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A TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Por:   •  24/3/2020  •  Resenha  •  775 Palavras (4 Páginas)  •  419 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF

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Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica

Curso: Psicologia - 7º Período

Professor: Ana Claudia

Aluna: Andressa Kathelen Aristeu

Beck, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática [recurso eletrônico] / Judith S. Beck; tradução: Sandra Mallmann da Rosa; Paulo Knapp, Elisabeth Meyer. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2014.

    Desde muito tempo atrás, Aaron Beck e outros autores tiveram sucesso na adaptação da terapia cognitivo comportamental a populações diversas e com uma ampla abrangência de transtornos e problemas. Essas adaptações influenciavam o foco, as técnicas e a duração do tratamento, porém os pressupostos teóricos em si permaneceram constantes. O tratamento também está baseado nas crenças específicas e padrões de comportamento de cada paciente. O terapeuta procura produzir de várias formas uma mudança cognitiva que visa a modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente para produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura.

    O modelo cognitivo propõe que o pensamento disfuncional que influencia o humor e o pensamento do paciente é comum a todos os transtornos psicológicos. Depois de aprender a avaliar seu pensamento de forma mais realista e adaptativa, as pessoas obtêm uma melhora em seu estado emocional e no comportamento. A modificação dessa crença geral pode alterar a sua percepção de situações específicas com que se depara diariamente.

    Ao longo de todo o livro, o autor usa uma paciente depressiva para ilustrar os princípios centrais, demonstrar como usar a teoria cognitiva para entender as dificuldades dos pacientes e como utilizar esse entendimento para planejar o tratamento e conduzir as sessões de terapia, possibilitando o autor a apresentar a terapia cognitivo-comportamental de uma maneira simples. O autor frisa que a terapia cognitivo-comportamental ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais. Os pacientes podem ter dúzias ou até mesmo centenas de pensamentos automáticos por dia que afetam seu humor, comportamento e/ou fisiologia (a última é especialmente pertinente para a ansiedade).

    O princípios básicos se aplicam a todos os pacientes. No entanto, a terapia varia

consideravelmente de acordo com cada paciente, com a natureza das suas dificuldades e seu momento de vida, assim como seu nível intelectual e de desenvolvimento, seu gênero e origem cultural. O tratamento também varia dependendo dos objetivos do paciente, da sua capacidade para desenvolver um vínculo terapêutico consistente, da sua motivação para mudar, sua experiência prévia com terapia e suas preferências de tratamento, entre outros fatores.

    A estrutura das sessões terapêuticas é bem parecida para os vários transtornos, mas as

intervenções podem variar consideravelmente de paciente para paciente. Na maioria das vezes, a estratégia inclui a solução objetiva e direta do problema, avaliação do pensamento negativo associado ao problema e a mudança no comportamento.

   Muitas vezes, a terapia cognitivo-comportamental dá a falsa impressão de ser muito simples. O modelo em si, a proposição de que o pensamento de um indivíduo influencia as suas emoções e seu comportamento, são realmente simples. Porém, os terapeutas experientes realizam muitas tarefas de uma vez: conceituam o caso, familiarizam e educam o paciente, identificam problemas, coletam dados, testam hipóteses e fazem resumos periódicos. O desenvolvimento de expertise como terapeuta cognitivo-comportamental pode ser visto em três estágios. Essas descrições presumem que o terapeuta já seja proficiente em habilidades de aconselhamento básico: escuta, empatia, preocupação, respeito e autenticidade, bem como compreensão adequada, reflexão e capacidade de resumir. Os terapeutas que ainda não têm essas habilidades frequentemente provocam uma reação negativa por parte dos pacientes.

   Como forma de fazer bom uso do livro, o autor indica ao leitor, enquanto faz a leitura, que comece a conceituar os seus próprios pensamentos e crenças. Comece a prestar atenção às suas próprias alterações no afeto. Ensinando o leitor a identificar seus pensamentos automáticos dessa forma. Aprender as habilidades básicas da terapia cognitivo-comportamental usando a si mesmo como sujeito irá desenvolver habilidade para ensinar as mesmas habilidades aos próprios pacientes.

“Embora a terapia deva se adequar a cada indivíduo, existem determinados princípios que estão presentes na terapia cognitivo-comportamental para todos os pacientes.” (Back).

“Desde aquela época, o modelo cognitivo da ansiedade tem sido aperfeiçoado para cada um dos vários transtornos de ansiedade; a psicologia cognitiva confirmou esses modelos, e estudos científicos demonstraram a eficácia da terapia cognitivo-comportamental para transtornos de ansiedade” (Clark e Beck, 2010).

    Este capítulo destina-se a indivíduos em qualquer estágio de experiência e desenvolvimento de habilidades que necessitam ter o domínio dos fundamentos da conceituação e do tratamento cognitivo. É essencial ter domínio dos elementos básicos da terapia cognitivo-comportamental para compreender como e quando variar o tratamento padrão com determinados pacientes.

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