A Psicologia Social no Brasil: Um pequeno resgate
Por: Guilherme Bento • 5/7/2017 • Resenha • 659 Palavras (3 Páginas) • 1.152 Visualizações
A PSICOLOGIA SOCIAL NO
BRASIL: UM PEQUENO RESGATE
O texto aborda a história da Psicologia Social no Brasil, com foco nas contribuições dos principais estudiosos sobre o tema, como Raul Briquet, Arthur Ramos e Manuel Bomfim. Começa com uma contextualização da Psicologia Social no Brasil na década de 20, passa por um resumo sobre a contribuição dos principais estudiosos, finalizando com um resumo sobre a criação dos primeiros cursos de graduação e pós-graduação e a criação de entidades ligadas a Psicologia Social.
A autora mostra que antes mesmo da publicação do primeiro livro específico sobre Psicologia Social, o “Pequeno estudos sobre psychologia”, de José Oliveira Viana, publicado em 192, já havia um pensamento psicossocial no Brasil, representando principalmente por autores como Sylvio Romero, Raimundo Nina Rodrigues e Manuel Bomfim. Sylvio Romero descrevia o brasileiro como um povo que tinha apatia, falta de iniciativa, desânimo e propensão para esperar a iniciativa vinda do poder. Nina Rodrigues defendia que era necessário tentar entender o brasileiro, partindo de uma perspectiva da ideologia racial, da necessidade de aprimorar a “raça brasileira”. Em contrapartida, Manuel Bomfim defendia que para entender o estado atual de um grupo social, é necessário analisar também os fatores históricos, sua obra apresentava também uma rejeição às teorias raciais. Bomfim fundou e dirigiu o Laboratório de Psicologia experimental no Rio de Janeiro em 1906.
A década de 1930 foi marcada pela criação dos primeiros cursos superiores em Psicologia Social, e a publicação dos primeiros livros acadêmicos na área. A década de 1940 foi marcada pelas contribuições psicossociais de estrangeiros que vieram para o Brasil como consequência da Segunda Guerra Mundial, entre eles, Emílio Mira y López. A ideologia desenvolvimentista da década de 1950 provocou uma ênfase se setor educacional. Nessa época foram criados vários órgãos que possibilitaram as primeiras teses de doutorado na área de Psicologia Social, sendo um deles, o “Conselho Nacional de Pesquisa” (CNPq) em 1951. Na década de 1960, a Psicologia Social entrou em uma crise teórica, gerando uma grande dúvida sobre o método experimental.
Na década de 1960, acontece um dos principais marcos da Psicologia no Brasil, obviamente para a Psicologia Social igualmente. A regulamentação da profissão de psicólogo pela Lei nº 1.119 de 27 de agosto de 1962, estimulando a criação de novos cursos e reforçando os já existentes, ajudando o desenvolvimento da produção psicossocial. Na década de 1970, o marco foi a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia pela Lei nº 5.766 de 20/12/1971, com o objetivo de criar melhores condições para a definição da área e exercício profissional.
Na década de 1980, a psicologia buscava autonomia científica, sendo uma das demandas a publicação de estudos e aplicação da divulgação de aplicações da psicologia social. Nessa década também foi criada a “Associação Brasileira de Psicologia Social” (ABRAPSO), em julho de 1980, e a “Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia” (ANPEPP), em julho de 1983, que tiveram grande importância na qualidade da psicologia através de encontros promovidos. A década de 1990 foi marcada principalmente pela aproximação da profissão de psicólogo com a população, e pela expansão da profissão em diversas áreas, algumas não tradicionais. No segundo milênio, a Psicologia Social passou a ser um campo de busca de compromissos sociais, embora nem sempre esse lema seja cumprido.
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