A Postura do Psicologo
Por: Dominique2409 • 3/5/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 516 Palavras (3 Páginas) • 234 Visualizações
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao termino das observações do estágio de Triagem percebi que existe uma cautela no agir do profissional em psicologia. Ele é quem dá suporte para cada observação que é de essencial importância neste contato cliente/estagiário. Pude ver que as demandas trazidas pelos clientes são diversas. Que vão do estresse do cotidiano, da relação intrafamiliar a uma esquizofrenia.
O estágio foi composto de duas partes: teoria e prática. A teoria em sala de aula foi bastante rica, pois a todo o momento trabalhei com um amplo material sobre entrevista de Triagem que vão de livros a documentários que daria um embasamento teórico para este relatório. Na parte prática que ocorreu no NPA (Núcleo de Psicologia Aplicada) percebi o quão é importante todo o estudo sobre entrevista de triagem. Os clientes que ali estão, precisam de ajuda, apoio e no livro A Entrevista de Ajuda, segundo Benjamin (2007, p.23)... “Sentir dentro de nós mesmos que desejamos ajudá-lo tanto quanto possível, e que nada naquele momento é mais importante.”
Em uma de minhas entrevistas uma cliente me chamou atenção pela demanda que trazia. Irei chamá-la de Sara. Sara acredita que o filho é autista por ter visto a filha da irmã de uma amiga fazer os mesmos movimentos estereotipados que seu filho Igor faz e por ele nunca ficar quieto, mesmo quando está dormindo. Winnicott ([1956] 2000) Afirma que a “mãe suficientemente boa” é a mãe que ingressa em estado de “preocupação materna primária...”. A “mãe suficientemente boa” também diz respeito à adaptação às necessidades do bebê, que o torna capaz de ter uma experiência de onipotência que cria a ilusão necessária a um desenvolvimento saudável.
Sara está muito preocupada com o futuro do Igor e quer muito ajudá-lo. Esta muito receosa por saber que seu filho já esta sofrendo preconceito. E na entrevista de triagem ela pode abrir-se para falar tudo o que estava incomodando. “Toda vez que compreendemos profundamente um paciente, e o mostramos através de uma interpretação correta e feita no momento certo, estamos de fato sustentando o paciente” (Winnicott, [1954] 2000: 354). Mas ao mesmo tempo Sara está confiante por saber que seu filho é muito inteligente, principalmente quando se trata de caminhões e que sempre estará ao seu lado independente do diagnóstico de seu filho. “A personalidade autista é altamente distinta apesar das amplas diferenças individuais.” (Asperger, p. 67) O que ela quer é realmente saber o que Igor tem para poder responder de forma correta toda vez que alguém vier a falar algo sobre ele.
No DSM 5 (2013) o autismo é situado na categoria de Transtorno do Neurodesenvolvimento e assumido como espectro, abordado como um único termo abrangente: Transtorno do Espectro do Autismo, nos quais se assinalam “especificadores” para identificar suas variações, como a presença ou ausência de comprometimento intelectual, comprometimento estrutural da linguagem, condições medicas ou perda de habilidades anteriormente adquiridas (Regier et al., 2013; Laia, 2011). E por ser situado na categoria de Transtorno do Neurodesenvolvimento, Igor foi encaminhado para o pediatra para poder fazer os devidos exames.
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