ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Por: Natália Cristina A. Vieira Gonçalves • 25/11/2018 • Seminário • 607 Palavras (3 Páginas) • 382 Visualizações
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
A infância compreende o período da vida que se inicia com o nascimento e segue até o momento em que antecede o ingresso na adolescência. Do ponto de vista psicanalítica, como o Complexo de Édipo. A incidência de transtorno mental na infância varia, aproximadamente de 10% a 20%.
A adolescência é definida como o período de transição na infância para a vida adulta. Inicia geralmente entre os 11 e 14 anos de idade. É caracterizada por intensas mudanças físicas, psíquicas e socias.
Sintomas iniciais dos transtornos psicóticos em crianças e adolescentes:
- Declínio funcional.
- Alucinações.
As emergências psiquiátricas precisam de intervenção imediata em função do risco que representam para o próprio sujeito ou para terceiros.
A emergência ocorre quando:
- Perturbação do funcionamento do sistema nervoso central (intoxicação por drogas, no srto esquizofrênico, na encefalite).
- Experiência vital traumática (morte de um parente, violência sexual, assaltos).
- Agressão física (traumatismos cranianos, distúrbios endocrinológicos, distúrbios hidroeletrolíticos).
A psicose infantil evidencia o fracasso do processo da subjetivação, levando a criança a desenvolver uma personalidade psicótica, já que comprometeu seu contato com a realidade e perturbou sua capacidade de diferenciar o “eu” do “outro”.
MARTIN (2013) enfatiza que alguns sintomas (ansiedade, insônia, dificuldade de concentração e atenção, isolamento social, entre outros) se manifestam antes do primeiro episódio psicótico. O período entre o surgimento desses sintomas e o primeiro episódio psicótico é chamado de pródromo e geralmente dura de dois a quatro anos. Esse período é entendido como o mais apropriado para uma intervenção precoce.
Em relação ao comportamento suicida se trata do quadro mais comum entre adolescentes atendidos nas emergências psiquiátricas.
- 75% está acima de 13 anos de idade, maioria do sexo feminino.
- Nesta população, 50% dos atendimentos diz respeito à tentativa de suicídio ou alterações do comportamento.
O tratamento de enfermagem nas emergências psiquiátricas da criança e do adolescente envolve:
- O uso de medicação para contenção do surto e minimização dos sintomas.
- Orientação ao paciente e á família em relação ao manejo dos transtornos e a importância da adesão ao tratamento.
- Psicoterapia
- Ações que promovam a inserção social da criança e do adolescente.
Macedo (2014) recomenda que o profissional de enfermagem priorize a sedação leve de crianças e adolescentes em surto psíquico com o objetivo de evitar a contenção física. Na impossibilidade de evitá-la, deve-se verificar frequentemente o estado mental, cardiopulmonar, e neurovascular dos membros, bem como as necessidades relativas à nutrição e aos cuidados pessoais. Deve-se, ainda, priorizar a orientação da família em relação à saúde mental, à higiene corporal, à vacinação e à administração de medicamentos. É de fundamental importância adotar um protocolo unificado, reunindo os dados e a evolução psiquiátrica e pediátrica, o que deve conter uma triagem para o risco de suicídio, auto e heteroagressão, necessidade de contenção física, necessidade de internação médica ou transferência para outra unidade, identificação de situações de violência, entre outros. Deste modo, o atendimento a crianças e adolescentes em situação de emergência requer interesse e dedicação, além da exclusão de estigmas em relação a sua condição de sua saúde mental.
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