As Técnicas da Terapia Cognitiva-Comportamental
Por: celinewolf786 • 14/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.293 Palavras (6 Páginas) • 445 Visualizações
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental, e tem como objectivo abrangente as Técnicas utilizadas na TCC nos transtornos.
A TCC ou Terapia Cognitivo-Comportamental é uma das alternativas bastantemente praticadas de psicoterapia para transtornos psiquiátricos, onde se baseia em preceitos sobre a função da cognição no controle das emoções e dos comportamentos humanos. O modelo pressupõe que as mudanças cognitivas e comportamentais são moduladas por processos biológicos, influências ambientais e interpessoais e que as medicações psicotrópicas influenciam na cognição (WRIGHT; BASCO &THASE, 2008).
Terapia Cognitivo-Comportamental: Características e Técnicas
A terapia cognitiva-comportamental é um tratamento que se concentra na mudança de comportamentos e pensamentos que gerem o problema psicológico a ser envolvido.
Pode ser usada em crianças e adultos e perturbações, tais como a depressão, ansiedade, perturbação bipolar, perturbações da personalidade, melhorar as habilidades sociais, ataque de pânico, fobia social, stresse pós-traumático.
É uma terapia que incide sobre o desempenho actual e real do indivíduo, de modo que se trabalha directamente sobre o estado cognitivo e comportamental.
Características de terapia cognitiva-comportamental
A terapia cognitiva-comportamental (TCC) é uma espécie de intervenção psicológica, que tem muita evidência científica, e que se tornou nos últimos anos, uma das mais utilizadas no campo da psicologia.
O seu objectivo é abastecer ao individuo as habilidades necessárias para superar as suas dificuldades psicológicas.
Assim, a terapia cognitivo-comportamental centra-se no sujeito, as suas características e habilidades, e se distância das terapias psicodinâmicas que incidem sobre os pensamentos inconscientes.
Como o próprio nome sugere, surge como um derivado natural das descobertas da psicologia cognitiva e da psicologia comportamental.
A psicologia comportamental apareceu antes a TCC. No entanto, a superficialidade dos quais foram redigidas para esta escola porque se focava exclusivamente no comportamento, omitindo completamente a cognição e pensamento, pôs de manifesto a necessidade de incorporar outros aspectos para aplicar em psicoterapia.
É nesse momento quando surge a psicologia cognitiva, com foco em estudar os pensamentos e cognição humana. Após o surgimento desta escola psicológica, pesquisadores clínicos logo viram a aplicabilidade destes princípios à psicoterapia
Assim, através da combinação destas duas escolas de psicologia nasceu a terapia comportamental cognitiva, que adoptou como pontos de cognição intervenção e do comportamento humano:
• O método científico e provas verificáveis através de um comportamento são adoptados a terapia comportamental, dando um valor terapêutico impecável de modificação de comportamento em problemas psicológicos.
• O valor de pensamento e cognição como a principal fonte de distúrbios psicológicos é reconhecido e se torna a área básica de intervenção.
• Se destaca a importância da relação entre pensamento e comportamento para explicar o funcionamento humano e da saúde mental.
Como funciona?
De acordo com a terapia racional de Ellis, o funcionamento pode ser dividido em três partes: A, B e C.
A: Refere-se à situação ou estímulo providencial do mundo exterior do qual o indivíduo está envolvido.
B: Este é o pensamento ou pensamentos que o indivíduo apresenta sobre a situação do meio ambiente (ou seja, sobre A).
C: Explica as consequências causadas pelo pensamento. Estas consequências incluem tanto as respostas emocionais (e sentimentos) como comportamentais.
De acordo com o modelo TCC, as 3 partes (A, B e C), estão em constante feedback. A situação (A) produz o pensamento (B), e o pensamento (B) produz uns determinados comportamentos e emoções (C). Ao mesmo tempo, emoções e comportamentos (C) realimentam o pensamento (B), tornando-o mais forte.
Não está claro o suficiente para você? Darei um exemplo específico.
A: Em uma empresa, decidem fazer o corte dos funcionários por estarem sem fundos suficientes para todo o pessoal, ou por outra, é necessário a demissão de certos funcionários para a empresa poder se manter e eu recebo uma das cartas de demissão.
B: Eu chego a conclusão de que a falta desse emprego vai de certa forma interromper certos projectos da minha vida, fazendo assim com que ela se complique e esses pensamentos me deixam preocupado.
C: Eu me sinto desmotivado, decepcionado e ansioso. Consequentemente, eu fico em casa, deprimido e abatido.
Neste caso, o despedimento (A), produziu os meus pensamentos de preocupação (B), que causaram algumas emoções e comportamentos de desgosto e desânimo (C). Ao mesmo tempo, o fato de ser abatido e deprimido em casa (C), aumenta os pensamentos de preocupação (B). Por ter um maior número de pensamentos (B), alterar a situação (C) torna-se complicado.
De acordo com os princípios da terapia comportamental cognitiva, o objectivo do tratamento seria:
Por um lado, o pensamento: se eu faço intervenções capazes de substituir os pensamentos atuais por outros mais optimistas, tais como: “Eu posso encontrar outro emprego bem melhor ou tenho agora mais tempo para a minha família e para meus outros assuntos pessoais”, as emoções e comportamentos também serão alteradas: eu vou estar mais motivado e optimista, eu vou procurar trabalho e vou estar activo.
Por outro lado, o comportamento: se apesar de estar preocupado e deprimido, eu consigo mudar o meu comportamento, estar mais activo, encontrar trabalho, realizar actividades que me trazem satisfação. Os meus pensamentos negativos irão diminuir, e terei uma maior capacidade para mudar o meu humor e continuar fazendo a coisas que me beneficiam.
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