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A mudança de estabilidade e inteligência

Artigo: A mudança de estabilidade e inteligência. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/11/2014  •  Artigo  •  535 Palavras (3 Páginas)  •  190 Visualizações

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Estabilidade e mudança da inteligência

Postado em 26 de Abril de 2014 às 12:04 na categoria inteligência humana

Estabilidade e mudança da inteligência ao longo da vida são tópicos cruciais no desenvolvimento humano porque inteligência é de suma importância para enfrentar desafios na escola no trabalho e na vida cotidiana. Há inúmeros estudos, realizados em diferentes países, demonstrando que inteligência, e ou habilidade cognitiva, é altamente estável ao longo do curso da vida. Nos Estados Unidos, a correlação nas pontuações dos testes dos mesmos estudantes, mensurada na idade de 8 a 10 e 18 anos, está entre 0,7 e 0,8 (lembrando que a correlação varia de 0 a 1). Outros estudos, envolvendo correlações entre adultos nas pontuações dos testes, indicaram que as mesmas, em média, variaram entre 0,8 e 0,9 ao longo de períodos de 15 a 20 anos. Estimativas das correlações entre o QI na adolescência e na vida adulta parecem se situar entre 0,70 e 0,85.

Para a Nova Zelândia, a correlação entre QI, nas idades entre 8 e 9 anos, com habilidade acadêmica na idade de 13 anos, foi 0,83. Um estudo com crianças norueguesas encontrou intercorrelações menores, de aproximadamente 0,7, entre idades de 5 e 9 anos e correlações mais elevadas de 0,8 entre as idades de 10 e 12. Para Israel, a correlação entre os escores dos testes na 8ª série e os testes de alistamento militar na idade de 17 anos foi 0,75, alcançando 0,87 após ajustar para os erros de mensuração. Na Suécia, a correlação entre habilidade mensurada na idade de 10 e testes aplicados ao se entrar no serviço militar foi 0,75. Um dos achados mais surpreendentes foi a correlação de 0,70 na inteligência geral, mensurada na idade de 11 anos e na maturidade (aproximadamente 80 anos) baseado nos estudos envolvendo amostras escocesas que se submeteram, enquanto crianças, nos anos 1921 e 1936, a testes de inteligência e retestadas quase 66 anos depois.

Todavia, inteligência é, em algum grau, maleável e muda em resposta aos estímulos ambientais. Nessa direção, há estudos indicando que inteligência aumentou com a escolaridade com um efeito de aproximadamente 2 pontos de QI por ano de escolaridade. Outros estudos norte-americanos estimaram um ganho de 2 a 4 pontos de QI por ano de educação. Similarmente, a alocação de estudantes a níveis acadêmicos mais elevados é associada com pequenos, mas significativos, aumentos na habilidade de 2 a 3 pontos no QI.

Assim, parece haver uma relação recíproca entre habilidade e educação; habilidade mais elevada aumenta os desempenhos educacionais e desempenho educacional mais elevado aumenta as pontuações nos testes. Embora QI mude em resposta a escolaridade, a influência do QI prévio é muito maior. Há estudiosos que concluem, conservadoramente, que o impacto do QI prévio, na tenra idade, sobre o QI na maturidade, na velhice, é mais que duas vezes aquele na educação.

Conclui-se, com isso, que, diferenças individuais na Inteligência, especialmente as avaliadas por testes de QI, mostram uma estabilidade moderadamente alta da infância à idade adulta. Logo, habilidade cognitiva parece ser altamente estável ao longo da vida. Torna-se, portanto, imprescindível, reconhecer isso na busca dos fatores que contribuem para o nível de habilidade cognitiva no envelhecimento.

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