A Psicologia organizacional do Brasil
Por: vanessaamartins • 28/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.780 Palavras (8 Páginas) • 481 Visualizações
Introdução
Segundo Schein (1982), a psicologia organizacional pode ser reconhecida como um campo de atuação interdisciplinar que procura compreender os fenômenos organizacionais que se desenvolvem em torno de um conjunto de questões referentes ao bem-estar do indivíduo
Sendo assim, é necessário que o ambiente de trabalho seja agradável e que forneça o que é preciso para que os funcionários mantenham a saúde psicológica e física. A psicologia organizacional e do trabalho nasceu para desempenhar esse papel, aplicar a gestão de pessoas nas empresas.
Conforme (CAMPOS et al 2011) o papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização.
Segundo Sena e Silva (2004) a psicologia organizacional surgiu primeiramente como psicologia industrial no século XIX. A revolução francesa e industrial foram grandes acontecimentos que marcaram a industrialização, os trabalhadores começaram a ser empregados e ainda tinham algum controle sobre o produto, que só dependia do ritmo do trabalhador. Porém, com o surgimento das máquinas essas interferências foram acabando, já que as máquinas que passaram a ditar o ritmo de trabalho. Os trabalhadores estavam se tornando mecânicos, as empresas detinham o conhecimento científico e o utilizava de uma forma que controlasse os trabalhadores. Eles deixavam de pensar e agiam como se fossem máquinas também.
Em conformidade com Sena e Silva (2004) a psicologia industrial começa a ter reconhecimento no ano de 1924, neste período foram feitas pesquisas para saber as condições de trabalho e novas formas de se trabalhar. Ela se preocupava com a seleção e recrutamento de trabalhadores e soldados, hoje em dia além disso, busca dar consciência ao trabalhador, que o mesmo tenha noção da sua força de trabalho e quanto ela vale. Tenta acabar com essa visão de que o trabalhador é mecânico, que vem desde a revolução industrial. A partir dos anos 50, a denominação de Psicologia Organizacional começa tomar corpo, a junção dos saberes da sociologia e a antropologia com o da psicologia, influenciaram para o crescimento da psicologia social.
Diante desse processo, foi nas universidades, principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Pernambuco, que aconteceram as primeiras experiências em psicologia organizacional brasileira, no que se refere à psicometria (WELL, 2005).
A partir desse contexto iniciou se a utilização dos testes, psicotécnicos, destinados à área do trabalho para realizar seleção profissional. Com o avanço das tecnologias, a mudança de contexto cultural e social, as pesquisas apresentaram aumento significativo. O âmbito empresarial mostra a necessidade da presença de psicólogos para o desenvolvimento corporativo. Aliados ao crescimento da psicologia organizacional e ao surgimento de pesquisadores, estão ações institucionais de associações científicas como a SBPOT (Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho) e a ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pósgraduação em Psicologia) (BORGES-ANDRADE; PAGOTTO, 2010).
Objetivo
Objetivo geral
Apresentar o conceito e a evolução da psicologia organizacional, até o momento em que chega ao Brasil e expande dentro das empresas.
Objetivos específicos
Destacar a importância do estudo sobre organizações;
Desenvolver um histórico do crescimento das empresas brasileiras;
Relacionar o que os autores dizem com fatores históricos;
Justificativa
Com a aquisição das máquinas nas empresas, iniciou uma série de problemas sociais: como o desemprego, o tratamento que os funcionários recebiam, a falta de motivação, a dificuldade em manter produção alta. A psicologia industrial nasceu para contribuir com essas questões, e chegou no brasil para examinar, classificar, selecionar, constituir um conjunto de práticas de submissão e controle. Costumava abordar os indivíduos como máquinas que tinham que atingir o melhor funcionamento possível, fazendo triagens por meio de testes psicológicos. Nesse contexto que a psicologia industrial se tornou organizacional e humanizou esse processo dentro das empresas, analisando a melhor oportunidade para os indivíduos dentro de suas subjetividades.
Metodologia
Conforme Well (2005) a psicologia industrial e organizacional destacou-se de um ramo mais genérico, a psicologia geral e experimental. É nas universidades, mais particularmente de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Pernambuco, sobretudo nas cadeiras de psicologia educacional, que ocorreram as primeiras experiências em psicologia, sobretudo no que se refere à psicometria. A psicologia experimental é ensinada nas universidades, sobretudo a aplicação dos testes psicológicos na educação e na clínica. É nesta fase que as primeiras gerações de futuros psicólogos industriais adquiriram os fundamentos científicos indispensáveis ao exercício da psicologia industrial e organizacional, mas sob um prisma que poderíamos chamar de diagnóstico prescritível, com predominância da psicometria. Isto explica que a psicologia industrial e organizacional tenha começado por fase predominantemente psicométrica (psicotécnica).
Embora certas providências nessa fase tenham partido de universidades, e provavelmente por influência delas, começam a aparecer iniciativas de organizações não universitárias, com a finalidade de aplicar a psicologia experimental ao âmbito do trabalho. Nesta fase predominam trabalhos de seleção profissional, visando adaptar o homem ao trabalho, segundo conceitos taylorianos (WELL, 2005).
A década de 1990 marca o início do uso do termo Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) para designar uma subárea de estudos composta por dois grandes eixos de fenômenos
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