A PERSONALIDADE HUMANA
Por: Gabriel Roberto • 23/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 283 Visualizações
4. A PERSONALIDADE HUMANA
Na teoria psicanalítica de Freud, existem três instâncias que separam a mente do ser humano e que determinam o ajuste entre o indivíduo e o meio em que vive, chamados de Id, Ego e Superego. Essas características se desenvolvem ao longo da infância e, mesmo agindo de formas diferentes nos níveis da mente e sendo cada uma responsável por um aspecto da personalidade humana, elas atuam de forma conjunta para assim formar uma estrutura única de personalidade.
4.1 O Id
Id é a fonte de energia psíquica ligada à impulsividade. Ou seja, trata-se do aspecto da personalidade ligado às pulsões. É totalmente inconsciente, não se aplicam as leis racionais do pensamento, e consiste nos desejos orgânicos pelo prazer, vontades e pulsões primitivas, representando as necessidades e desejos mais básicos do ser humano. Segundo Freud, essa instância está presente desde o nascimento, tanto que bebês estão sempre com id no controle ao, por exemplo, chorar quando se tem fome, arrancar um brinquedo da mão do amigo por querer o objeto, agindo sempre por impulso procurando satisfazer suas necessidades.
Importante destacar que o Id busca gratificação imediata, ou seja, busca uma solução imediata para as tensões, como o bebê exemplificado que só para de chorar quando a mãe o amamenta. Ele desconhece o juízo, a lógica, os valores e a moralidade. Porém, ele é necessário para a personalidade humana para que o indivíduo tenha impulso de atender suas próprias necessidades e desejos; o que mantém o equilíbrio dos pensamentos causados pelo id é o ego.
Exemplificando o Id: Na Black Friday, os clientes ficaram tão empolgados com as ofertas e em comprar os produtos que passaram a empurras uns aos outros, causando tumulto e acidentes desnecessários, sem pensar que poderiam machucar ou magoar outras pessoas, apenas para obter o que queriam.
4.2. O Ego
De acordo com Freud, o Ego evolui de acordo com a idade e age como intermediário entre o Id e o Superego, representando a forma como enfrentamos a realidade, diferentemente do id que é guiado pelo prazer. A função do Ego é aplacar as exigências do Id, à medida em que o indivíduo vai estruturando sua própria identidade. Essa instância faz a interação entre a personalidade do ser humano e as leis, à cultura, as regras de etiqueta e as normas do bom convívio do ambiente em que vive.
Ao tempo em que protege o Id, o Ego obtém dele a energia que necessita para suas realizações, porém sempre exercendo controle sobre os impulsos, decidindo quais necessidades e vontades devem ser satisfeitas e em que momento, reprimindo as que se apresentam como inaceitáveis. Desta forma, coordena as tensões produzidas pelos instintos, conduzindo-as de forma adequada, estimulando a pessoa a encontrar as soluções mais adequadas, mesmo que menos imediatistas e em consonância com a realidade, representando assim a razão.
Exemplificando o Ego: Imagine que uma garota queira usar o colar de sua mãe, porém sabia que sua mãe ficaria irritada se ela pegasse sem pedir, então ela perguntou à mãe se poderia usá-lo. Ou, outra situação em que um jovem recebe dinheiro de seu pai para comprar mantimentos no supermercado, porém avistou um tênis que gostaria muito de comprar e ficou tentado a usar o dinheiro para comprar este objeto de interesse; no entanto, se gastasse o dinheiro com o tênis, não teria mais nada para comprar os mantimentos e, por isso, decidiu que era melhor obedecer ao pedido de seu pai.
4.3 O Superego
Segundo a explicação de Fádel (2021), Superego é o componente moral da mente humana. Com isso, ele representa os valores da sociedade. Reprime, por meio de punição ou sentimento de culpa, qualquer impulso contrário às regras e ideais. Também força o Ego a se comportar de maneira moral, conduzindo o indivíduo ao que é “certo”. Embora também possa agir inconscientemente, o Superego desempenha a função de julgar a atividade consciente. Tem seu desenvolvimento relacionado com a formação dos ideais, e seu conteúdo torna-se veículo dos valores estabelecidos em uma determinada sociedade, transmitido de geração em geração.
Diferentemente do ego, que tenta adiar a gratificação do id para momentos
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