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ANÁLISE FÍLMICA: PRO DIA NASCER FELIZ

Por:   •  25/4/2018  •  Artigo  •  832 Palavras (4 Páginas)  •  341 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS

YASMIN LIBNY, MICHELE VIEIRA E PATRÍCIA ROZENDO

ANÁLISE FÍLMICA

PRO DIA NASCER FELIZ

10/04/18

MESTRE MILENA PÉRSICO

FEIRA DE SANTANA – BA

2018

ANÁLISE FÍLMICA: PRO DIA NASCER FELIZ

O documentário Pro Dia Nascer Feliz aborda a realidade existente no contexto educacional do Brasil e nos mostra o contraste das escolas públicas e privadas. Mas ressaltamos que em muitos momentos, apesar das disparidades, podemos encontrar semelhanças.

Para que qualquer processo educativo transcorra bem é preciso ter professores bem preparados, motivados, bem remunerados e comprometidos com a docência, ao passo que, para que o aprendizado dos alunos ocorra não basta apenas os esforços do docente. Os educandos precisam ter consciência do seu papel de estudante tendo responsabilidade em participar e despender esforços para cumprir suas atividades.

O espaço físico do ambiente escolar também é um fator que contribui para que esse processo transcorra bem, assim como, os materiais disponíveis nos mesmos que agregam muito à pratica educativa.

Dessa forma, o documentário nos apontou essas duas realidades e pudemos inferir que nas escolas privadas as exigências são maiores, os professores não faltavam, são disponibilizadas aulas de reforços, havendo também grande envolvimento e investimento dos pais. Porém, ressaltamos que devido à gama de trabalho, às vezes esses pais não dão a necessária atenção aos filhos, o que também corrobora para um desequilíbrio emocional e pode gerar um fracasso escolar, envolvimento com drogas ou problemas psicológicos maiores. As cobranças dos pais e da escola pelo desempenho maior dos estudantes, nas escolas privadas, geram um clima de competitividade entre os próprios alunos, fazendo com que aquele aluno que não atingiu o desempenho máximo possa ter problemas como depressão, ansiedade...

Por outro lado, a realidade das escolas públicas nos mostrou que os professores faltam muito, devido ao cansaço ou adoecimento, muitas vezes gerados por situações estressoras no ambiente de trabalho, com salários baixos, condições de espaço físico precárias, falta de materiais para desempenho melhor da prática educativa, além de ter que conviver com grande contingente de alunos desmotivados, que por sua vez são adolescentes sem apoio familiar e que precisam trabalhar para ajudar no sustento da casa. Esses adolescentes muitas vezes são violentos, praticam bullyng, se envolvem com drogas, vivem o fracasso escolar que culmina na distorção idade/série, quase sempre acompanhada por indisciplina. Fato este, que podemos visualizar através do aluno Deivisson, que com 16 anos estava no nono ao do Ensino Fundamental I, pois bagunçava muito em sala de aula.

Outro momento extremamente marcante foi quando uma aluna retrata ter esfaqueado e matado uma colega dentro do ambiente escolar, demonstrando total frieza e nenhum arrependimento diante do assassinato, inclusive, tendo conhecimento acerca da lei voltada aos adolescentes, e por isso, é mais uma razão para cometer crimes bárbaros, pois sabem que as conseqüências são mínimas. Nos surpreendemos também com o fato de alguns estudantes relatarem seus atos delituosos mencionando que se divertem diante da fisionomia das suas vitimas de assaltos, e falando cada detalhe com muita naturalidade.

O conselho de classe da escola pública no apontou que a tarefa não é fácil, os professores precisam estar bem preparados para tratar de cada caso envolvendo os alunos, alguns não demonstram compreensão empática e afetividade, outros até se envolvem e percebem que o aluno está demonstrando melhoras, necessitando assim, de uma oportunidade. A escola particular não autorizou a filmagem do conselho de classe, mas com certeza as discussões são diferentes porque as realidades também são diferentes.

 Diante de toda essa situação percebemos a necessidade de uma intervenção do profissional de Psicologia Escolar no ambiente educacional, pois esses espaços são compostos por pessoas que possuem suas particularidades e suas especificidades.  Vale ratificar, que tanto as escolas públicas, quanto as particulares, precisam ser assistidas por esse profissional, visto que, existem situações que necessitam de intervenções nos dois espaços, havendo apenas diferenciações em seus contextos.

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