ADOLESCENTES DO SECULO XXI: AS DIFICULDADES NA RELAÇÃO INTRAPESSOAL
Por: Pedro H. Lima • 14/4/2019 • Trabalho acadêmico • 4.878 Palavras (20 Páginas) • 300 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Camylla Marcia
Lorrany Rosa
Núria Kamila
Pedro Henrique
Talline Cristina
Vitoria Matos
ADOLESCENTES DO SECULO XXI: AS DIFICULDADES NA RELAÇÃO INTRAPESSOAL
GOIÂNIA,
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Camylla Marcia
Lorrany Rosa
Núria Kamila
Pedro Henrique
Talline Cristina
Vitoria Matos
ADOLESCENTES DO SECULO XXI: AS DIFICULDADES NA RELAÇÃO INTRAPESSOAL
Artigo apresentado ao Centro Universitário Alves Faria como requisito parcial para a nota, se configurando em uma atividade processual.
Orientador: Prof. Dr. Júlio Cesar
GOIÂNIA,
2018
Aos alunos que se empenharam com dedicação no processo de
construção deste trabalho, nossos sinceros agradecimentos.
Que nas quartas feiras possam continuar usando rosa
e que não percam a fé.
“Na juventude deve-se acumular o saber. Na velhice fazer uso dele. ”
(Jean – Jacques Rousseau
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 10
2 MÉTODO 14
2.1 Participantes 14
2.2 Local 15
2.3 Instrumentos e materiais 15
2.4 Procedimentos 15
3 RESULTADOS 16
4 DISCUSSÃO 25
REFERÊNCIAS (em uma nova página) 28
ANEXO A - TERMO DE COMPROMISSO 29
ANEXO B -TCLE...................................................................................................................36
ANEXO C - MODELO DE QUESTIONARIO....................................................................38
INTRODUÇÃO
A definição do conceito de adolescência é pouco consensual e muito complexa. Sabe-se que a etiologia da palavra adolescência vem de duas raízes inter-relacionadas: do latim ad (a, para) e olescer (crescer) e também de adolesce, origem da palavra adoecer. A adolescência só a partir do século XIX foi vista como uma etapa distinta do desenvolvimento e durante várias décadas a adolescência, esteve associada a uma fase de tumulto, conflito e tensão para o adolescente e todos os que com ele lidavam. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a fase da adolescência compreende na idade entre 10 e 19 anos de idade (MARTINS; TRINDADE; ALMEIDA 2003). Já no Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é estabelecido o período da adolescência entre 12 e 18 anos.
Hoje, para alguns autores, a adolescência é considerada um período em que os “jovens”, após momentos de maturação diversificados, constroem a sua identidade, os seus pontos de referência, escolhem o seu caminho profissional e o seu projeto de vida. A duração da adolescência está determinada culturalmente. Apesar do aspecto biológico deste fenómeno, as transformações psíquicas são profundamente influenciadas pelo ambiente social e cultural em que o adolescente se encontra inserido. O desenvolvimento físico afeta profundamente a forma como o adolescente é visto e tratado pelos outros. A este nível destaca-se o rápido aceleramento no crescimento, o desenvolvimento de caracteres sexuais primários e secundários e a consequente maturação reprodutiva. Estas mudanças são estimuladas por um aumento nos hormônios sexuais durante a puberdade, pelo que é expectável que haja frequentes flutuações de humor, nomeadamente no início da adolescência (Brooks-Gunn, Graber, & Paikoff, 1994, Buchanan, Eccles, & Becker, 1992, Richards & Larson, 1993, cit. por Steinberg & Silk, 2002).
No senso comum, os adolescentes são desordeiros, descompromissados e bagunceiros. Contudo, na psicologia, Segundo Erikson (1972) a adolescência é um estado de coisas em que o sujeito não estabelece compromissos firmes com nenhuma atitude ideológica, ocupacional ou interpessoal, nem está vislumbrando tal possibilidade. Qualquer compromisso que possa ocorrer tende a ser efêmero e a ser substituído com rapidez por outros, igualmente provisórios.
Entretanto, a adolescência propriamente dita é uma fase de transição. Alguns autores apontam ainda a chamada puberdade, que começam as transformações corporais e psíquicas levando o indivíduo da fase infantil para a fase adulta. Tais mudanças proporcionam ao sujeito a percepção de uma nova realidade produzida por conceitos confusos e mudanças de direção, deixando para trás vários traços de atuação de uma criança propriamente dita.
Essa perda de referenciais acaba levando o adolescente a procurar novas imagens que represente algo que está turvo em sua personalidade. Como consequência ocorre então à ligação dos “iguais num mundo de diferentes”, no qual o jovem inicia um grupo social dissociado da imagem do que é infantil e desligado de tudo aquilo que a ordem impõe. Segundo Erikson (1968) o ser humano precisa sentir que determinado grupo apoie suas ideias e sua identidade.
Tal processo de identificação leva o jovem a construir sua identidade a partir de um contato social. Segundo Freud e Lacan, à presença do Outro no si mesmo leva à necessidade do sujeito de assegurar sua pertinência no grupo humano. A ideia é discutida focalizando a constituição do sujeito e do laço social em torno dos conceitos eu ideal e ideal do eu.
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