir a solução” (Baum, 2006, p. 180).

Para (Skinner, 2006), segundo a compreensão tradicional, um sujeito responde ao mundo que está inserido no sentido de agir sobre ele.

O ambiente afeta um organismo tanto depois, quanto antes de ele responder. Ao estímulo e resposta se acrescenta a conseqüência. A ocasião em que o próprio comportamento e suas conseqüências ocorre estão inter-relacionados nas contingências de reforço. Como resultado de seu lugar nessas contingências, um estímulo presente quando uma resposta é reforçada adquire certo controle sobre tal resposta. Uma resposta reforçada numa determinada ocasião tem maior probabilidade de ocorrer em ocasião que lhe seja muito semelhante, em virtude

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