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A Revisão de Artigos

Por:   •  10/6/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.849 Palavras (8 Páginas)  •  134 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O autismo, também chamado de “espectro do autismo”, é desenvolvido na infância, podendo haver evolução do quadro com o passar dos anos. É um transtorno neuropsiquiátrico e se encaixa nos transtornos invasivos de desenvolvimento (TIDs). Tem como característica marcante: a interferência na interação social, a comunicação e a presença de comportamentos repetitivos e interesses restritos (NIKOLOV; JONKER; SCAHILL, 2006).

Apesar de não existir uma causa exata para o surgimento do autismo, é um transtorno que ocorre por genética e fatores biológicos. Sendo a genética, a causa estimada por mais de 90% de chance de aparecimento (GUPTA; STATE, 2006).

Estimou-se em 2007 que no Brasil, havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. Atualmente o número mais aceito é a estimativa de que haja 2 milhões de pessoas com autismo, cerca de 1,0% da população. No mundo, a ONU (Organização das Nações Unidas) estima que tenhamos 70 milhões de autistas (PAIVA JUNIOR, 2014).

Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas (NIKOLOV; JONKER; SCAHILL, 2006). As dificuldades de comunicação e linguagem são elementos essenciais dos distúrbios do espectro autista, sendo essencial o trabalho conjunto com a fonoaudiologia (FERNANDES et al., 2008). A psicologia tambem pode exercer um grande papel no tratamento do autismo; há duas formas muito conhecidas : a psicanálise e a análise do comportamento aplicada (GUIRADO-CARAMICOLI, 2013). Métodos muito usados tambem são os com a utilização dos recursos de informatica durante a terapia fonoaudiológica (FERNANDES et al., 2010) e tratamentos psicoeducativos (BOSA, 2006).

Enfatizando que a eficácia do tratamento depende da experiência e do conhecimento dos profissionais sobre o autismo e, principalmente, de sua habilidade de trabalhar em conjunto com a família (BOSA, 2006).

Neste sentido, objetivou-se discutir as formas de tratamentos existentes para o autismo a partir de um estudo revisional.

MATERIAIS E MÉTODO

A pesquisa trata-se de uma revisão integrativa que é um método de pesquisa que permite a busca, a avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado, sendo o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado. O estudo buscou investigar aspectos relacionados aos tratamentos utilizados em indivíduos com Transtorno Autístico.

A pesquisa foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (Scielo); adotaram-se como critérios de inclusão artigos publicados nos últimos 10 anos (2004 a 2014) no idioma português. Foram excluídos artigos de revisão e editoriais, por se tratarem de artigos que não se adequaram na modalidade “artigos originais”.

As palavras-chave utilizadas na busca dos artigos estão cadastradas no DeCS (Descritores em Ciência da Saúde) e foram utilizadas de forma associada e isolada: tratamento; autismo; espectro autismo; transtorno autístico; Sindrome de Kanner.

Realizou-se a leitura do título, resumo e palavras-chave, para verificar se os artigos selecionados atendiam à proposta de estudo. Encontraram-se 47 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão, 12 artigos foram selecionados. Também foi selecionada uma dissertação sobre o tema, por abordar de forma completa o tema autismo.

RESULTADOS

Fonoaudiologia e autismo: resultado de três diferentes modelos de terapia de linguagem

O objetivo do estudo foi a verificação da existência de diferenças observáveis a partir das características do perfil funcional da comunicação e do desempenho sócio-cognitivo de crianças e adolescentes com autismo, atendidas durante 6 meses em três diferentes situações terapêuticas. No método, foram utilizadas crianças e adolescentes com diagnósticos psiquiátricos incluídos no espectro autístico em início de processos de terapia fonoaudiológica , divididos em 3 grupos: A,B e C ; cada grupo com certa característica de idade , e tempo de tratamento. Os resultados não indicaram diferenças estatisticamente significativas, embora observáveis. O grupo com mais indicadores de progresso durante o período específico de intervenção diferenciada foi o grupo A, em que os sujeitos eram atendidos em duplas (FERNANDES et al., 2008).

A perspectiva desenvolvimentista para a intervenção precoce no autismo

O objetivo do estudo foi a apresentação de intervenções precoces no autismo que segue a perspectiva desenvolvimentista. Foram apresentadas cinco áreas consideradas fundamentais pelos diferentes programas que seguem essa orientação: comunicação não verbal, imitação, processamento sensorial, jogo com pares e família. Esses programas que ser altamente individualizados não apenas no que diz respeito ao perfil de habilidades comunicativas da criança-alvo, mas também quanto a outras características, como as de processamento sensorial e formas não convencionais de comportamento. Os artigos apresentam uma descrição dos programas sem, contudo, mencionar dados quanto à sua eficácia. São tantas as variáveis envolvidas que se torna praticamente inviável um maior controle experimental (LAMPREIA, 2007).

Síndrome de West, Autismo e Displasia Cortical Temporal: Resolução da Epilepsia e Melhora do Autismo com Cirurgia

Os autores apresentam o caso de uma criança, com quadro de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento – espectro autista – e epilepsia de difícil controle submetida à cirurgia, revisando aspectos fundamentais desta associação. A partir do caso em questão e de estudos existentes, é pertinente questionar quais são os indícios que nos fazem acreditar que crises epilépticas recorrentes ou uma atividade elétrica anormal sejam responsáveis por alterações cognitivas, de linguagem ou de conduta e qual o tratamento ideal para estas crianças nas quais co-existem os dois diagnósticos (SOUZA et al., 2008).

Atividades lúdicas no meio aquático: possibilidades para a inclusão

O objetivo desse artigo é mostrar possibilidades de utilizar o lúdico como recurso pedagógico para promover o aprendizado e o desenvolvimento da natação em crianças

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