Análise histórica da psicologia social comunitária no Brasil

Resenha

Título: Análise histórica da psicologia social comunitária no Brasil

Autor: Mariana Alves Gonçalves e Francisco Teixeira Portugal

O presente trabalho, apresentado por Gonçalves e Teixeira (2016), retrata os fundamentos no que tange a atuação do psicólogo comunitário, bem como os limites de operação dentro das comunidades. Diferente do primeiro texto, onde o foco estava em transmitir ao leitor a noção histórica em que o surgimento da psicologia comunitária se encaixava e se tornava parte do zeitgeist, o texto de Gonçalves e Teixeira trazem à reflexão sobre os papéis a serem desempenhados pelos psicólogos na comunidade. Para tal, os autores mapearam o conjunto de artigos, teses, dissertações e livros produzidos entre 1990-2010 referentes a Psicologia Social Comunitária. A proposta é centrada em dois pontos principais: as vinculações teórico-epistemológicas da PSC e a caracterização do trabalho do psicólogo comunitário. Os autores explicam as principais diferenças entre os limites de atuação e como atuavam os psicólogos sociais nas comunidades ao decorrer dos anos, enfatizando que as interações com a comunidade outrora era tida de um viés clínico e formal, e não interacionista e ‘amigável’. Vale ressaltar aqui a importância da dissociação entre psicólogo social e psicólogo social comunitário, muito bem colocada e pontuada no trabalho dos autores. Por fim, o trabalho é de interesse daqueles que tanto querem adquirir conhecimento à respeito dessa área de atuação da psicologia quanto daqueles ‘recém chegados’ à psicologia social comunitária. Assim como Gonçalves e Teixeira bem apresentaram, é fundamental para o psicólogo social comunitário a participação ativa nos antros da comunidade, permeando e agindo como parte dela, para que haja não somente identificação, mas pertencimento e reciprocidade.

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