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A Psicologia no Brasil: Leitura Histórica Sobre sua Constituição

Por:   •  5/3/2025  •  Trabalho acadêmico  •  2.729 Palavras (11 Páginas)  •  66 Visualizações

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Trabalho de Pesquisa Bibliográfica (NP2)

RESUMO:

A Psicologia no Brasil: Leitura Histórica Sobre sua Constituição

ANTUNES, M. A Psicologia no Brasil. 5ª ed. São Paulo: Ed. Educ, 2014.

2024

Parte 1 – Antecedentes

Quanto aos antecedentes, fica claro que a finalidade é evidenciar os fenômenos psicológicos antes da afirmação da Psicologia científica no Brasil. A psicologia, portanto, chega a seu ponto ápice como ciência autônoma apenas ao final do século XIX, com os métodos de Wilhelm Wundt, mas a preocupação com essa questão faz-se presente, no Brasil, desde os tempos da colônia. É de suma importância mostrar como o pensamento psicológico também foi advindo de outras áreas do saber e, quando estes chegam na Europa, é que se cria as condições necessárias para a entrada da Psicologia no Brasil. Destaca-se, ainda, que a separação da área psicológicas com as demais foi bem gradativa.

Capítulo 1 - A preocupação com os fenômenos psicológicos no período colonial

No período pré-institucional da Psicologia encontramos as mais antigas bases que ajudaram a psicologia a se estabelecer no Brasil. Podemos encontrar assuntos sobre os fenômenos psicológicos em obras de outras áreas do saber como, por exemplo, teologia e pedagogia. Encontra-se, nessas obras distintas, temas como: emoções, sentidos e trabalho. Pode-se estudar, também, referências sobre emoções e a prática do seu controle. Um ponto em comum nessas obras é o fato de que apontam para análises no âmbito comportamental. São obras que, por mais que sejam de ouras áreas do conhecimento, possuem íntima conexão com questões tratadas, ainda que posteriormente, pela psicologia. Destaca-se que, por mais que sejam discussões realizadas na época colonial, nota-se preocupações com assunto bem atuais como, por exemplo, saúde mental de crianças e mulheres, no âmbito do processo educativo e o seu papel na sociedade, sempre dentro da natureza psicológica. A problemática do trabalho também é comum entre os assuntos da época, na perspectiva moral, social e psicológica e, nesse contexto, enfatiza-se, ainda, a figura do indígena. Nesse contexto, podemos refletir que muito do pensamento psicológico produzido na época em questão é de suma importâncias para compreender a construção histórica da ciência psicológica atual, entendo suas raízes e referências.

CAPÍTULO 2 - A PREOCUPAÇÃO COM FENÔMENOS PSICOLÓGICOS NO SÉCULO XIX

A chegada do século XIX trouxe grandes mudanças à condição de autonomia da época, com a transmutação do Brasil de Colônia para império. Fato que contribuiu para o avanço das práticas voltadas ao pensamento psicológico do período, pois, ainda que, atrelado a outras vertentes que possuíam maior influência, conseguiu progressivamente conquistar algum espaço para se fomentar.

      2.1.  O PENSAMENTO PSICOLÓGICO NA EDUCAÇÃO

Uma das vertentes das quais o saber psicológico necessitou se abrigar para crescer, foi a Educação. Nesse tempo, surgiu uma maior preocupação com a educação e o ensino. No entanto, a questão de maior atenção não era o ganho de conhecimento de fato e sim, a formação profissional. Ainda que particularmente seletivas, foram criadas várias escolas a partir da década de 30. O pensamento psicológico brasileiro sofreu grande influência europeia no século XIX, trazendo como principais correntes de pensamento o liberalismo e o positivismo, no entanto, sem abandonar completamente suas ideias filosóficas preexistentes. A maior preocupação trazida pela Pedagogia no período, eram os fenômenos psíquicos relacionados aos métodos de ensino. O foco era o total desenvolvimento das faculdades psíquicas das crianças, em especial a inteligência.

2.2.  O PENSAMENTO PSICOLÓGICO NA MEDICINA

Outra vertente da qual a Psicologia rompeu, foi a Medicina. A instituição das faculdades de medicina em 1808 e sua obrigatoriedade de apresentação de uma tese para conclusão do curso, trouxe grandes contribuições para o avanço das discussões da época, pois passaram a ser encontradas diversas teses que tratavam do fenômeno psicológico. Discutiam assuntos variados, como paixão e emoções, ninfomania, hipocondria, dentre outros. Nesse tempo a Psicologia conquistou seu espaço como ciência autônoma. O surgimento da Medicina Social também contribuiu significativamente para melhorar as questões relacionadas a saúde nas cidades no período, pois buscava não somente tratar as doenças, mas também, prevenir seus agentes causadores.

2.3.  A GUISA DE SÍNTESE

Com o fim da era colonial no Brasil, grandes transformações puderam ser observadas em todos os âmbitos, como a criação de cursos superiores e o surgimento de instituições. Houve também grande preocupação com as questões relacionadas a educação e a saúde. O pensamento psicológico vinha sendo desenvolvido durante séculos, no entanto, foi a partir do século XIX que ele começou a caminhar em direção a uma síntese aprofundada.

Parte II – A Psicologia Científica e seu processo de autonomização no Brasil

O final do século XIX foi marcado por muitas transformações, inclusive na psicologia. A adoção do Brasil pelo modelo republicano, ajudaram na expansão da urbanização e para aparecimento de polos econômicos. O aparecimento de intelectuais no cenário tornou-se intensa e, dessa forma, a preocupação com o progresso e a modernidade. A psicologia, portanto, também teve grande avanço: surge diversidade de abordagens e aumento das pesquisas, o que permitiu um avanço enorme da história da Psicologia brasileira. Dessa forma, os problemas e inquietações vividas no Brasil, nesse período, favoreceu a entrada e estabelecimento da psicologia científica para que, dessa forma, pudesse contribuir com respostas para as diversas questões que estavam em pauta. Com a grande evolução da área, a psicologia alavanca sua autonomia em relação às outras áreas do saber por meio da definição e da delimitação de seu objeto de estudo e campo de atuação. Ressalta-se, ainda, que as áreas mais beneficiadas com a evolução da ciência psicológica foram a Medicina e na Educação, aplicando-a na organização do trabalho.

Capítulo 1 - A Psicologia em instituições médicas.

A tendência do século XIX manteve-se por algum tempo, diferenciando-se gradativamente, sendo que as preocupações estritamente psiquiátricas foram se delineando com maior clareza e delimitando mais explicitamente suas fronteiras com

a Psicologia. A principal evidência disso foi a criação de
laboratórios de Psicologia em diversas instituições psiquiátricas, cuja produção foi principalmente de natureza psicológica.

1.1.  Os hospícios e algumas instituições correlatas.

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