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A vida é linda

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Por:   •  29/3/2014  •  Resenha  •  477 Palavras (2 Páginas)  •  299 Visualizações

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A vida é bela

O enredo nos apresenta Guido, um espirituoso filho de judeus que, durante a Segunda Guerra Mundial, é mandado para um campo de concentração junto com seu filho Giosué. Guido, inteligente e simples, passa a tentar fazer com que o filho acredite que os dois estão participando de um jogo, para que o menino não perceba o horror da vida que passaram a levar.

Venceu o Oscar de 1999 nas categorias de melhor ator (Roberto Benigni), melhor filme em língua estrangeira e melhor canção original, bem como o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 1998 (França). Ganhou também um Prêmio Goya (Espanha) e uma indicação para o Grammy (USA).

A Vida é Bela são dois filmes em um. Até os 50 minutos, o que se vê é uma comédia leve, pastelão, que retrata a vida que Guido levava antes de conquistar Dora, a mãe de Giosué. Vemos então uma grande comicidade romântica, onde Guido é interpretado com maestria raramente vista. O personagem malandro-inocente articula várias tentativas de se aproximar de Dora. Alguns dizem que essa parte do filme não causa impacto e seria “removível” sem causar perdas. Esse argumento é falho, pois a sensação de leveza passada no início do filme justamente retrata a forma com que aquelas pessoas levavam a vida antes da tragédia do holocausto, e causa um impacto ainda maior na mensagem que o filme deseja passar.

Na segunda metade do filme, há uma mudança drástica da comédia para o drama. Guido e o Filho que teve com Dora (já com cinco anos de idade), são levados para um campo de concentração nazista, e Guido, junto do filho, passa a viver uma dupla realidade.

Ao mesmo tempo que sofre os horrores de tal situação, cria mentalmente um universo onde vive com o garoto, e o convence de que eles estão participando de um jogo, que terá uma excelente premiação ao final. A cada ida para trabalhos forçados, ou a cada cena violenta que são obrigados a assistir, Guido fala para Giosué coisas como: “Essa foi outra fase do jogo, e passamos! Estamos quase ganhando!!”, a genial e emocionante interpretação de Benigni acentua a dualidade vivida pelo pai, que sabe ser a morte o destino dele e do filho, aceita isso e como ultima atitude busca somente fazer com que o filho não se aterrorize. Enquanto isso, Dora percebe que o marido e o filho foram levados e resolve também se entregar a um campo de concentração.

Esse é um dos poucos filmes que realmente emocionam. Uma história de amor que não é brega, nem cafona, nem apelativa. A realidade pesada e cruel do campo de concentração passa a segundo plano quando assistimos, e somos hipnotizados pelo amor existente entre pai e filho. Filme obrigatório para todos que não tenham medo de ver a realidade e, por que não, acha-la mais bela?

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