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A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a psicologia

Por:   •  3/11/2017  •  Resenha  •  1.644 Palavras (7 Páginas)  •  827 Visualizações

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UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA

Curso de Psicologia

Psicologia Organizacional e do Trabalho

Professor Paulo Toledo

Ac. Naiara Paula dos Santos Campos

Resumo do livro: LANE, S. T. M.; CODO, W. (ORGS.) Psicologia Social: O Homem em Movimento. 3ª ed. SP, Brasiliense, 1985.

Cap. A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a psicologia

Vassouras, 2017.1

Bauman fala em seu primeiro capítulo sobre as grandes corporações, nele há a explicação dos conflitos entre investidores e seus funcionários.  Enquanto os empregados estão presos no seu local de trabalho sem poder de decisão os donos das empresas, mesmo não estando no local de trabalho, tomam as decisões importantes, esses só tem preocupação  nos lucros e no cumprimento das obrigações pelos funcionários.   Por conta das mensagens eletrônicas, o tempo de comunicação tornou-se instantâneo, fazendo diminuir as distancias e a fronteira geográficas, fazendo perder o sentido de algumas palavras como “perto” e “longe”,  “dentro” e “fora”, e trazendo outras dimensões para certeza e incerteza, hesitação e autoconfiança.  Outro marco da história moderna de acordo com o autor, foi o progresso dos meios de transporte como aviões, trens e automóveis, que gerou possibilidades de contato com outros meios sociais e culturais.  Segundo Bauman, o que antes necessitava de um mensageiro para levar uma mensagem, hoje com o processo de desenvolvimento, permite que o conteúdo viaje sem portador físico, um exemplo disso é a internet.  Agora, a informçao é instantaneamente disponível para o planeta, com isso, os custos da comunicação acabaram se tornando mais baratos, diminuindo assim a diferença entre custo local e global. A classe social mais alta, que sempre rompeu as barreiras da localização, aproveitaram deste novo meio para não precisarem mais do espaço físico.  De acordo com o autor, para se verem livres de intromissão de vizinhos importunistas, a elite constrói escritórios inacessíveis como forma de evitar o contato físico, geralmente se isolando em locais de difícil acesso.  A globalização trouxe uma espécie de desestruturação de comunidades locais.

No segundo capítulo do livro,  Bauman  manifesta sobre o espaço físico e o espaço social.  O que antes era bastante utilizadas, como as medidas dos espaços físico e social, hoje já não se tem o mesmo uso.   Com isso, a elite passou a ter dificuldades de padronizar os impostos, por conta disso, para simplificar criaram medidas padrão, obrigatórias, de volume, superfície e distância, ficando proibido medidas locais.  Os mapas também são citados pelo sociólogo, como uma forma para reorganizar o espaço e de controle do cartógrafo.  A guerra moderna pelo espaço, para Bauman, fez com que o Estado procurasse um mapa oficial aprovado, bem como desativação de outras instituições cartográficas que não fossem financiados, licenciados ou estabelecidos pelo mesmo.  Bauman relata e relaciona a criação dos mapas pelos poderes modernos ao modelo Panóptico de Michel Foucalt, onde o filósofo fala sobre a formação de um espaço artificial com o objetivo de monitorar os indivíduos e manobrar as relações sociais e de poder.  Apesar de situações opostas , os supervisionados viviam no mesmo espaço que os observadores.  Apesar de tudo, os poderes modernos não foi possível criar o espaço artificial em ampla escala, para isso, foi encontrada uma solução, o mapeamento do espaço que desorientava os habitantes locais e restaurava os espaços.  Por conta desta preocupação com a uniformidade das cidades criou uma espécie de agorafobia nos cidadãos e de intolerância.  Bauman cita Richard Sennet, um analista, que estudou redução do espaço público urbano e a retirada dos habitantes da cidade.  Segundo esse autor, a busca pela homogeneização e remodelação das cidades tornaram à desintegração dos laços humanos, abandono, solidão e vazio interior, que levou os habitantes da cidade a enfrentar problemas de identidade.  Com os tempos atuais, as pessoas acabam tendo medo e o isolamento e fortificação do próprio lar são características marcantes das pessoas.  Em outras épocas as cidades se organizavam para guerras com outras religiões, hoje a população vivem como se estivessem em guerra na própria cidade.  Para não ter a preocupação em amar ou odiar, as pessoas preferem o contato com os vizinhos.

No terceiro capítulo , fala sobre a quebra da economia e do Estado. Se antes as nações fiscalizavam as riquezas, nos dias atuais, observa-se uma ruptura entre economia e Estado.  Baumam exemplifica neste capitulo as empresas globais que demitem os indivíduos de diversas localidades sem terem prejuízos econômicos, deixando a decorrência para o Estado.  Além do desemprego, o autor faz referencia as empresas que constroem empregos em outros países abandonando a população local.  Um exemplo são as fábricas de tênis localizadas em países como a China, onde a produção tem um custo menor e as condições dos trabalhadores são lamentáveis, porém os produtos não deixam de ser vendidos em outras regiões por preços bem diferentes dos utilizados na sua confecção.  A ausência de fronteiras geográficas fez com que as empresas explorem a mão de obra barata e não se preocupem com a população local, simplesmente com seu próprio lucro.  Outra marca elevado neste livro é a falta de controle, se em tempos modernos as pessoas deveriam respeitar a ordem das coisas, hoje em dia faltam iniciativas e fatos locais que possam pronunciar em nome da humanidade e estabelecer a concordância global.  Em tempos de globalização, a questão do Estado soberano, trouxe algumas contradições.  Existem os estados esquecidos, que pretendem se tornar um Estado, aqueles que tentam impor ordem dentro do seu espaço, e os que querem desistir dos direitos soberanos. Bauman fala sobre o esfacelamento político e a globalização econômica. Ser pobre torna-se sinônimo de passar fome, e outros complexos são ignorados, como as condições de vida, analfabetismo, agressão, famílias desestruturadas, e outros problemas condicionados à pobreza.
              Para Bauman, o espaço que um dia foi obstáculo hoje só existe para ser abolido. Os indivíduos estão sempre em movimento, mesmo quando não se movem fisicamente, pela internet, onde é possível trocar mensagens com indivíduos de todo mundo. Ainda de acordo com o autor, somos itinerantes. A relação do turista e do vagabundo com o mundo são puramente estética, pois o turista tem a liberdade de estar onde quer e comprar  o que quiser. Para os indivíduos de primeiro mundo viajar é algo deslumbrante, já para os integrantes do segundo mundo, há os muros da imigração, as leis e a política de ruas limpas, muitas vezes são obrigados a viajar sem autorização fazendo com que retornem ao chegar ao local desejado. Bauman crê que só existe razão para ficar imobilizado  quando o mundo também está parado, o que não acontece nos tempos atuais, onde as referencias estão sobre as rodas. O consumo e a competitividade, são outras consequências da globalização, esse processo de atração, ocorre para manter os possíveis consumidores interessados, porém, para que não haja o fechamento das industrias, assim que o consumidor é fisgado, criam-se novos objetos de maneira que ocorra crescimento econômico.  Um exemplo dessa necessidade de consumo é evidente na produção e comercialização de aparelhos celulares, que possuem prazo de vida, o que produzem amanhã é feito para substituir o de hoje. Além do prazer de consumir, os produtos são cada vez menos durável.  Bauman diz que a promessa de satisfação é mais intensa do que a necessidade efetiva.  Ele também explica que todos estão sujeitos à uma vida de opções, mas nem todos tem a opção de escolher como viver.  Com a globalização tivemos a possibilidade de conhecer as diversas regiões do mundo sem necessariamente sair de casa, porém também fez com que estas perdessem suas raízes.  Apesar de estar sempre em lugares diferentes, as pessoas que vivem viajando conseguem conversar sobre moda, filmes e músicas, por conta dessa globalização, além da possibilidade de poder comer algo de uma cultura estando em outra região.

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