A Psicologia e Subjetividade

A SUBJETIVIDADE E A PSICOLOGIA

        A Psicologia estuda a subjetividade, sendo essa a principal e específica contribuição para o compreendimento da totalidade da vida humana.

        A subjetividade é a síntese individual que nós construímos através de experiencias na vida social e cultural, portanto, não é considerada inata. É a fonte das manifestações afetivas e comportamentais, e para exemplificar mais essa ideia, é o modo como sonhamos, amamos, pensamos e sentimos, é o que constitui nosso modo de ser. A subjetividade é produzida na relação das forças que atravessam o sujeito, encontro das práticas de objetivação pelo saber/poder juntamente com os modos de subjetivação.

        Uma análise arqueológica desse conceito mostra que a primeira problematização da subjetividade surgiu na filosofia moderna com Kant, que questiona as condições da produção de verdades sólidas, objetivas e universais, válidas para todos os sujeitos, se quem produz conhecimento é sempre um sujeito singular e passível de falhas. A questão da subjetividade surge, portanto, no contexto filosófico das preocupações epistemológicas quanto à produção do conhecimento de forma negativa: sendo aquilo que precisa ser neutralizado e superado para se ter acesso a uma verdade objetiva. Após mais de um século, o termo migrou para o campo dos conhecimentos “psi” pelas mãos de Freud constituindo objeto de estudo científico e campo de experiências do sujeito, a psicanálise freudiana naturaliza a subjetividade ao considerá-la inerente ao sujeito.

       Diante do conceito e construção da subjetividade na Psicologia, podemos afirmar que a singularidade de cada individuo é muito complexa, e, portanto, abre diversas portas de estudo para o psicólogo, dando assim significado para o termo “subjetividade como objeto de estudo da Psicologia”, afinal, a Psicologia trabalha o ser humano enquanto um ser de múltiplas dimensões.

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