A Psicologia do Esporte
Por: Ingrid Baldini • 7/12/2017 • Trabalho acadêmico • 894 Palavras (4 Páginas) • 240 Visualizações
Universidade Federal de São Paulo
Nome: Ingrid Baldini
Disciplina: TCC1
Professora: Sara Panciera
Resenha Final
2017
Psicologia do Esporte
Implicada em seus primórdios com aspectos mais biológicos, hoje, a Psicologia do Esporte vem estudando e atuando em situações que envolvem motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar de atletas caracterizando-se como um espaço onde o enfoque social, educacional e clínico se complementam. (RUBIO, 1999).
A Psicologia vem se encarregando de áreas que antes eram específicas de determinadas profissões, dividindo espaços, sem no entanto perder sua especificidade. A área do esporte sempre foi composta por diferentes disciplinas, principalmente as relacionadas às áreas biológicas, sendo assim completamente compreensível que a Psicologia fizesse parte deste arcabouço de interdisciplinas.
Cada vez mais os aspectos psicológicos do atleta têm sido observados em relação ao diferencial de rendimento tanto pessoal quanto em grupo. A preparação emocional, principalmente em atletas de alto rendimento tem dado resultados positivos, demonstrando sua importância.
A psicologia do esporte tem tido maior visibilidade no decorrer das últimas décadas, principalmente a partir da década de 1980, mas apesar dos nítidos benefícios que a aliança entre as duas áreas promove, as delimitações do que essa especialidade implica em sua atuação ainda não são bem definidas.
Definida por Williams e Straub (1991, p.30) como a identificação e compreensão de teorias e técnicas psicológicas que podem ser aplicadas ao esporte com o objetivo de maximizar o rendimento e o desenvolvimento pessoal do atleta, ou por Weinberg & Gould (2001, p.08) como o estudo científico de pessoas no contexto do esporte ou exercício.
Historicamente a Psicologia do esporte tem se ocupado com programas de treinamento psicológico com o objetivo de maximizar o rendimento esportivo. Técnicos, treinadores e atletas buscam conseguir melhor desempenho em competições e aprendem, entre outras coisas, modos de manejo e enfrentamento do stress competitivo, controle da concentração, incremento das habilidades de comunicação e coesão de equipe, o que compõe o chamado esporte de alto rendimento. (RUBIO, 2007)
Em atletas de alto rendimento, a pressão em relação a desempenho, encontrar-se dentro dos padrões físicos esperados, demandas em relação à apresentação de resultados melhores que seu adversário e até mesmo seus próprios resultados anteriores, em uma suposta superação de seus próprios limites.
O aspecto imaginário que envolve o atleta é de extrema complexidade e são essas forças que o atingem de forma subjetiva que por diversas vezes determinam suas metas, planejamentos e motivações.
O esporte se apresenta para a sociedade contemporânea como um fenômeno de grande abrangência social tanto do ponto de vista do espetáculo como também como atividade profissional e comercial. Manifestação capaz de provocar grande emoção e comoção, o esporte se diferencia de outros espetáculos por levar protagonistas e espectadores a se posicionarem. (RÚBIO, 2006).
Por muito tempo a prática do esporte era vinculada a uma imagem amadora e praticada apenas em sua maioria por aqueles favorecidos financeiramente, ou aqueles os quais tinham apoio familiar ou incentivo de alguma instituição. Porém com a profissionalização do esporte, ou seja, esporte como meio de sobrevivência, as cobranças em relação a ela modificaram-se.
O esporte é uma arte, porém nesta arte que contém espetáculos e performances impressionantes existe também uma condição implícita para que ela ocorra, e esta é a competição. O esporte se manifesta como arte, mas se organiza como profissão regulada por expectativas de uma realidade capitalista e meritocrática.
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