A Terapia de Casal
Por: 031219 • 9/3/2022 • Artigo • 2.073 Palavras (9 Páginas) • 104 Visualizações
O papel da psicologia e as considerações na sexualidade
“A diferença entre identidade de gênero e orientação sexual é a diferença entre quem você é, e quem você ama” (Desconheço o autor)
Auseni da Silva Monteiro
RESUMO
Para entendermos as questões que englobam aspectos inerentes às variações de identidade de gênero, é preciso considerarmos o ser humano sob aspectos históricos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais de sua formação sexual, não há como negar que esse é um divisor de água para a busca constante da satisfação humana sob o ponto de vista da sua sexualidade, a que se considerar que tudo que engloba o desenvolvimento tem sua parcela de contribuição para a formação sexual de cada indivíduos, e essas contribuições estão espalhadas ao longo da vida e do desenvolvimento do ser humano e que vai muito além das limitações e exclusões que os gêneros masculinos e femininos podem oferecer.
DESCRITORES: Pesquisa bibliográfica – Artigo Psicológico
Palavras-chaves: sexualidade, gênero, desconstrução e construção e objetivo psicológico.
INTRODUÇÃO
Os poucos estudos que fazem menção à desconstrução do gênero binário são por vezes rejeitados e pouco divulgados, esse estudo que começou relativamente a pouco tempo atrás ousou desafiar questões predominantemente biológicas e histórico culturais, alguns estudiosos, como o psicólogo John Money (1950) com a colaboração de outros estudiosos do assunto trouxeram à roda de discussões científicas a questão conceituada o que contribuiu para nortear e aprofundar ideia separação do conceito científico biológico anatômico e identidade sexual.
Para os estudiosos do assunto na psicologia, a questão do gênero tem conceito social, por esta razão o estudo aqui apresentado discorre a partir de pesquisas bibliográficas e abordará as questões que norteiam à sexualidade humana, sob a ótica da psicologia. Para tanto é preciso fazer um apanhado dos aspectos que envolvem à construção sexual do ser humano enquanto gênero a que se identifica, considerando os aspectos biológicos, históricos, sociais, e psicológicos que a psicologia trás para a observação do indivíduo como um todo.
As diversificações dos gêneros são apontadas pela ciência como gêneros inteligíveis que são estudados à construção a partir de homens e mulher, feminino e masculino, assim o avanço da tecnologia, dá essa dimensão de que o gênero é um ser social, e como tal é uma construção que vai além do fator biológico e que sofre interferências do meio em que está inserido.
No que confere a intersexual está relacionada com a descrição de indivíduos com diferentes variações biológicas sexuais, não se encaixando nas variações de feminino e masculino, diz “não binários” que faz uma desconstrução dos conceitos relacionados de inteligibilidade dessas definições de gênero, nesse contexto cabe ao psicólogo investigar toda a história, cultura, grupo social que está inserido quando tratar-se de gêneros em que são observados claramente características abrangentes e assim iniciar com os processos de validação da dor do paciente, fonte a angústia, caso haja, para promover o bem estar do paciente e fazê-lo ter uma melhor aceitação de si mesmo e do outro independente das questões que possam se relacionar à preconceito, independente de qual seja.
Assim é fundamental a compreensão de que as definições limitantes e excludentes de gênero que o reduzem predominantemente apenas feminino e masculino, sem que se considere as diversas configurações psicossociais do sujeito. É preciso considerar as questões da sexualidade como sendo aspectos inerentes à personalidade humana e que não cabe a sociedade impor como deve ser vivenciada e experenciada.
Para além de uma ideologia a desconstrução dos gêneros: feminino e masculino, tem se tornado cada vez mais difundida na sociedade, e vem voltando para si os olhares de muitos estudiosos que tem suas contribuições a respeito do assunto, algumas reconhecendo a existência de uma contexto além da ideia binária de gênero masculino e feminino, bem como a sua importância para a formação identitária do indivíduo.
A construção biopsisexual
Alguns críticos relacionam a ideia de desconstrução dos gêneros, como sendo ideológica e prejudicial para o ser humano, relatam que a expressão “ideologia de gênero”, na verdade, não foi criada pelas pessoas que estudam gênero, pois gênero não uma ideologia”, e nesse caso específico é algo que nega a própria ciência que considera apenas o aspecto biológico para as questões reativas à sexualidade, por esta razão alguns grupos LGBT e feministas tem sido acusados de imporem essa ideologia e que ela destruiria as famílias, caso seja difundida.
No entanto, a psicologia entende o ser humano como um ser social e que se constitui a partir do seu grupo e das interações com o meio em que é inserido ao longo de seu desenvolvimento, assim, é possível relacionar os aspectos psicológicos que consideram características específicas e diversificadas na construção do indivíduo, também há que se considerar a formação e estruturação sexual deste mesmo considerando os mesmos aspectos da construção psicológica personalidade.
A “Teoria do Desenvolvimento Psicosexual” de Freud, que relaciona os aspectos inerentes à formação humana desde a concepção até a velhice no que confere à formação sexual e estruturação da personalidade humana.
Para Freud, a sexualidade não era instintiva, afirmava que o ser humano busca pelo prazer e satisfação de variadas formas desde a sua infância, e essa busca, não se direcionava apenas pelos órgãos genitais e reprodução, e que a criança é bissexual, ou seja, na visão de Freud, o ser humano não nasce pré definido do ponto de vista sexual, que a manifestação de sua curiosidade vai fazer parte dessa construção. Para Maria Cristina Machado Kupfer, “as primeiras investigações da criança são sempre de cunho sexual, e que seu objetivo é da necessidade que a criança tem de conhecer e definir seu lugar no mundo, esse lugar é a princípio um lugar sexual”. (KUPFER, 2007, p.81).
Mas como se chega a essa consideração? Se considerarmos as fases do desenvolvimento psicossexual de Freud, chegaremos a considerações interessantes sobre as considerações da psicologia no que confere a desconstrução do gênero. Freud propôs cinco fases inerentes ao desenvolvimento psicossexual do ser humano: fase oral, fase anal, fase fálico, fase de latência e fase genital, que são observadas a medida que o indivíduo cresce e se desenvolve, cada uma terá sua importância para o desenvolvimento sexual humano e personalidade, representando a fixação da libido (traduzida também como “impulsos” ou “instintos sexuais”) em uma área diferente do corpo.
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