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A Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais

Por:   •  9/6/2021  •  Resenha  •  972 Palavras (4 Páginas)  •  387 Visualizações

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Disciplina: Psicopatologia I

Professor: João Antônio Mallmann

Aluna: Lidiane Oliveira Eduardo Mota

         RESENHA

Texto: DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Cap. 1, 2, 3, 4 e 10. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.

        Nos capítulos um, dois, três e quatro de seu livro, Paulo Dalgalarrondo propõe uma introdução geral à semiologia psiquiátrica, uma definição de psicopatologia, seguidos do conceito de normalidade em psicopatologia e das principais escolas de psicopatologia focando na consciência e suas alterações, respectivamente.

        A discussão do capitulo um gira em torno, principalmente da questão do signo, que para a semiologia é seu elemento nuclear. No que diz respeito a semiologia médica e psicopatológica trata particularmente dos signos que indicam a existência de sofrimento mental, transtornos e patologias. Dessa forma, é possível inferir que o signo diz respeito aos sinais comportamentais, aquilo que é verificável, objetivo.

        E aqui, o autor traz a tona a discussão sobre o sintomas, que diferencia-se dos sinais pois diz respeito a vivências subjetivas, aquilo que o sujeito experimenta e relata. Mas a conceituação se entrelaça e de certa forma, ao menos a mim, causa uma certa dúvida ao se referir que os sintomas, enquanto signos, tomam uma dimensão dupla, sendo tanto um indicador como símbolo. Essa dúvida é clarificada (não totalmente) quando o autor afirma que no momento em que recebe um nome (significado), o sintoma adquire o status de símbolo.

        Finalizando o capítulo 1, Dalgalarrondo aborda a questão das síndromes e entidades nosológicas, definindo a primeira como agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e sintomas. Já as entidades nosológicas, doenças ou transtornos específicos são mais previsíveis, específicos como o nome já diz, seria a patologia em sí.

        Já no capítulo 2, o autor preocupa-se em trazer uma definição da psicopatologia, onde é possível destacar alguns trechos interessantes. Segundo ele a psicopatologia, em uma acepção mais ampla, pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. E como conhecimento que visa ser científico, não inclui critérios de valor, nem aceita dogmas ou verdades a priori. Assim, o psicopatólogo não julga moralmente o seu objeto, busca apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental. (p. 22)

        No terceiro capítulo o autor propõe um conceito de normalidade em psicopatologia, o que de início já destaca ser um tema controverso. Dalgalarrondo sugere que tal conceito implica na própria definição do que é saúde e doença mental, o que pode ser observado por diversas áreas da saúde mental, cada qual com sua ideia sobre o tema. Como o assunto não é (e nem tem como ser) definitivo, sugere-se o que seriam os critérios de normalidade, que também não são unânimes e alguns são bem “estranhos”, diga-se de passagem, como por exemplo o que diz respeito à normalidade ideal, onde o próprio nome já gera discussão...o que seria ideal? Ideal para quem? Quem define o que é ou não ideal? Como estabelecer um critério de normalidade com base no que seria ideal?! Sem falar do conceito mais amplamente conhecido, o da Organização Mundial da Saúde, onde tem-se a saúde como COMPLETO bem-estar físico, mental e social...é sério isso? Acredito que nem o melhor dos homens atingiu esse ápice de vida. Assim, o que observa-se desse capitulo é que tanto o conceito como os critérios de normalidade variam de acordo com seus ideias, com aquilo que julgamos ou não ser o melhor para aquela situação.

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