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A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E SUAS POSSIBILIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR

Por:   •  6/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.213 Palavras (13 Páginas)  •  392 Visualizações

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A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E SUAS POSSIBILIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR

Acadêmicos autores:

        Professora:

Centro Universitário

Curso de Psicologia (1.5) – Psicologia Escolar

17/05/16

RESUMO

O presente artigo de revisão bibliográfica tem como principal objetivo discorrer sobre a Orientação Profissional no Brasil, voltada para o âmbito escolar, o momento em que todo adolescente precisa fazer uma escolha de suma importância para sua vida é também o momento em que ele precisa de um acompanhamento para tomar a melhor decisão. Este acompanhamento feito por psicólogos pode ser psicométrico e clínico, de uma forma que os dois se complementam em um processo terapêutico em grupo que contribuirá com a escolha do jovem.

Palavras chaves: orientação profissional, escola, psicometria, clínica.

1 INTRODUÇÃO

Existem assuntos importantes para compreender a Orientação Profissional. Dentre eles é preciso abordar pontos como a sua definição, outro tema seriam os relatos da história da OP no Brasil e como ela foi sendo escrita ao passar dos anos, contextualizar também sobre aspecto das diferenças entre Psicometria e intervenção clínica, e discorrer sobre a orientação profissional na realidade escolar, trazendo tópicos que na literatura foram abordados como relevantes para o tema.

 Elencar as possibilidades e alternativas como a trazida apenas na década de 80 por Bohoslavsky (1993) onde elucida a ideia de que o “bom ajustamento” pode acontecer, mas que não é boa sem a decisão autônoma do individuo.

A orientação profissional pode ser trabalhada por uma ampla gama de métodos, formas e abordagens, mas sempre deverá ser conduzida por um Psicólogo ou Pedagogo segundo Soares (1999 apud SPARTA, 2003). Muito material já foi produzido, entretanto, é preciso compreender que a orientação profissional não é só o resultado dos escores obtidos através dos testes para esse fim, é importante uma compreensão ampla desses indicativos, em conjunto com a singularidade do individuo.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O que é Orientação Profissional

A orientação profissional é uma série de dimensões ou ramos, que vão desde o aconselhamento na elaboração de planos de estudo até seleção de bolsistas, quando o critério seletivo é a vocação, (BOHOSLAVSKY, 1993). Refere-se a tarefas que incluem tanto o pedagógico como o psicológico, a nível de diagnóstico, investigação, prevenção e solução da problemática vocacional.

Segundo Bohoslavsky (1993), é campo privativo do psicólogo: o do diagnostico e solução dos problemas que os indivíduos têm em relação a seu futuro, como estudantes e profissionais no sistema econômico da sociedade que pertencem. Entende-se que a orientação profissional são os procedimentos realizados por psicólogos especializados na área, onde os clientes são pessoas que em certo momento de suas vidas se deparam com a passagem da fase educacional para outra, exigindo assim escolhas a serem feitas. Por serem decisões importantes a serem tomadas, que definem um futuro, transformam-se em condições que favorecem para que o momento de fazer a escolha se torne um momento critico na vida destes indivíduos.

Entende-se, por orientação vocacional, em nosso meio, distintas atividades que correspondem a quadros de referência, orientações teóricas, concepções filosóficas e cientificas e diversas técnicas de trabalho, embora nem sempre sejam bem explícitas (BOHOSLAVSKY, 1993).

2.2 História da Orientação Profissional no Brasil

Segundo Sparta (2003) a orientação profissional brasileira está ligada a Psicologia Aplicada que estava se desenvolvendo no país na década de 1920. O início da orientação profissional no Brasil se deu no ano de 1924, quando o engenheiro suíço Roberto Mange ofereceu aos alunos do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo o Serviço de Seleção e Orientação Profissional, esta seleção foi para o Curso de Mecânica Prática da referida escola. Nas décadas de 1930 e 1940, a Orientação Profissional ligou-se à Educação. Em 1934, foi introduzida no Serviço de Educação do Estado de São Paulo, por iniciativa de Lourenço Filho (Freitas, 1973 apud SPARTA, 2003).

Conforme Sparta (2003) em 1944 a orientação profissional deu um grande salto de desenvolvimento, com a criação do Instituto Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Segundo Freitas (1973 apud SPARTA, 2003) em 1945 e 1946, foi realizado o curso de Seleção, Orientação e Readaptação Profissional, ministrado pelo psicólogo e psiquiatra espanhol Emílio Mira y López, este curso tinha o objetivo de dar uma formação técnica nesta área de atuação.

Em 1947 foi criado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) com o objetivo básico de contribuir para o ajustamento entre o trabalhador e o trabalho, mediante estudo científico das aptidões e vocações do primeiro e dos requisitos psicofisiológicos do segundo (Instituto de Seleção e Orientação Profissional, 1949 apud SPARTA, 2003).

Segundo Sparta (2003) a orientação profissional brasileira seguiu o modelo da Teoria do Traço e Fator, ou seja, o papel do orientador é o de fazer diagnóstico, prognósticos e indicações das ocupações para cada indivíduo, e as ideias de orientação profissional são diretivos, este modelo era baseado na Psicologia Aplicada especialmente na Psicometria.

O desenvolvimento da psicologia enquanto ciência independente e área de atuação profissional exerceu importante influência nos rumos da Orientação Profissional no Brasil. Em primeiro lugar, o desenvolvimento dos cursos de graduação em Psicologia levou a uma gradativa modificação dos objetivos do ISOP, que, no ano de 1970, tornou-se um órgão normativo da Psicologia: teve o nome alterado para Instituto Superior de Pesquisa Psicológica; ampliou seu campo de interesses; parou de prestar atendimento ao público; e passou a realizar a formação de especialistas, docentes e pesquisadores em nível de pós-graduação (Freitas, 1973; ISOP, 1990 apud SPARTA, 2003).

Segundo Abade (2005) em 1993 foi criada a Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) durante a realização do I Simpósio Brasileiro de Orientação Vocacional & Ocupacional em Porto Alegre. A ABOP tinha o objetivo de construir uma identidade para o orientador profissional, “a ABOP foi criada com os objetivos de unificação e desenvolvimento da Orientação Profissional no Brasil” (SPARTA, 2003), também organizar categorias e a definição de políticas para este campo de atividades em nosso país.

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