A educação de pessoas com Síndrome de Down
Por: Larissa Viapiana • 15/5/2017 • Trabalho acadêmico • 721 Palavras (3 Páginas) • 373 Visualizações
“A EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN”
Este é um fichamento do capítulo “A educação das pessoas com Síndrome de Down”, de autoria de Antônio M. Espigares, do livro “Bases psicopedagógicas da educação especial”, coordenado por María A. L. Royo e Natividad L. Urquízar (2012).
É necessária uma mudança de ênfase ao se tratar da educação das pessoas com Síndrome de Down, sendo necessária uma abordagem correta e atualizada que estude qual tipo de educação essas pessoas precisam, ou seja, quais estratégias de ensino, estratégias de aprendizagem, conteúdos, metodologia e materiais são mais adequados a essas pessoas.
É preciso que os profissionais e educadores de pessoas com Síndrome de Down se perguntem quem são e como vivem essas pessoas, em que consiste a sua anomalia cromossômica, quais são as suas necessidades educacionais e, por fim, quais princípios neuropsicopedagógicos podem melhor nortear a educação dessas pessoas.
Quanto à vida das pessoas com Síndrome de Down, na atualidade, entende-se que o único tratamento ou intervenção possível é a educativa. Ainda, entende-se que cada pessoa com a Síndrome é singular e única, devido a diferenças de temperamento, entre outras. Com base nisso uma educação para essas pessoas deve considerar os estilos pessoais (temperamento e estilo de aprendizagem) e a estratégia de ensino.
Quanto à anomalia cromossômica, sabe-se que há três tipos de trissomia: a trissomia homogênea, a translocação e o mosaicismo. Independentemente do tipo, essa alteração resulta em alterações fisiológicas, motoras e cognitivas no organismo da pessoa com Síndrome de Down. Cognitivamente, essas pessoas são capazes de aprender, apenas com maior lentidão no processamento de informações e mensagens. Por isso, é preciso levar em consideração os estilos de aprendizagem de cada pessoa com a síndrome, para que se possa elaborar uma estratégia de ensino adequada. Os estilos de aprendizagem se dão em relação à motivação, à maneira de processar a informação, à família, à organização da atividade na sala de aula, às mensagens que o professor envia ao aluno, à elaboração do modo de encarar as tarefas e avaliar os resultados e, por fim, em relação à avaliação.
Quanto às necessidades educativas especiais, é preciso considerar tanto as condições do contexto no qual se dá a aprendizagem, quanto as dificuldades específicas que cada aluno com Síndrome de Down enfrenta em domínios específicos do conhecimento.
O contexto no qual ocorre a aprendizagem, atualmente, ainda é caracterizado por condições que estão arraigadas na sociedade e na escola: um contexto generalizante, de educação do tipo “jesuítica”, que não facilita o ensino e a aprendizagem, no qual não se acredita que todos os alunos podem aprender (a um nível mínimo) e no qual a avaliação acaba sendo um instrumento de exclusão e segregação.
O modelo de “escola da diversidade” é uma alternativa de inclusão, que tem por objetivo o desenvolvimento de todas as pessoas e que, por isso, entende que as pessoas com Síndrome de Down precisam de apoio especializado e de mais tempo para aprender.
Ainda, é útil distinguir as necessidades educativas das pessoas com Síndrome de Down: as necessidades convencionais, similares às de um aluno sem a síndrome, e as necessidades especiais, específicas de todos (e de cada) aluno com a síndrome. Dentre essas necessidades especiais, destaca-se a importância de o educador trabalhar com as funções de atenção, linguagem e memória, bem como oferecer apoio extra-classe (para cálculo, por exemplo).
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