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A Psicologia do Cotidiano

Por:   •  18/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  10.731 Palavras (43 Páginas)  •  364 Visualizações

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CURSO DE PSICOLOGIA

5º SEMESTRE

NOTURNO

Aluno:  SARAH CRISTINA DA SILVA                       RA: C8340B4

        

Trabalho de Observação

Disciplina: Psicologia do Cotidiano

Profª Vera Lucia Chaves Alonso

Santos

2018

Introdução

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar as possíveis formas de interações e convívio humano dentro de diversos contextos da vida corrente. Situações escolhidas para serem observadas de forma usual dentro da vida cotidianamente, para que assim, seja possível captar informações das diferenças e singularidades de cada um, entendendo a diversidade dos fenômenos cotidianos.

É importante obter um conhecimento básico das diferenças históricas e culturais, para assim, analisar e compreender condições básicas de acordo com idade, local e contexto que torna possível os acontecimentos observados, podendo assim descreve-los da melhor formae aplica-los dentro do atual momento em que vivemos.

O propósito central do presente trabalho foi observar, registrar e descrever situações da realidade cotidiana, percebendo as preconcepções que expressam os fenômenos observados, para que assim, seja possível exercitar uma análise crítica do ponto de vista presente e nas relações dos fenômenos observados por cada integrante do grupo.

Descrição

A comunicação é a base de uma boa observação, seja ela como for. Ter calma e cautela para observar adequadamente a comunicação e assim compreender mensagens, expressões e linguagens corporais que são expressas de forma clara, pois nessas muitas vezes é possível captar a situação do ambiente e o grau de relacionamento das pessoas observadas e suas diversas relações cotidianas.

A distribuição e escolha dos fenômenos que seriam abordados no presente grupo se deram por locais e ações tanto cotidianas, como inusitadas, que quando observadas em diferentes locais (Cidades distintas) pudéssemos identificar singularidades e principalmente: diversidade.

Observamos principalmente cidades como Santos, São Vicente e Praia Grande em seus diversos bairros – nobres e periféricos – para que fosse possível abranger inúmeras situações, de variados públicos em seus aspectos culturais.

Procuramos aplicar este trabalho nos locais onde as pessoas estivessem vivendo seu “cotidiano”, sem intervenções para que fosse possível dessa forma, reconhecer a complexidade dos acontecimentos diários na constituição dos sujeitos e da vida coletiva.

Observação

Aluno: Sarah Cristina da Silva        RA: C8340B-4

Fenômeno: Interação Social – Vendedor

Local: Loja BESNI – São Vicente (R. Frei Gaspar – Centro)

Data:30 de Maio de 2018

Hora: 18h30 ás 20h (1 hora e 30 minutos)

Ao iniciar a observação me posicionei em uma mesa em frente a Cafeteria da loja Besni, que é uma loja de roupas e sapatos, porém possui um espaço dedicado à cafeteria que fica no espaço térreo. O local dedicado a Cafeteria possui algumas mesas, cadeiras, no canto esquerdo da Cafeteria há uma “sala” onde possui alguns sofás e no lado direito dá início à loja.

Sentei-me em uma das mesas mais distante ao balcão de atendimento onde fosse possível ter uma visão ampla da loja. Logo me deparei com uma funcionária da loja, uma mulher – aparentemente 30 anos, morena, cabelos pretos preso em um rabo de cavalo bem alto. Vestia uniforme: uma calça social preta, sapatilhas e uma camiseta cinza bordada com o nome da loja – vou chama-la hipoteticamente de V. V estava na sessão de roupas infantis, ordenando algumas camisetas e vestidos. Pegava algumas peças que estavam no local errado e colocavam na “arara” onde estava expostas roupas com o mesmo estilo. Continuou fazendo essa atividade por alguns minutos até que foi interrompida por uma mulher – aparentemente 50 anos, baixa, branca, cabelos curtos e pretos. Vestia uma bermuda jeans na altura dos joelhos, uma blusa vermelha sem nenhum detalhe ou estampa, uma sapatilha preta e uma bolsa lateral – vou chamá-la de S. S era cliente e estava com duas sacolas de outras lojas na mão. S se aproximou de V e iniciou um diálogo de forma inaudível devido à distância, imediatamente V parou a tarefa que estava executando e respondeu para S apontando em direção ao provador. Não satisfeita com a resposta, S falou mais alguma coisa enquanto V terminou de colocar as camisas que estavam em sua mão no lugar e fez sinal para que S a seguisse. V foi em direção ao provador enquanto S estava seguindo, mas elas entraram em uma porta antes do provador. Após alguns minutos, V e S saíram novamente pela porta, S deu um sorriso e um aceno de mão para V, que sorriu de volta e voltou para o local onde estava executando sua tarefa com as roupas. V terminou de organizar as peças no local e seguiu em direção ao outro lado da loja, onde a perdi de vista.

Neste dia o movimento da loja estava bem calmo, decidi subi para o segundo piso da loja, que era dedicado à parte de sapatos. Acreditei que lá, teria mais fluxos de vendedores, e assim fiz. Cheguei ao segundo piso e me sentei em uma poltrona bem no meio do local, dedicado aos clientes que quisessem sentar para experimentar os sapatos. Em poucos minutos avistei um funcionário homem - aparentemente 20 anos, alto, cabelos curtos e pretos. Vestia o uniforme: calça social, sapato preto social e camisa cinza com o nome da loja – vou chama-lo de G. G estava organizando a prateleira de sapatos de acordo com seus números. Frequentemente pegava um par de sapatos, conferia o número na sola e o levava para o local correto, mecanicamente repetiu essa atividade diversas vezes. Em alguns momentos, pegava o celular do bolso da calça, olhava, digitava alguma coisa e voltava sua atividade. Depois pegava o celular novamente, digitava e voltava sua atividade. Repetidamente.

Após alguns minutos de observação chegou uma cliente para tirar uma dúvida com G, uma mulher com uma criança. A mulher – aparentemente 40 anos, loira, cabelos curtos. Vestia uma calça jeans justa até a altura da canela, um tênis branco e uma camiseta onde havia algumas frases em inglês – vou chama-la de C. A criança – aparentemente 10 anos, morena, cabelos longos, baixa estatura. Vestia um macacão florido com flores vermelhas e amarelas. Nos pés, calçava uma rasteirinha branca – vou chama-la de E. “Oi, você sabe me dizer se tem a nova bota da Larissa Manoela? ” Perguntou C de forma audível devido à proximidade. “Temos sim, qual numeração” respondeu G de forma simpática. “Traz a 31/32, por favor” pediu C. G acenou a cabeça em sinal de positivo e foi em direção à uma porta localizada no fundo da loja, onde acredito ser o estoque. Neste momento, C e E se sentaram no banco de frente para o espelho.

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