A Motivação Para Os Estudos Entre Os Universitários
Tese: A Motivação Para Os Estudos Entre Os Universitários. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: VagnerAnjos01 • 6/9/2014 • Tese • 4.511 Palavras (19 Páginas) • 271 Visualizações
A Motivação para os Estudos entre os Universitários
Resumo: A motivação de estudantes tem-se destacado no contexto educacional como um construto importante em função do ensino eficaz e aprendizagem significativa. Essa pesquisa teve o objetivo de estudar a motivação para a aprendizagem entre os universitários de duas universidades sendo uma de ensino privado e a outra do ensino privado e público. Usou-se a teoria da autodeterminação que estuda a motivação pelas suas orientações intrínsecas e extrínsecas. Os dados foram coletados mediante uma escala Likert em uma amostra de 737 universitários. Os resultados mostram o diagnóstico de que a motivação preponderante nas universidades de Alfenas é a orientação motivacional intrínseca. As médias extrínsecas foram de 2,90 para o ensino público (EPU) 2,84 para o ensino privado (EPA) ; enquanto as médias intrínsecas foram: 3,19 para o publico 3,27 para o privado. Os índices de motivação relatados pelos universitários foram semelhantes entre as duas universidades. Com relação aos gêneros observou-se as médias de 2,89 EPU e 2,85 EPA entre as mulheres e 2,90 EPU 2,82 EPA entre os homens para motivação extrínseca; em relação a motivação intrínseca têm-se as médias de 3,19 EPU e 3,35 EPA entre as mulheres 3,18 EPU e 3,19 EPA entre os homens. Os dados mostraram diferenças da orientação motivacional extrínseca entre os períodos nos cursos da universidade pública revelou diferença significativa entre as médias das questões pares dos períodos: terceiro (Particular = 2,76 e Pública = 3,14) e sétimo (Particular = 2,87 e Pública = 3,07). A partir dos dados obtidos na pesquisa, pode-se constatar a importância de serem estudados e aprofundados os conhecimentos científicos na área das orientações motivacionais no ensino superior, para entendê-las melhor e para usá-las em favor do rendimento universitário.
Palavras-chave: motivação, aprendizado, coeficiente de rendimento; universitários.
Introdução
Tem-se elevado o interesse pelo estudo de aspectos motivacionais, em especial sobre a cognição e a aprendizagem. Com a investigação destes pode-se conquistar novas perspectivas e ajudar no estudo da dinâmica dos processos de ensino e de aprendizagem. O ânimo com que os estudantes veem suas tarefas é uma variável, e a motivação é de grande influência nesse processo. Os estudos motivacionais crescentes nessas décadas objetivam, em sua maioria, encontrar formas de direcionar os alunos a incrementar seu envolvimento em tarefas de aprendizagem. 1, 2, 3
As questões que permeiam este estudo são os níveis de motivação intrínseca e extrínseca e suas correlações nas áreas comparadas como ensino público e privado, período nos cursos e gênero. Acredita-se que os estudos da motivação são de fundamental importância para o processo do aprendizado. Essa pesquisa adicionará na literatura da área 3, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 14, 19 os seus dados, sendo importante, também, pelo número dessa amostra que se mostrou elevado para o padrão desses estudos.
A raiz etimológica da palavra motivação é o verbo latino movere, cujo tempo supino motum e o substantivo motivu, do latim tardio, deram origem ao termo aproximado motivo. Então, definindo, motivação ou motivo é aquilo que move alguém ou que põe esse alguém em ação ou o faz mudar o curso. Sobre sua definição, a motivação é definida como fator psicológico ou um processo onde a atividade direcionada a uma meta é instigada e sustentada. Por ser um processo psicológico, a motivação não pode ser diretamente observada, mas inferida de comportamentos como escolha de tarefas, esforço, persistência, verbalizações etc. Por fim, a motivação é responsável pelo por que das pessoas escolherem fazer alguma coisa; quanto tempo elas vão sustentar ou expandir a atividade, em que grau irão sustentar a atividade etc. O esforço é o principal indicador de motivação e só acontece se o aluno acreditar na capacidade de êxito na tarefa em vários âmbitos. 4, 5
Em se tratando da teoria da autodeterminação observa-se que seu objetivo é compreender os componentes da motivação intrínseca e extrínseca e os fatores relacionados com a sua promoção. Para isso são abordadas a personalidade e a motivação humana, concentrando-se nas tendências evolutivas, nas necessidades psicológicas inatas e nas condições contextuais favoráveis à motivação, ao funcionamento social e ao bem estar pessoal. 6, 7
A motivação intrínseca surge com algo que seja interessante a pessoa, envolvente, que de alguma forma gere satisfação. É uma orientação pessoal para enfrentar tarefas desafiadoras, associada ao prazer (pelo processo), curiosidade e persistência. Ela, então, surge quando a pessoa envolve-se em alguma atividade sem qualquer pressão ou recompensa externa. Falando de aprendizagem escolar, encontram-se evidências de que a motivação intrínseca facilita a aprendizagem e o desempenho do aluno. Com ela o aluno busca o engajamento em atividades que aprimorem suas habilidades, concentra-se mais nas instruções dadas, procura informações, usa seus conhecimentos prévios, e busca aplicá-lo a outros contextos. Há, também, uma maior retenção dos conteúdos aprendidos, maior sentimento de confiança, frequentemente completa as tarefas escolhidas e se mostra satisfeito em realizá-las. Já a motivação extrínseca mostra a motivação para trabalhar pela recompensa de algo externo a tarefa, como sociais ou materiais. 3, 8
É considerado uma situação complexa compreender as questões relacionadas ao envolvimento dos estudantes com a aprendizagem. Isso, pois, a motivação surge como uma variável interveniente que abrange elementos internos e situacionais, permitindo a compreensão do envolvimento individual. Antigamente a questão escolar se voltava para a área da aprendizagem de conteúdos somente. Ultimamente usa-se mais a área de interpretar e selecionar informações na busca de soluções de problemas ou daquilo que estamos interessados em aprender. Para isso o educador necessita proporcionar um ambiente efetivo de aprendizagem. Em todo esse contexto os educadores têm enfrentado o problema da falta da motivação necessária nos alunos para a aprendizagem. 3, 5
É necessário no contexto escolar que os professores tenham a consciência de que a motivação dos alunos pode ser influenciada por eles, principalmente pela sua própria motivação em ensinar. Não bastam só os elogios e o clima agradável na sala, mas proporcioná-los também tarefas significativas, desafiadoras, mesmo que não prazerosas. Outra coisa que ocorre é o aluno se
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