A MEDIEVALIZAÇÃO NAS ESCOLAS
Por: Ana Paula Saraiva • 13/3/2019 • Resenha • 381 Palavras (2 Páginas) • 144 Visualizações
O que é normal e o que é patológico? Será que uma criança que gosta de correr na sala de aula, não fica quieta na sua cadeira ou bate nos colegas é uma criança normal? Ou aquele aluno que não consegue presta a atenção na matéria, tem dificuldade para aprender a matéria, tira notas baixa é um aluno normal? A resposta para essas perguntas citadas acima depende de um conjunto de fatores que na grande maioria das vezes não são levados em considerações, quando uma criança chega em um consultório com essas características logo já é diagnosticada com TDAH ou Dislexia, e recebe logo uma receita com medicalização. O que acaba sendo um alívio para os pais e professores pois criança normal é criança obediente, quieta, inteligente, que aprende o conteúdo igual aos outros coleguinhas, que não tem dificuldade. Por que criança não tem problema criança é só criança. Com isso há um grande aumento de crianças com problema de aprendizado que tem que toma medicalização, não é levado em consideração o social, só os sintomas. Não é levado em consideração o ambiente e a situação que estes indivíduos estão passado, por que isso é difícil de modificar é mais fácil dar um remédio e continua contribuindo com o capitalismo. Grande parte dessas crianças que estão tomando remédio, são crianças apáticas, que não tem muita relação social, o que leva a possuir ou a terem outros transtornos como depressão e ter que toma mais medicamentos. Esses alunos perdem grande parte da sua infância tomando medicamentos para um transtorno que talvez nem exista. Talvez essa criança só teve uma dificuldade, ou só estava passando por problemas familiares ou sociais. É como a se a sociedade tenta-se ser mecânica ninguém pode ter dificuldade, ninguém pode sofre, todos temos que ser perfeitos e estamos no padrão social.
Referências:
LEONARDO, Nilza Sanches Tessaro; SUZUKI, Mariana Akemi. Medicalização dos problemas de comportamento na escola: perspectivas de professores.Fractal, Rev. Psicol., Rio de Janeiro, v. 28,n. 1,p. 46-54, Apr. 2016. Available
from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922016000100046&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Mar. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/1984-0292/1161.
PAIS, Sofia Castanheira; MENEZES, Isabel; NUNES, João Arriscado. Saúde e escola: reflexões em torno da medicalização da educação Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32,n. 9, e00166215, 2016. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000905009&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Mar. 2019. EpubSep19, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00166215
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